Altair Santos, para o iG
Entre 2007 e 2009, o atacante Keirrison viveu a experiência hoje vivida pelos santistas Neymar e Paulo Henrique Ganso. Incensado como a revelação do futebol brasileiro, ele deu um salto meteórico. Saiu do Coritiba, passou rapidamente pelo Palmeiras e, de repente, já estava contratado pelo Barcelona.
Na Europa, ele não foi aproveitado no clube catalão, teve uma passagem apagada pelo Benfica e agora tenta se reencontrar com os gols na Fiorentina. Aos 21 anos, o K9 - como foi apelidado pela torcida do Coritiba ? espera finalmente "explodir? no futebol italiano para começar a frequentar futuras listas de convocação da seleção brasileira. Sua meta, agora, é a Copa do Mundo 2014, como ele revela na entrevista a seguir:
iG: Qual sua expectativa para a temporada 2010/2011?
Keirrison: A expectativa é grande. Será meu segundo ano na Europa (ele foi contratado pelo Barcelona, emprestado ao Benfica e depois reemprestado à Fiorentina) e já me considero mais adaptado e mais amadurecido. Tenho confiança de que será uma temporada diferente. Por isso quer aproveitar bem as férias em Curitiba para voltar inteiro a partir de agosto.
iG: Você avalia que em 2011 já poderá ganhar uma chance no Barcelona?
Keirrison: Esse é o meu pensamento e acredito que o do Barcelona também. Mas não quero forçar nada. Meu plano é realizar uma boa temporada pela Fiorentina e daà mostrar que tenho condições de estar no elenco do Barcelona. Esse é meu objetivo: provar que posso jogar no Barcelona. Para isso, preciso trabalhar muito.
iG: Qual o maior problema na Europa, para que seu futebol não explodisse da forma que se esperava? Teria sido adaptação, estilo dos técnicos ou a mudança constante de clubes?
Keirrison: Nem foram muitas mudanças. O que aconteceu é que no Benfica ocorreram alguns problemas de adaptação e não consegui mostrar meu futebol. Mas, felizmente, dei sorte de ir para a Fiorentina. O técnico (Cesare Prandelli) demonstrou confiança no meu futebol e tem me ajudado muito na adaptação ao estilo do futebol italiano. Sabia que não ia estourar no primeiro ano na Europa, mas o importante é que eu fui cedo para lá e isso acaba fazendo com que eu tenha mais tempo para me adaptar.
iG: Em 2007 e 2008 você foi colocado como uma das revelações que poderiam estar na Copa 2010. O que deu errado de lá para cá?
Keirrison: Vou contar uma coisa que nunca contei. Sempre que meus amigos me abordavam, falando que eu tinha chances de ir para a seleção, eu dizia que não. Por quê? Eu achava muito cedo, apesar de ficar contente quando alguém lembrava meu nome para uma possÃvel convocação. Mas acho que para chegar na seleção, e ficar, é preciso ter um projeto. Diria que a partir de agora é que eu vou começar a querer a seleção. Mas é preciso ter paciência e não atropelar as coisas. Seleção é como uma escada e é preciso subir degrau por degrau. Vou começar a subir essa escada agora.
iG: E para 2014, quais seus planos?
Keirrison: 2014? Disputar uma Copa é um sonho que eu tenho desde pequeno. Mas como falei, a caminhada começa agora. Serão quatro anos até a próxima Copa e o importante é manter a cabeça no lugar, trabalhar duro e ter o pensamento positivo de que vou começar a ser lembrado pelo técnico.
iG: Lá da Europa você tem acompanhado mais o Coritiba ou mais o Palmeiras?
Keirrison: Olha é difÃcil. O técnico da Fiorentina me viu muito no Coritiba, o pessoal na Itália me conhece mais pelo Coritiba, pela temporada que eu fiz no Coxa. Eles viram minha fase no Palmeiras também, mas o trabalho no Coritiba foi mais significativo. Isso mostra que as portas se abrem quando a gente faz um bom trabalho, independentemente do clube que joga.
iG: Você acha que o Coritiba tem chances de voltar para a elite em 2011?
Keirrison: Tem toda a condição. O Coritiba é muito grande. É um clube de primeira divisão, não desmerecendo os demais times da Série B, mas o lugar dele é na elite. A equipe tem jogadores experientes, como o Edson Bastos e o Jeci, que jogaram a Série B comigo em 2007, além da força da torcida. Aliás, eu sou um que vou torcer bastante para o Coritiba voltar.
iG: E o Palmeiras, na Série A, vai lutar pelo quê?
Keirrison: O Palmeiras foi muito importante na minha carreira e, como um clube grande, tem sempre de disputar tÃtulo. Acho que o time tem um bom elenco e só precisa se encaixar. Sei que à s vezes a torcida não tem muita paciência, mas nessa hora o time precisa de tranquilidade para achar seu jogo.
Foto: iG/Ap
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