Impossível desassociar as arquibancadas do Al Thumama Stadium nesta segunda-feira, dia de Holanda x Senegal, do que tenho visto nos últimos anos pelos autódromos que integram o calendário da Fórmula 1, transbordando cor-de-laranja.
É que Max Verstappen, campeão das duas últimas temporadas, vem provocando migrações sazonais da população holandesa atrás do piloto que no último domingo chegou a sua 35ª vitória na F1.
Mas, se por um lado os festivos holandeses têm motivos de sobra para continuarem seguindo seu talentoso piloto, pelo que sua seleção apresentou diante dos senegaleses no jogo de estreia na Copa do Qatar, entendo ser prudente arrefecer os ânimos.
Um jogo sonolento, enfadonho, daqueles de fazer o telespectador, aquele que assistiu em casa, babar impiedosamente no braço do sofá...
Mas, no final, o time resolveu "abrir a asa móvel", acelerou, e castigou Senegal, fazendo dois gols, o último nos acréscimos.
Seleção do "quase", com seus "quase" títulos em 1974 e 1978, o time do uniforme laranja parece fadado a ser coadjuvante nos mundiais.
Nem mesmo o encantador "Carrossel Holandês", com Cruyff & Companhia, foi capaz de derrotar o pragmatismo alemão em 74 e a força quase militar da Argentina em 78.
Não que Senegal fosse um adversário tão vulnerável quanto Qatar ou Irã, que demonstraram ser até agora as seleções mais fracas, mas era de se esperar algo mais consistente da equipe comandada por Louis van Gaal.
Claro, posso queimar minha língua peremptoriamente, caso a Holanda consiga melhorar, a exemplo do que fez a Itália na Copa de 82, que após uma primeira fase ridícula, ganhou consistência por ter um time equilibrado, um técnico que não era teimoso e um centroavante que não se assemelhava a um cone.
Mas a campanha italiana na Espanha/82 foi ponto fora da curva.
Normalmente as primeiras impressões são aquelas que valem em termos de Copa do Mundo.
E não acho que com essa bola que apresentou contra os africanos possa ir muito longe na Copa.
E este começo da Holanda não sugere algo diferente.
Começou com o pé no freio, aquele pedal que Verstappen usa de "raspão" quando guia sua Red Bull...
Só deu uma acelerada no final, para ganhar de 2 a 0.
Verstappen, ao contrário, acelera o tempo todo...
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