Ferrari nunca deixou de reverenciar um de seus maiores pilotos, que tornou-se mito

Ferrari nunca deixou de reverenciar um de seus maiores pilotos, que tornou-se mito

Há 30 anos Gilles Villeneuve morria.

A Ferrari não se esquece. O comendador Enzo Ferrari era seu fã, talvez o maior.

A morte do piloto só não foi mais dolorida para o idealizador do carro mais famoso do mundo quanto a de seu filho Dino, que faleceu aos 26 anos de distrofia muscular progressiva.

Por conta disso, o comendador adotou os inseparáveis óculos escuros e tornou-se, segundo as pessoas mais próximas, uma pessoa amarga. Infeliz.

Gilles Villeneuve talvez tenha sido um sopro de alegria e vontade de viver pela qual o comendador tenha se agarrado durante os anos em que o canadense defendeu a equipe escarlate.

Mas o destino de Enzo Ferrari, apesar da fortuna e do nome mais famoso dos carros do mundo, o levou para uma outra sinistra emboscada, quando Gilles decolou sua Ferrari após chocar-se contra o March de Jochen Mass, no treino para o Grande Prêmio da Bélgica de 1982, em Zolder. Era 8 de maio de 1982.

Enzo Ferrari tinha uma filosofia relativamente presunçosa, considerando que um piloto mediano venceria com a Ferrari, por isso descartava pilotos muito acima da média, algo que acabou não cumprindo à risca, com Niki Lauda e o próprio Gilles, mas foi avesso à contratação de Senna. temendo que se o brasileiro tirasse a equipe do jejum de títulos (desde 1979), o carro ficasse em segundo plano. Enzo Ferrari morreu em 1988 e talvez não tivesse concordado com a contratação de Schumacher...
Voltando a Gilles, sua maneira de guiar foi determinante para que os tiffosi se apaixonassem e o amassem até hoje. Amor eterno.
Gilles era como o jogador de futebol que coloca o coração na ponta da chuteira, coloca a cabeça no pé do adversário se preciso for.
Foi um daqueles "potenciais campeões" entre os mais merecedores de terem vencido um título, assim como o sueco Ronnie Peterson, morto quatro anos antes.
Jacques Villeneuve, o filho de Gilles, foi campeão na Indy, vencedor das 500 Milhas de Indianápolis e campeão da Fórmula 1, mesmo sem ter sido tão arrojado e espetacular quanto o pai.
Talvez esse tenha sido o segredo de seu sucesso.

Correndo em casa, no GP do Canadá de 1981. Uma das imagens mais marcantes de Gilles,
conduzindo a Ferrari praticamente sem visibilidade, com a asa dianteira quebrada. Pódio com o terceiro lugar.


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