Napoleão de Almeida
Colaboração para o UOL
A mesa diretora do Conselho Deliberativo do Coritiba aceitou e dará encaminhamento ao pedido de "impeachment" – ou destituição – do presidente Samir Namur. O pedido foi subscrito por mais de 80 conselheiros que não alegam nenhuma razão objetiva para a prática, mas se amparam no texto do Estatuto do Coritiba, que prevê que uma Assembleia Geral de Sócios tem poder superior aos conselhos Gestor e Administrativo do clube.
A mesa convocou todos os conselheiros para uma reunião no próximo dia 26, segunda-feira, às 18h no Couto Pereira, para dar prosseguimento ao pedido e debater os procedimentos da Assembleia. Agora, os sócios participarão de uma espécie de "eleição" indireta para definir se Samir continua ou sai do cargo. O Coritiba possui cerca de 13 mil sócios e, dentro de um universo apto à votar, a decisão sairá por maioria votante, em critérios a serem estabelecidos nesta reunião. O processo completo ainda tomará cerca de 40 dias. O pedido é para a destituição apenas de Namur.
No caso da decisão ser desfavorável ao presidente Namur, quem assumiria o cargo seria o primeiro vice-presidente, Paulo Roberto Baggio; a escala sucessória ainda teria Jorge Durao, Eduardo Bastos de Barros e Aníbal Mesquita Júnior. Se todos optarem por renunciar em solidariedade à uma eventual cassação de Namur, de quem são pares de diretoria, quem assumiria por 30 dias é o presidente da mesa diretora, Marcelo Licheski, que assinou o prosseguimento do processo. Caberia a ele convocar novas eleições.
Namur segue rotina normal; opositores questionam contratos
Enquanto isso, o presidente Samir Namur seguiu a rotina de contratações para 2019. Nesta terça-feira (20) confirmou a manutenção do técnico Argel Fucks e apresentou o gerente de futebol Rodrigo Pastana. "A diretoria ou o presidente não param de trabalhar por causa desta pressão. Algumas pessoas que me conhecem e participavam das discussões ainda em campanha, sabem que o Pastana era um nome que nós gostaríamos, inclusive, para o ano passado, mas ele estava empregado. E agora com ele livre nós fizemos esse contato e contrato. É um perfil que compreende uma experiência e um currículo com montagens de elencos de Série B bem sucedidas", explicou Namur.
Um dos líderes do movimento de oposição, Julio Jacob Júnior, reuniu cerca de 40 conselheiros para debater a sequência do Coritiba. "É fato que o Presidente não pode parar de administrar o clube e se preocupar com o futebol, só esperamos que na negociação com os que chegam não sejam previstas altas multas em caso de rescisão dada a condição financeira precária do Clube com a redução de receita superior a 50 milhões em 2019", disse ao UOL Esporte.
Foto: Reprodução/TV Coxa
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