Um primeiro tempo que deixou impressões positivas com números inquestionáveis: 3 a 0 no placar, 69% de posse de bola, 95% de passes certos. O Atlético Paranaense de Fernando Diniz deu sinais de que pode corresponder à fama que circunda o treinador desde os tempos de Audax. Após o jogo contra o Newell´s Old Boys, pela Copa Sul-Americana, ele comemorou a atuação da equipe.

"De fato foi a melhor partida do Atlético. A gente conseguiu reproduzir muito bem alguns conceitos que a gente trabalha", comentou Diniz. Ao final do jogo, os números mudaram um pouco, mas ainda assim mantiveram um índice digno de nota. Foram 18 arremates a gol, contra dois do adversário; 62% de posse de bola, 94% de acerto nos 541 passes trocados, 15 faltas contra 22 do Newell´s. Só faltou ao menos um gol no segundo tempo.

"O segundo tempo caiu um pouco o nível de velocidade do nosso jogo, mas mesmo assim a gente poderia ter ampliado", disse o técnico, prosseguindo: "Todos os jogadores jogaram bem, tiveram pouquíssimos erros de passe. E o Lucho e o Camacho naquela posição, eles gostam de jogar naquele setor do campo, e a capacidade de acerto de passes é muito grande, eles acabam dando segurança para o time."

Sobre o risco quase zero de ter sofrido gols, Diniz também celebrou a atuação defensiva da equipe. "É um efeito prático... além de não sofrer, a gente não ofereceu acho que nenhuma chance para o Newell´s hoje. Foi um jogo muito bom", analisou o técnico, que procurou conter a empolgação ao projetar a sequência do ano, com Brasileirão, Sul-Americana e Copa do Brasil: "É muito prematuro para dizer onde pode chegar. Mas acredito que chegar longe é um desejo que todo treinador tem que ter. Eu não coloco assim, de que os elencos mais caros, mas valorizados, vão chegar. Eu acho que quem tiver o melhor trabalho pode surpreender."