Jogador teve sua carreira abreviada pelo alcoolismo e contusões nos joelhos

Jogador teve sua carreira abreviada pelo alcoolismo e contusões nos joelhos

Garrincha talvez  tenha sido o jogador mais espetacular de todos os tempos. Espetacular na acepção da palavra. Dava espetáculo. Show.
Esta é a opinião, quase unânime, entre todos aqueles que o viram jogar, principalmente pela Seleção Brasileira e o Botafogo, clube que defendeu por 12 anos.
Pernas tortas contrariando princípios básicos para o físico de um atleta profissional.
Deficiência que utilizou a seu favor, dribles aterrorizantes aos "Joões", alcunha que o próprio ponta deu a seus marcadores. Poucos marcadores, é verdade. A maioria foi espectador privilegiado...
Como não era fácil lhe tirarem a bola, seus joelhos sofreram as consequências, que as infiltrações foram apenas uma solução paliativa.  A partir de 1963 a queda de rendimento foi vertiginosa, tanto pelo lado físico quanto pela saúde, debilitada pelo alcoolismo, que lhe custou a vida, por conta da cirrose hepática.
Corintiano fanático, daqueles que não perdiam jogos do time de coração, Waldemar Micheletti, aposentado, 76 anos, relembra a estreia de Garrincha no Corinthians, em 2 de março de 1966, contra o Vasco, no Pacaembu.
"Assisti a estreia do Garrincha na equipe do Corinthians contra o Vasco da Gama no Pacaembu, em  1966,  jogo em que o Corinthians foi derrotado por 3 a 0, com dois gols de Célio e um de Maranhão. Foi decepcionante a estreia do jogador, visto que, já em fim de carreira, não produziu o que a torcida que compareceu com mais de 44 mil pessoas, esperava", relembra Waldemar.
Mesmo assim, segundo ele, a torcida foi carinhosa com o jogador, na ocasião com 32 anos, que considera como o maior ponta que viu jogar.
"O que vi de mais importante nessa partida, foi que a torcida corintiana, mesmo com sua fraquíssima atuação, não deixou de aplaudir o jogador que, na minha opinião foi o maior ponta que o Brasil já teve. Infelizmente, até hoje, não ganhou o reconhecimento merecido, pois, no auge de sua forma, enchia os olhos até de adversários com seus dribles infernais (sempre pela direita), e que deixava seus marcadores sem saberem o que fazer para segurar o impetuoso jogador. Saudades......", finaliza Waldemar Micheletti, que já colaborou e colabora muito na seção "Que Fim Levou?" do Portal Terceiro Tempo, ajudando na identificação de jogadores, principalmente os alvinegros.



Outro grande e preciso colaborador da seção "Que Fim Levou", Pedro Luiz Boscato, de 68 anos, tem em sua memória a primeira vez que viu Garrincha atuar, em uma partida entre Botafogo e América-RJ, no Maracanã.
"Vi Garrincha atuar pela primeira vez, em 1958, eu garoto ainda, no Maracanã, um sábado, à noite, Botafogo x América.  O Botafogo venceu tranquilamente, não lembro o placar, mas foi fácil. No jogo do domingo, Vasco x Flamengo, esse eu lembro, 0x0", conta Boscato, que também relembra um fato curioso sobre Garrincha.
"Não sei se estou certo, tenho minhas dúvidas, se foi nesse Botafogo X América, que Garrincha simulou cansaso, com a partida já decidida, para poupar o lateral-esquerdo Ivan, do América", finaliza Pedro Luiz Boscato.
Garrincha morreu em 28 de outubro de 1983, aos 50 anos, no Rio de Janeiro.

Clique aqui e veja Garrincha na seção "Que Fim Levou?"


Duelo de gigantes: Pelé x Garrincha, no encontro entre Santos e Botafogo. Garrincha x Décio Teixeira. Mané
vai sair pela direita...

Veterano, em 1972. O massagista Foca tenta aliviar as dores no joelho do ponta. Na comparação, as pernas
tortas de Garrincha e as "normais" de Amarildo



Craques Inglórios, a nova série de reportagens do Portal Terceiro Tempo



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