Tricolor do Pampa larga na frente, mas cede empate ao clube do saudoso Valdir Peres

Tricolor do Pampa larga na frente, mas cede empate ao clube do saudoso Valdir Peres

Concluída a 16ª rodada do Brasileirão, a única certeza praticamente absoluta que se tem é que o Corinthias chegará ao final do primeiro turno com a melhor campanha do certame brasileiro de 2017.

A afirmação não poderia ser feita com tamanha convicção se o Grêmio tivesse sustentando a vitória diante do São Paulo, nesta segunda-feira, depois de ter largado na frente na primeira etapa, calando os mais de 50 mil torcedores que lotaram o Morumbi para assistir a esse clássico de tricolores do futebol brasileiro.

A matemática da classificação que aponta nessa direção consubstancia-se na diferença de oito pontos que o alvinegro paulista mantém sobre o mosqueteiro gaúcho, após esse jogo complementar da 16ª rodada.

Trata-se de uma vantagem tão folgada,  que só poderia ser desfeita em razão de um acontecimento sequer imaginável, que seria o líder Corinthians perder os três jogos que lhe restam e o Grêmio vencer os três compromissos que tem pela frente até o final do turno.

Isso não corresponde dizer, contudo, que o time de Fábio Carlle, ainda que mantenha até a 19ª rodada essa larga diferença em relação ao vice-líder,  começa o segundo turno como franco favorito à conquista do título de 2017.

É verdade que leva um favoritismo relativo para a segunda etapa do Brasileirão, mas não mais do que relativo, porque o nível do futebol que vem praticando não se sobrepõe de forma gritante ao de seus mais próximos seguidores, que são o Grêmio, o Santos e o Flamengo.

A vitória Corintiana diante do Fluminense, domingo no Rio de Janeiro, foi de apenas 1 a 0 e não se diga que merecia ter sido por um placar mais elevado, porque o que se viu contrariamente foi o goleiro Cássio fazendo duas defesas difíceis que salvaram seu time de um empate e talvez até de uma derrota.

Antes dessa vitória magra, o Corinthians vinha de dois empatas com equipes medianas, sendo uma delas o Avaí, que embora tenha subido de produção nos últimos jogos ainda não conseguiu se desvencilhar da permanência na desconfortável Zona de rebaixamento. 

Mesmo tendo desperdiçado a chance de reduzir a diferença do líder para seis pontos, ao empatar em 1 a 1 com o São Paulo, no Morumbi, o Grêmio teve mais volume de jogo diante do tricolor paulista do que o Corinthians na partida em que venceu pelo escore mínimo o tricolor carioca.

Esse desperdício gremista - voltando a me reportar sobre esse jogo -  deve-se em parte a um antigo defeito do técnico Renato Portaluppi, que consiste em retardar substituições necessárias, que saltam aos olhos de todos no decorrer de determinados jogos.

Quando o Grêmio voltou para o vestiário no final da primeira etapa, levando a vantagem de 1 a 0 no placar, já dava para perceber que o atacante Pedro Rocha, autor do gol gremista, numa bela arrancada sucedida de um corte no zagueiro e um tiro certeiro a gol, já tinha contribuído com seu time em tudo quando podia contribuir. 

Depois disso, o que se viu foi o irregular avante gremista perdendo bolas fáceis e errando passes em excesso, como aliás é do seu feitio. 

Renato também viu isso, mas como se trata de um atleta preferencial, fez de conta que não viu e voltou com a mesma formação para a etapa final.

Enquanto isso, o treinador do Grêmio relutava em mandar a campo um dos avantes mais impetuosos que despontaram  no time ultimamente, que é Fernandinho, como tem demonstrado nos últimos jogos, criando situações de gol e deixando sua marca nas redes adversárias. 

Renato até tentou corrigir o time através de substituições, mas o fez de forma um tanto tardia e equivocada,  porque mandou Fernandinho a Campo no lugar de Arthur, que com seu toque de bola bem acabado, dá consistência ao meio de campo gremista.

Só depois do gol de empate do São Paulo é que Renato percebeu a inutilidade de Pedro Rocha, substituindo-o pelo atacante Everton, que não acrescentou muita coisa, mas pelo menos obrigou o adversário a se resguardar mais defensivamente, diminuindo seu ímpeto no sentido de ir ao ataque em busca do gol da vitória que o tiraria do Z-4. 

Ficou claro que com as substituições promovidas no time, ainda que com os equívocos apontados, Renato conseguiu fazer seu time atacar de forma consistente, como o fizera na maior parte do primeiro tempo, só não chegando à vitória porque o goleiro Renan praticou duas excelentes defesas.

Em breve alusão ao lado folclórico do esporte das multidões, vale dizer que o Grêmio não soube aproveitar os 5 quilos de sal grosso que a torcida do São Paulo jogou no Morumbi para dar sorte, deixando queimar o churrasco gaúcho ao invés de temperá-lo com o cloreto de sódio gentilmente fornecido.

No final do comentário, minha homenagem ao grande goleiro Valdir Peres, que morreu sábado aos 66 anos, deixando como legado uma trajetória de grandes conquistas, defendendo diversos clubes, entre os quais o São Paulo, no qual marcou época, chegando a titular da seleção brasileira em duas oportunidades.   
 
Como não poderia ter sido diferente, o histórico goleiro são-paulino foi alvo de homenagem póstuma antes do jogo desta segunda-feira no Morumbi, sendo representado no decorrer da partida pelo  jovem goleiro Renan, que honrou sua memória praticando belas defesas.

Fale com nosso comentarista Lino Tavares: Portal Terceiro Tempo, Linotíciais Portal  International, Portal Brasil News, Semanário VirItualino Online,  Rio On Line Jornal, On Line Jornal Porto Alegre, Revista Eletrônica Gibanet.com,  Jornal Expresso Minuano-RS.,  Facebook:  Lino Mídia Celebrities e Planeta Arte Estrelas jornalino@gmai

Foto: UOL

Últimas do seu time