Decisão histórica acontece neta sexta-feira durante reunião do conselho da FIFA na Índia

Decisão histórica acontece neta sexta-feira durante reunião do conselho da FIFA na Índia

Nenhuma pessoa ou entidade cresce procurando diminuir seus pares através de atos mesquinhos como o menosprezo e o boicote aos valores que lhe são inerentes. 

 

Quando o Internacional conquistou o Mundial de Clubes em 2006, a primeira coisa que fez foi estampar uma placa com letras garrafais no estádio Beira-Rio com a inscrição "Campeão do Mundo FIFA".

 

Nem precisaria explicar que a  inclusão da palavra FIFA no painel colorado tinha por finalidade transmitir a ideia de menosprezo ao título de campeão do mundo conquistado pelo rival Grêmio em 1983, que como se sabe não era promovido naquela época pela entidade mater do futebol mundial. 

 

Foi uma provocação desprovida de ética por parte da diretoria colorada da ocasião, não correspondente à grandeza do Internacional, que não precisaria tentar diminuir a conquista do tradicional adversário para explicitar sua grandeza,  que sempre foi notória aos olhos de todos. 

 

Se analisada a fundo, a infeliz ideia pode até ser considerada uma desfaçatez por parte de quem a colocou em prática, haja vista que, se o Inter tivesse conquistado antes o mesmo título mundial alcançado pelo arquirrival, certamente a placa que estamparia no estádio colorado seria com a inscrição "Bicampeão do Mundo", até para o Inter sentir-se igualado ao Santos de Pelé, clube que também teve seus títulos mundias menosprezados pela tacanha atitude daquela diretoria colorada. 

 

Para quem acredita em castigo divino, vale lembrar que foi em função da realização do Mundial de Clubes pela FIFA que o Inter viria a sofrer pouco tempo depois aquela que talvez seja a maior humilhação de sua história.

 

Refiro-me - é fácil perceber -   à eliminação colorada do certame pelo até então desconhecido Mazembe, um representante da novidade trazida pelo pelo advento do  Mundial da FIFA, incluindo na disputa clubes de continentes cujo futebol está anos luz atrás do que é praticado na Europa e na América do Sul. 

 

Na manhã desta sexta-feira, estampa-se em todas as manchetes esportivas do mundo a notícia de que a FIFA acaba de reconhecer os títulos de campeão do mundo anteriores à realização oficial do torneio, o que os torna equivalentes aos organizados pela entidade a partir de 2005.

 

Mais do que reparar uma injustiça, o atendimento a esse pleito encaminhado por parte da Conmebol e acatado hoje pelo conselho da FIFA, reunido em Calcutá, na Índia, representa um belo exemplo de combate à discriminação cultivada por aqueles que imaginam que a grandeza de um feito reside no rótolo que o enfeita e não no conteúdo que o consubstancia. 

 

Essa medida que o mundo esportivo dos lúcidos aplaude de pé resgata para os anais da FIFA nada menos do que 44 títulos mundiais, conquistados ao longo de quase meio século pelos mais tradicionais clubes do Planeta, entre os quais se incluem os brasileiro Santos (maior máquina futebolística de todos os tempos), Flamengo, Grêmio  e São Paulo.

 

É importante registrar no final desse comentário que o tricolor paulista é o único clube do país que possui as duas versões do Mundial de Clubes, aliás com muita dignidade haja vista que sempre incluiu em sua série de títulos do gênero aqueles que conquistou em 1992 e 1993, quando o certame ainda não era promovido e reconhecido pela FIFA. 

 

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Foto: Arquivo Terceiro Tempo

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