De fato, a TV Palmeiras, hoje, já figura no top 10 mundial e é líder no país

De fato, a TV Palmeiras, hoje, já figura no top 10 mundial e é líder no país

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

Muito criticada pela falta de resultados em 2014, especialmente por não conseguir fechar um patrocínio máster há mais de um ano, a diretoria do Palmeiras usou outras ações pontuais que tem feito ao longo dessa gestão para se defender.

Sem ver seu time receber algo que gira em torno na casa dos R$ 25 milhões anuais, que é o valor estimado pelo espaço principal na camisa alviverde, o diretor-executivo, José Carlos Brunoro, citou que o marketing não está parado e trabalha em diferentes vertentes para conseguir alcançar êxito.

"O máster não é o foco de uma situação no marketing. O marketing do Palmeiras é bem moderno e trabalha em três vetores. Primeiro, na estratégia de marca, que é valorizar a marca, onde somos um dos mais atuantes do Brasil, com a TV Palmeiras, uma revista e nosso site. A marca também está internacionalizando e o jogo com a Fiorentina faz parte disso", explicou Brunoro em evento na Academia de Futebol para confirmar a participação palmeirense na Copa EuroAmericana.

De fato, a TV Palmeiras, hoje, já figura no top 10 mundial e é líder no país. Ainda não há, no entanto, benefícios financeiros ligados diretamente à ação.

"O segundo vetor é o da ação junto à torcida. Estamos com várias ações pelo país, tivemos o aumento do número de sócios-torcedores, por exemplo. Além disso, temos o terceiro vetor, que é a estratégia comercial, que tem o patrocínio máster e vários outros tipos de ação. Só em 2014, com essas ações, já atingimos uma parte do que teríamos em um patrocínio máster. O marketing não está parado. Quando você constrói um prédio, ninguém vê na hora da base, só quer saber do apartamento", completou.

Paulo Nobre, também presente no evento na segunda-feira, também saiu em defesa de seu departamento de marketing, um dos mais criticados pela oposição e até pela situação. Mustafá Contursi, que faz parte da base de governo de Nobre, é um dos que mais critica os gastos com a profissionalização.

De acordo com Nobre, a entrada da Caixa Econômica Federal foi fundamental para que alguns times não estivessem na mesma situação que o Palmeiras. Ele ainda citou que a Copa do Mundo também dificulta na busca de parceiros.

Vale lembrar que o Palmeiras abriu negociações com a Caixa, chegou a contar até com a ajuda do ex-presidente Luiz Gonzaga Belluzzo e do ministro do Esporte, Aldo Rebelo.

"Se tem alguém ansioso para o patrocínio, sou eu, o presidente. O torcedor Paulo também não vê a hora do patrocínio entrar. O que eu quero ressaltar é que o trabalho de marketing só é enxergado quando o patrocínio é concluído, mas várias outras ações podem ser iguais ou superiores. Como, hoje, estou por trás da informação, consigo enxergar isso. Claro que sinto a falta de um patrocínio, que traz uma grande quantidade de dinheiro, mas vejo o trabalho sendo feito", completou.

"Se somar todos os trabalhos que já foram feitos, já tivemos mais do que um máster e continuamos trabalhando. Hoje, a Copa do Mundo, que poderia aquecer o mercado, na verdade, tirou o apetite do mercado. Hoje, sem uma instituição financeira (Caixa), muitos clubes estariam sem patrocínio", finalizou.

Paulo Nobre tem tirado dinheiro do próprio bolso e dado seu nome como aval para outros empréstimos. Atualmente, a quantidade emprestada já chega à casa dos R$ 100 milhões. Mesmo assim, o rombo financeiro não para de aumentar. O Lance! mostrou que, nos quatro meses que já tiveram o balanço aprovado pelo Conselho, o prejuízo chegou a R$ 4 milhões.

Foto: UOL

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