Time de Renato cede virada histórica  ao tricolor carioca e afunda ainda mais na Zona de Rebaixamento

Time de Renato cede virada histórica ao tricolor carioca e afunda ainda mais na Zona de Rebaixamento

Falei no comentário anterior, depois daquele empate horroroso do Grêmio diante do Avaí, na rodada do meio da semana, que o tricolor corria o risco de ir para a decisão da vaga às oitavas de final da Libertadores, quarta-feira, levando consigo a lanterna do Brasileirão, caso perdesse para o Fluminense neste domingo, como acabou acontecendo.
 
Meu vaticínio só não se confirmou por completo, porque nessa terceira rodada o Vasco apenas empatou com o Corinthians em 1 a 1 e o Avaí perdeu para o Bahia pelo escore mínimo.
 
Mesmo tendo escapada de segurar a lanterna do certame nacional, a derrota para o Fluminense, considerando a maneira insólita como aconteceu, causa um abalo psicológico no moral do esquadrão gremista, que praticamente anula a vantagem de jogar pelo empate contra o Universidad Católica do Chile.
 
É fácil entender por quê. O Grêmio vem de dois jogos seguidos em que larga na frente no placar e pouco tempo depois apaga por completo e sede terreno ao adversário, deixando escapulir pelo ralo da intranquilidade vitórias que no limiar desses jogos pareciam líquidas e certas.
 
Ora, se depois de alcançar três gols de vantagem até 25 minutos do primeiro tempo de jogo, os comandados de Renato não conseguiram garantir diante do adversário praticamente batido nem mesmo um empate, imagine a tensão emocional desse time quando entrar no gramada da Arena quarta-feira, tendo que segurar o empate para não terminar a semana fora do torneio continental e amargando a antepenúltima colocação na tabela do Brasileirão.
 
O estrago dessa virada sofrida em seus próprios domínios representa para o Grêmio uma ducha fria nos ânimos do time e de sua torcida, em relação ao próximo compromisso da Libertadores, pois essa derrota  foi deveras assustadora sob todos os aspectos.
 
À luz do que foi dado observar no desenrolar do grande jogo que se tornou para o dono casa  motivo de frustração,  O Grêmio perdeu esse confronto para si mesmo, administrando mal a folgada margem de gols alcançada na primeira metade da etapa inicial e dando de mão beijada três dos cinco gols que sofreu ao longo da partida.
 
Sem dúvida, a infantilidade do goleiro Júlio César tentando driblar o atacante adversário, para quem perdeu a bola permitindo o segundo gol do Fluminense, somada ao pênalti bobo praticado por Kannemann e o vacilo de Léo Moura, desviando contra a própria meta a bola chutada por Yoni Gonzalez representam os fatores determinantes da vitória do time visitante.
 
Mas isso não tira o mérito da virada sensacional que o esquadrão das Laranjeiras impôs diante do Grêmio, nessa que foi uma noite histórica do futebol brasileiro.
 
Conduz a esse raciocínio o fato de saber-se que dois desses "vilões" gremistas redimiram-se de seus erros, contribuindo para que o Grêmio voltasse a marcar e deixasse de sofrer outros gols em momentos cruciais da partida.
 
Um deles foi Kannemann, que compensou o pênalti praticado, fazendo um belo gol de cabeça. O outro foi Júlio César, que redimiu-se da entregada de bola que resultou em gol do Flu, praticando excelentes defesas, sem as quais o tricolor carioca teria chegado a um placar talvez ainda maior do que os 5 a 4, sem precisar dos gols fáceis que os desacertos de jogadores gremistas lhe proporcionaram.
 
Não é lícito dizer que, em função dos maus resultados do início da Libertadores e desse começo do Brasileirão, o Grêmio esteja mergulhado numa crise.
 
É preciso reconhecer contudo que o bicampeão gaúcho da Arena do bairro Humaitá começa a próxima semana "no fio da navalha", com total obrigação de passar pelo Uniersidad Católica e avançar na Libertadores,  na qual o arquirrival colorado já avançou na condição de campeão de seu grupo.
 
Não tenhamos dúvida de que um eventual fracasso gremista na sua pretensão de passar às oitavas de final da Libertadores, no jogo de quarta-feira, poderá deflagrar uma situação de crise nas hostes tricolores com possibilidade até de suscitar uma onda de desconfiança no trabalho de Renato Portaluppi, com a hipótese não descartável de ter sua cabeça  a prêmio entre torcedores e até mesmo alguns setores da diretoria do clube.
 
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Foto:  UOL

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