Vini Júnior coroa título de melhor do mundo com um gol e assistências na grande vitória de seu clube. Foto: Fifa

Vini Júnior coroa título de melhor do mundo com um gol e assistências na grande vitória de seu clube. Foto: Fifa

Lino Tavares

Tem um velho ditado que diz "Contra a força não há resistência". Esse dito popular define com precisão o Real Madrid que nesta quarta-feira, no Qatar, bateu o limitado Pachuca, do México, pelo placar de 3 a 0, chegando à nona conquista dessa disputa que, seja qual for o formato, definirá sempre a equipe campeã do mundo do ano em que se realiza.

Embora tratando-se de um clube sediado na capital da Espanha, não se pode dizer com exatidão que esse rosário de conquistas do Real Madrid representa na essência uma supremacia do futebol espanhol sobre o que se pratica no resto do mundo.

Sabe-se de longa data que o chamado "Clube do Rei" alcançou essa invejável marca em certames mundiais em função do seu poderio econômico-financeiro que sempre o permitiu incluir no plantel craques qualificados do exterior, que vestiram e continuam vestindo a camisa gloriosa da grande agremiação espanhola.

Nestes título mundial alcançado hoje pelo Real Madrid, cumpre destacar a contribuição do brasileiro Vinícius Júnior, que fez um gols e ótimas assistências para a consumação dessa vitória presumivelmente fácil diante do representante mexicano.

Foi sem dúvida um final de ano extremamente feliz para o clube madrilenho que, no plano coletivo e no individual, abiscoitou dois títulos mundiais ao mesmo tempo tempo já que seu craque Vini Júnior, depois de uma reviravolta na tomada de decisão da FIFA, foi eleito melhor jogador do mundo de 2024.

Trata-se de um grande jogar negro, como tantos outros que conhecemos no futebol mudial, entre os quais Pelé - o maior de todos - que voltou a se tornar alvo de manifestações racistas, notadamente nas redes sociais.

É estranho que coisas abomináveis como essa aconteçam neste século de forma tão intensa, uma vez que, no século passado, convivemos com atletas afrodescendentes que marcaram época, sem praticamente sofrerem preconceito no mundo do futebol.

Posso estar enganado, mas a exacerbação desse ranço social, que merece ser punido com o máximo rigor, encontra pano de fundo em certas campanhas anti racistas que são usadas politicamente como fator de dividendos eleitorais de políticos inescrupulosos do mudo inteiro.

Deixando de lado essa questão nojenta do racismo, que logo haverá de ser superada, o que esperamos do super craque Vinícius Júnior é que ele revele na seleção brasileira o mesmo futebol soberbo que tem revelado no time do Real Madrid, para suprir na Canarinho a carência de atletas diferenciados que amargamos desde que jogadores de exceção como Ronaldo Fenômeno e Ronaldinho Gaúcho penduraram as chuteiras

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