Polêmico dirigente retorna à presidência do clube cruzmaltino no triênio 2015/16/17 e terá como grande desafio administrar um clube atolado em dívidas

Polêmico dirigente retorna à presidência do clube cruzmaltino no triênio 2015/16/17 e terá como grande desafio administrar um clube atolado em dívidas

Se o Vasco vai subir para a divisão de elite do Brasileirão não se sabe ainda, mas que o polêmico Eurico Miranda será o novo presidente do clube nos próximos três anos já é uma certeza.

A chapa do ex-presidente foi eleita na noite desta terça-feira e Eurico Miranda está de volta ao cargo. Amado por muitos e odiado por tantos outros, o cartola receberá do ídolo e atual presidente Roberto Dinamite um clube atolado em dívidas.

“Eu só voltei para resgatar o Vasco”, afirma Eurico Miranda.

Não vejo o retorno do dirigente como algo salutar para o clube cruzmaltino. No entanto, é preciso ponderar algumas coisas, inclusive a frustrada passagem de Roberto Dinamite pelo comando do Vasco.

Eurico é um apaixonado pelo clube e portanto não mede esforços, nem artimanhas para ver o time no topo. A paixão deve ser respeitada e até elogiada, mas as atitudes de Eurico Miranda nos bastidores nunca mereceram aplausos. Pelo contrário.

Sempre repudiei a figura de Eurico Miranda como dirigente por acreditar que um regime ditatorial não é bom em nenhuma circunstância. Sendo assim, seguirei sendo um ferrenho crítico de Eurico, apesar de não ver apenas defeitos em suas atitudes no comando do clube.

Eurico Miranda é respeitado em São Januário e retorna como uma espécie de salvador da pátria. O Vasco precisa de uma liderança assim, é fato, mas que não precisaria ser Eurico Miranda. Mas como não existe um nome com a força e ascendência de Eurico, então a nação o abraça agora na esperança por dias melhores.

Se Eurico representa um passado negro que volta aos holofotes, Roberto Dinamite é uma realidade que não deu certo e merece ser esquecida. O Vasco se apequenou nas mãos do ídolo que tanto engrandeceu a história do clube.

A passagem de Dinamite pela presidência só comprova uma tese que defendo, cujos ídolos deveriam ser proibidos de se meter na política do clube. A lembrança dos gols e da entrega dentro de campo deve ser eterna, maculada na memória do torcedor e ninguém tem o direito de manchar isso, nem o próprio ídolo.

Classifico Dinamite como uma enorme decepção como presidente do Vasco da Gama. E vejo o retorno de Eurico Miranda como uma saída desesperadora, porém necessária. Se Eurico doar apenas a paixão e experiência ao clube terá meus aplausos, afinal o futebol é mesmo comandado como uma boa dose de passionalismo.

No entanto, espero que “maracutaias” e “jeitinhos” que marcaram os oito anos de Eurico no poder do Vasco tenham ficado no passado. Defender o Vasco é um direito do novo presidente, mas tudo dentro da ética e das leis do esporte. Inclusive, essa defesa com unhas e dentes está faltando ao Vasco.

Mãos à obra, Eurico Miranda. E boa sorte!

 

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Foto: Uol

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