Corinthians e Santos trocaram de presidentes no início e 2024. Augusto Melo assumiu o alvinegro do Parque São Jorge. Marcelo Teixeira voltou ao poder no Santos, pela terceira vez. Melo foi à posse de Teixeira.
Marcelo Teixeira devolveu a gentileza.
O santista assumiu um clube recém rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro. Fato inédito na história da equipe que já teve Pelé. Que, por sinal, morreu no final de 2023 (29 de dezembro, aos 82 anos). Foi enterrado nos primeiros dias de 2024.
O velório de Edson Arantes do Nascimento foi no gramado sagrado da Vila Belmiro.
Teixeira tomou posse prometendo “um choque de gestão”.
Melo substituiu Duílio Monteiro Alves e alardeou que iria fazer uma “administração profissional”. Nos primeiros dias de seu mandato não perdeu uma única chance de falar diante dos microfones, fossem eles de televisão, rádio ou podcast.
Prometeu contratar Gabriel Barbosa, o Gabigol, do Flamengo. Não contratou. Mais: O Flamengo desmentiu qualquer contato para vender o seu artilheiro. Gabigol também não mostrou disposição de trocar sua condição de líder do time da Gávea, com um salário que supera R$1,5 milhão, pelas incertezas que rondam o Parque São Jorge nos últimos anos.
A dívida do Corinthians supera os R$ 1,96 bilhão.
Meses depois, Gabigol foi flagrado vestindo a camisa do Corinthians em uma conversa com amigos. Mas isso é outra história. E deve ser creditado à irresponsabilidade do jogador do Fla.
O Santos de Marcelo Teixeira mostrou um rendimento tão bom quanto inesperado no Campeonato Paulista e terminou a competição como vice-campeão, perdendo o título para o favoritíssimo Palmeiras, de Abel Ferreira.
Começou bem a Série B.
Não teve dificuldades com os adversários frágeis que enfrentou no início e acumulou vitórias. Mas sofreu uma derrota inesperada para o Amazonas, em Manaus, por 1 a 0, e, em seguida, foi derrotado por América (MG) e Botafogo (RP), em Londrina, por 2 a 1.
Detalhe: O Botinha era, até então, o pior time da Série B, sem conseguir uma única vitória.
Marcelo Teixeira foi muito criticado por ter trocado a Vila Belmiro pela cidade do Paraná, para ganhar R$ 600mil.
E sofre pressão para demitir o coordenador de futebol Alexandre Gallo, que acumula erros nas contratações de jogadores.
Trouxe o colombiano Alfredo Morelos para pagar R$ 900 mil mensais e Patrick, do Atlético Mineiro.
Morelos e Patrick não conseguem entrar em forma e viraram o grande mico da gestão de Marcelo Teixeira.
O Corinthians, de Melo, está na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Faz uma boa campanha na Copa Sul Americana, mas o fato de estar nas últimas colocações do Brasileirão é motivo mais do que suficiente para que a torcida corintiana comece a temer pelo pior.
Mas o problema maior de Augusto Melo não está restrito ao rendimento do time no gramado. Está sendo acusado de corrupção no contrato que fez com o seu atual patrocinador master, a empresa de apostas VaideBet.
O contrato de patrocínio foi firmado no início de 2024, para render R$ 370 milhões anuais ao clube, com validade de três anos.
Mas o noticiário de que o Corinthians teria usado intermediários “laranjas” para fechar o contrato assustou a empresa, que ameaça romper o vínculo e cobrar uma multa de R$ 10 milhões.
O assunto passou para a esfera criminal.
Por isso, já há um movimento no clube para que o Conselho Deliberativo inicie um processo que pode culminar com o impeachment de Augusto Melo.
No Santos, em uma iniciativa considerada por muitos como uma tentativa de abafar a crise, Teixeira anuncia que desta vez a chamada Arena WTorre, no terreno da Vila Belmiro, vai sair do papel.
Uma arena, mesmo que para acomodar apenas 30 mil torcedores, claro, vai fazer bem ao patrimônio do Santos.
Mas o momento é inadequado para tratar deste assunto. Marcelo Teixeira deve se preocupar mesmo é em trazer de volta o Santos para a Série A.
Para isso, tem de prestar atenção ao ambiente interno no elenco. Os jogadores reclamaram da viagem para Londrina e criticaram as condições do hotel onde ficaram na cidade.
Ou seja, o ambiente está tenso em um clube fragilizado por estar, pela primeira vez em sua história, disputando a Segunda Divisão.
O que significa que os dois alvinegros vivem momentos muito parecidos no futebol brasileiro.
A pergunta se justifica: Corinthians e Santos: qual deles está mais esculhambado neste momento?
Está no caminho? Desempenho agrada corintianos, que agora querem resultados
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