Na minha escala, o primeiro colocado é Zico. Quem vê Messi hoje e se encanta com a inteligência e habilidade do camisa 10 do Barcelona certamente também ficaria realizado em ver o camisa 10 da Gávea, principalmente no começo dos anos 80. Zico foi o Messi de ontem, em gramados piores, com arbitragens piores (sim, conseguiam ser). com marcadores piores (no sentido da violência). 

E em segundo lugar fica Sócrates. E como compará-lo com alguém atualmente? Sócrates seria um Paulo Henrique Ganso, mas destro, na melhor (melhor mesmo) da fase do santista? Talvez. Sócrates seria um jogador mais ou menos parecido com o estilo de Zidane? Pode ser. Sócrates era igual ao irmão dele, Raí? Não. Sócrates era melhor. 

Falcão é o terceiro da lista. Mas vão me chamar de louco. Ora, gosto é gosto. A primeira coisa que alguém vai retrucar é que Paulo Roberto Falcão foi "Rei de Roma". Já Sócrates e Zico jogaram na Itália por Fiorentina e Udinese, respectivamente. Sócrates não conseguiu tirar tantos suspiros dos torcedores de Firenze. Já Zico, mesmo em um time considerado mais modesto, brilhou na Terra da Bota. 

Sócrates e Zico se encaixaram perfeitamente naquele time comandado por Telê Santana. Acredito que eles eram mais da metade da magia daquela seleção de 1982. Ofensivos, criativos, fazedores de gols, rápidos ou lentos dependendo da necessidade do jogo, enfim, geniais. Tenho certeza que se quisessem mesmo, de verdade, teriam condições de montar bons times (Zico ainda não teve sua grande chance). E aí seria muito legal ver um duelo do técnico Zico contra o técnico Sócrates. Mas isso é utopia. Sempre foi. E agora, infelizmente, é mesmo impossível de acontecer.