Foto: CBF

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Ele é um encantador de cães.

Falo de Tite.

No Bem, amigos no Sportv, desta segunda-feira, 21/09, o técnico da Seleção Brasileira mais uma vez driblou, com o messianismo de sempre, eventuais perguntas, bem eventuais mesmo, que tentavam refletir o que pensam os torcedores brasileiros que ainda dão, um pouco, de importância para a seleção do país.

Questionado sobre a convocação de Phillipe Coutinho, mais uma, jogador de pouco ou nenhum brilho na seleção, no Barcelona, para onde voltou recentemente, e no Bayern de Munique, clube alemão em que foi reserva, Tite disse que Coutinho foi bem nas vezes em que atuou no Bayern.

Reserva, utilizado normalmente nos últimos minutos pela equipe de Munique, Phillipe Coutinho tem cadeira cativa nas listas de convocações do selecionador nacional.

Se o que importa é o momento para um jogador ser convocado, Coutinho está longe de merecer vestir a amarelinha.

Sobre Marinho e Thiago Galhardo, decisivos no Santos e Internacional, na competição, poucas palavras.

“Estamos acomnpanhando estes dois atletas. Mas a concorrência é grande na posição”, afirmou, sem a menor vontade de falar a respeito do assunto.

Tite passou a maior parte do programa analisando lances de jogos da Seleção Brasileira.

Esta agora é a sua saída favorita para evitar questionamentos, quandos eles ocorrem.

Diante de qualquer pergunta sobre a maneira de a seleção atuar, Tite pede a ajuda das imagens.

Como um professor, de forma tão didática quanto chata, perde minutos preciosos a mostrar o posicionamento de cada jogador.

Falou que quer Neymar atuando com mais liberdade. Não é mais favorável a que o atacante do PSG atue apenas pelo lado esquerdo do gramado. Confidenciou que mandou recado para o astro da equipe.

“Pedi para o Ricardo (Ricardo Rosa, preparador físico de Neymar), perguntar ao Neymar se ele aceita jogar pelo meio, como um meia), contou.

Ou seja, o técnico da Seleção Brasileira não consegue falar com o melhor jogador da equipe. Nem pelo whatsapp.

Tem de mandar recado.

Estamos a dois anos da Copa do Mundo do Catar. Sob o comando de Tite, a seleção foi eliminada pela Bégica, nas quartas-de final da Copa da Rússia.

Tite colecionou erros na competição. Alguns ele mesmo confessou. Levou jogadores machucados (Fred e Renato Augusto), demorou para fazer substituições. Neymar e família tiveram privilégios na Rússia.

Claro, neste aspecto de favorecimentos para o astro da seleção a responsabilidade não é só dele. Dirigentes, Edu Gaspar, que era o coordenador, também foram, e muito, coniventes.

Tite foi muito mal na copa. Fez, com louvor, uma etapa de recuperação elogiável nas Eliminatórias. A seleção acumulou oito vitórias sob o seu comando. Conseguiu a classificação mostrando bom futebol.

Na copa, porém, a seleção desandou.

Depois de uma série de jogos amistosos contra seleções fragéis, conquistou a Copa América, disputada no Brasil em 2019.

Nas mãos de Tite, a Seleção Brasileira não engrena.

Tite está há três anos como técnico da Seleção Brasileira.

Não dá sinais de que acumulou conhecimentos suficientes para a conquista do hexa.

Pelo contrário, a cada palavra, a cada gesto, mostra que segue sendo um aprendiz. Um neófito no comando dos pentacampeões do mundo.

Só uma característica continua intacta em sua personalidade.

A de um autêntico encantador de cães.

Aquele que quer convencer o interlocutor. Com o olhar fixo e a palavra.

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