Se havia incertezas sobre as possibilidades para Emerson Sheik em seu retorno ao Corinthians, o tempo tratou de diminuir. Em quatro dias de treinamento nos Estados Unidos, o atacante que havia deixado o clube pela porta dos fundos recuperou sua condição. Nesta terça-feira, mesmo que de maneira não tão enfática, Tite deixou claro que Sheik larga como titular para enfrentar o Colônia-ALE, quinta-feira, pela Flórida Cup.
A sorte, nesse caso, também contribuiu para o veterano, herói do título da Copa Libertadores 2012. Primeiro porque Malcom serve a seleção brasileira sub-20 no Sul-Americano da categoria. Tite deixou claro que o jovem seria o titular nesse início de trabalho. Além disso, a aguardada chegada de Dudu para formar o ataque com Paolo Guerrero, no fim das contas, virou mico com a ida do reforço para o Palmeiras. Assim, a vaga caiu no colo de Sheik.
Justiça seja feita, o atacante também tem feito por merecer. Nas atividades de campo realizadas em Fort Lauderdale, na Flórida, Emerson mostrou condição física e técnica superior aos concorrentes Luciano e Mendoza. O paraguaio Ángel Romero, a princípio, é o reserva imediato de Guerrero. Sheik, então, desponta como titular.
"Pesam uma série de aspectos para escalação. Esse (experiência) pesa também. Se tivesse o Malcom, ele seria o atleta, isso está definido porque terminou bem", explicou Tite nesta terça. "Abriram possibilidades para Luciano, Mendoza e Emerson, e os três foram trabalhados. Ele (Sheik) vem em boa condição física, sim. Luciano um pouco abaixo. O Mendoza está chegando, tem a expectativa e às vezes você tem que aguardar. Sei o que pesa a camisa do Corinthians", argumentou o treinador.
No início do ano passado, vale lembrar, Emerson Sheik saiu emprestado ao Botafogo e, ao lado de Alexandre Pato, virou símbolo do que não deu certo na temporada 2013. Críticos do atacante citavam a falta de compromisso, a pontaria horrível que rendeu meses de jejum e o ciúme sobre os salários superiores de Pato. Além disso, a amizade estreita e/ou até negócios em comum com o ex-presidente Andrés Sanchez, o ex-vice de futebol Roberto de Andrade e o ex-diretor Duílio Monteiro Alves.
Respaldado pelo presidente Mário Gobbi, o então treinador Mano Menezes assumiu a responsabilidade de tirar Emerson do elenco e trocá-lo com o Botafogo. Sheik fez críticas duras a Mano, mas a saída dele e de outros jogadores foi a senha para o Corinthians recuperar o crescimento dos outros anos e arrancar para o quarto lugar no Campeonato Brasileiro.
Agora, a situação é completamente diferente. O contrato de Emerson Sheik, hoje dono do maior salário do elenco ao lado de Elias, expira no meio do ano. Dispensado do Botafogo, ele sabe que precisa mostrar serviço para buscar um novo vínculo, no Corinthians ou não, para o segundo semestre. Com a saída próxima de Gobbi no próximo mês e a volta de Tite, Emerson encontrou o cenário ideal para tentar mais um bom ano.
Foto: UOL
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