Conforme o relatório da Agência Tributária espanhola, o clube catalão cometeu fraude tributária

Conforme o relatório da Agência Tributária espanhola, o clube catalão cometeu fraude tributária

Madri, 8 jun (EFE).- O depoimento do ex-presidente do Barcelona Sandro Rossell sobre as supostas irregularidades envolvendo a contratação de Neymar pelo clube catalão foi adiado nesta segunda-feira, a pedido do advogado do espanhol, para o dia 22 de julho.

Rossell deveria comparecer à justiça nesta sexta-feira, mas Ignacio Ayala, que defende o ex-dirigente, solicitou a alteração da data alegando ter outro julgamento no mesmo dia. Para comprovar a coincidência de compromissos, o advogado apresentou documentos na Audiência Provincial de Madri.

O adiamento para 22 de julho, também alterou a data do depoimento do representante legal do Barcelona, Antonio Rossich, que precisará defender o clube das acusações de fraude de 9,1 milhões de euros na contratação do atleta. Outra ida à justiça que foi adiada foi de Artur Amich, responsável pela auditoria nas contas 'blaugranas'.

Conforme o relatório da Agência Tributária espanhola, o clube catalão cometeu fraude tributária de 9,1 milhões de euros (R$ 27,8 milhões) ao não declarar devidamente o pagamento às empresas vinculadas ao jogador - 10 milhões de euros (R$ 30,9 milhões) em 2011, e outros 27,92 milhões de euros (R$ 86,2 milhões) em 2013.

Esses 9,1 milhões de euros corresponderiam a 24,75% dos 37,9 milhões de euros que o Barcelona pagou às empresas relacionadas à marca Neymar Jr. A interpretação é que essa verba não faria parte da transferência, mas do salário do jogador e, portanto, deveria ser considerada como rendimento de trabalho.

O relatório conclui que Neymar tinha no momento da contratação a condição fiscal de não residente no país e, portanto, a obrigação do pagamento do tributo seria do Barcelona, que deveria descontar o valor sobre a verba integral dos honorários do jogador, ou seja, 24,75% dos rendimentos do brasileiro.

O Barcelona já apresentou à Receita Espanhola uma declaração complementar de 13,5 milhões de euros (R$ 41,7 milhões) e argumenta que o pagamento dessa verba seria destinada a "dar cobertura às eventuais interpretações que se possam ser feitas a todos os contratos assinados por causa da contratação de Neymar".

Foto: UOL

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