O Corinthians anunciou nesta quinta-feira (3) a saída de Alessandro Nunes do cargo de gerente de futebol do clube. O ex-jogador concedeu entrevista coletiva no CT Joaquim Grava e se emocionou ao se despedir após 11 anos no Alvinegro. Para o lugar dele, o departamento de futebol deve ser reforçado por Emerson Sheik e Vilson.
"Não é fácil ficar onze anos em uma instituição como esta. Queria agradecer ao Duílio [Monteiro Alves, diretor de futebol], que esteve ao meu lado neste momento, e ao Kalil [diretor-adjunto de futebol]. São duas pessoas responsáveis que tocarão o futebol do Corinthians a partir de 2019. É uma saída com bastante orgulho. Independentemente da posição que tive aqui dentro, tenho certeza que o torcedor saberá separar as minhas funções, porque não foram poucos títulos", disse Alessandro em coletiva de imprensa.
O agora ex-gerente corintiano foi bastante elogiado por Duílio e Kalil durante sua despedida. Foi tratado como "grande amigo e grande profissional", mas a decisão de sua saída se deu para "oxigenar o departamento de futebol". O trio insistiu que não foi o atrito que levou à interrupção do trabalho. O contrato de Alessandro se encerrou em 31 de dezembro e não foi renovado.
"Tivemos um bate-papo produtivo e chegamos à conclusão de não sequência minha no departamento de futebol. Tenho certeza que um novo responsável será tão competente quanto eu fui nestes cinco anos. Agradeço também ao presidente Andrés Sanchez, a todas as pessoas do departamento de futebol, à comissão técnica e principalmente ao torcedor", completou.
A escolha por Sheik e Vilson já era ventilada no clube há algumas semanas. De acordo com Duílio Monteiro Alves, a dupla está pronta para assumir as funções. "O Emerson vem pela história que tem e porque nós o identificamos com o perfil de fazer a ligação entre nós e o atleta. O Vilson também. Ambos chegam pelo perfil e pelo que temos visto na convivência deles com os demais jogadores", explica o diretor de futebol. O próprio Alessandro reforça a escolha. "São pessoas corretas, que têm amor pelo Corinthians e estão aptas para trabalhar no futebol profissional", diz.
Trabalharia em rival?
Agora com carreira de dirigente, Alessandro pensa em seguir na profissão nos próximos anos. Não pensa em ser treinador, mas gostaria de manter suas funções em algum outro clube - desde que não seja um rival. "Não me sentiria bem, não gostaria, sinceramente. Com todo o respeito a Santos, São Paulo e Palmeiras, não me sentiria bem em trabalhar em algum deles daqui a quatro ou cinco dias", afirmou.
Há um interesse do Flamengo, mas o próprio Alessandro preferiu desconversar. "Não tão fico surpreso pelo tempo que fiquei lá. [Flamengo] foi o clube que me projetou, me deu a oportunidade de ser um atleta profissional. Então não foi uma coisa deste final de ano… Mas eu não sei sobre o futuro, não gosto de fazer previsões, então o melhor é esperar", entende Alessandro.
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