A vida do torcedor corintiano não está nada fácil. Mesmo quando o time comandado pelo técnico Sylvinho joga bem, acaba “jogando mal”.

É fato que o Timão foi melhor que o Santos no clássico disputado na Vila Belmiro, no último domingo (8), pelo Campeonato Brasileiro. Os visitantes foram eficientes na marcação, tiveram espaço para contra-atacar, ameaçaram mais o gol adversário, chegaram a marcar um gol anulado por impedimento com a intervenção do VAR, assim como um pênalti, que o árbitro de vídeo indicou a anulação.

Se tivesse que indicar um vencedor na Vila, seria o Corinthians. O Timão fez um bom jogo! Mas ainda assim, é um futebol, digamos, ruim do clube do Parque São Jorge.

E é ruim especialmente quando o Corinthians tem a bola. A dificuldade que o Timão tem para atacar, agredir, pressionar seu adversário, chega a ser irritante.

A melhora da equipe corintiana na temporada precisa passar necessariamente pela evolução ofensiva da equipe. O time de Sylvinho constrói suas principais jogadas de ataque no contra-golpe e quando a bola chega em Gustavo mosquito, até gera-se algo perigoso para o adversário – aliás, Mosquito era a principal peça ofensiva do Timão na Vila e, curiosamente após a saída do atacante, o ímpeto dos visitantes diminuiu consideravelmente. Mas isso é tudo. Quando precisa construir o jogo com o rival postado na defesa, é imensa a dificuldade corintiana.

Dificilmente assistiremos ao Corinthians jogando algo vistoso, com a bola, criando jogadas a partir de bela troca de passes. É improvável que os jogos do Timão sejam agradáveis, mesmo em dias que a equipe se apresente bem. Não há peças para isso – embora a chegada de Giuliano e Renato Augusto qualifica bastante o setor de meio alvinegro –, mas ainda assim, é preciso melhorar e ter mais alternativas. Depender de Mosquito para criar suas principais jogadas é muito pouco.