Dassler Marques
Do UOL, em São Paulo
Depois de uma derrota e um empate em que o Corinthians não conseguiu nenhuma finalização a gol, Jair Ventura espera pelo progresso de sua equipe neste domingo, em Itaquera, contra o Sport, às 19h (horário de Brasília). Escolhido pelo presidente Andrés Sanchez para tentar remediar a crise de resultados desde a saída de Fábio Carille, o novo treinador corintiano terá do outro lado, curiosamente, um comandante que já esteve na mira do mandatário há alguns anos.
Com uma carreira irregular, Eduardo Baptista vivia bom momento quando foi indicado por Sanchez ao então presidente Mário Gobbi como um possível sucessor de Mano Menezes, no fim de 2014. Ele comandava o mesmo Sport para o qual recentemente voltou e vinha de títulos estadual, da Copa do Nordeste e de boa campanha na Série A. O acerto, porém, não avançou, e a decisão à época foi assinar com Tite.
O nome de Eduardo, porém, em outros momentos circulou entre dirigentes do Corinthians como possível solução para o banco de reservas. Depois da saída do mesmo Tite para a seleção, em 2016, ele foi sondado pelo clube para deixar a Ponte Preta e se mudar ao Parque São Jorge, mas preferiu permanecer no Moisés Lucarelli. O trabalho resultou em outra boa campanha na Série A, com a oitava posição da Ponte.
Sem emplacar Eduardo, Andrés foi o incentivador da contratação de Cristóvão Borges para a vaga de Tite, uma medida que não se mostraria acertada naquela temporada. Os trabalhos sem bons resultados de Baptista a partir dali, sobretudo no Palmeiras e no Atlético-PR, fizeram com que pouco a pouco ele se afastasse do radar corintiano. O pai dele, nunca é demais lembrar, é Nelsinho Baptista, o primeiro treinador da era Sanchez, em 2007, na queda à Série B.
Ao fim do mesmo 2016, com a perspectiva de que Oswaldo de Oliveira seria demitido, o grupo de Andrés chegou a indicar Jair Ventura como uma possível solução ao então presidente Roberto de Andrade. Sanchez sempre defendeu que os salários para treinadores sejam menores que os praticados no mercado brasileiro e que a estrutura do clube é que deve prevalecer na condução do trabalho. Por isso, ao abrir mão de Fábio Carille, pensou em Osmar Loss como solução caseira.
Agora com Jair como seu treinador há pouco mais de uma semana, em espécie de adaptação ao plano original, Andrés tentará provar novamente a teoria de que o chefe da comissão técnica é apenas uma peça dentro de uma engrenagem maior. Superar o Sport, e o antigo pupilo Eduardo Baptista, é algo fundamental no momento corintiano.
Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife
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