Jornal que organiza o movimento costumava criticar a presença de estrangeiros na Alemanha

Jornal que organiza o movimento costumava criticar a presença de estrangeiros na Alemanha

Diversos clubes alemães optaram por boicotar a campanha organizada pelo jornal Bild para apoiar os refugiados que chegaram ao país nos últimos meses.

Inicialmente, todos os 36 clubes que fazem parte das primeira e segunda divisões alemãs entrariam em campo na rodada deste final de semana com um "patch" (espécie de adesivo) nas mangas das camisas, grafado com a frase "Wir helfen" (nós ajudamos, em alemão).

No entanto, ainda no início da semana, o St. Pauli, clube da segunda divisão alemã, reconhecido como referência mundial anti-facista e de apoio a causas sociais, optou por boicotar a campanha. A diretoria do clube alegou que o jornal que o Bild (que organizou o movimento) costumava veicular matérias contrárias à presença de imigrantes na Alemanha, antes de a crise se tornar o principal assunto do noticiário internacional. O clube também afirmou que ajudou os imigrantes de forma "prática e efetiva" e que apoia causas semelhantes há décadas.

Como retaliação, Kai Diekmann, editor-chefe do Bild, tuitou algumas mensagens afirmando que os refugiados não seriam bem-vindos no Millerntor-Stadion, estádio do St. Pauli.

A repercussão negativa das declarações de Diekmann fez com que outros clubes aderissem ao boicote, como o Union Berlin e o Duisburg. O Duisburg, inclusive, entrará em campo sem o patch da campanha, mas com a inscrição "Refugees Welcome" (Refugiados, sejam bem-vindos) no lugar de seu principal patrocinador. Bochum, Freiburg e Nuremberg também não exibirão os adesivos da "Wir helfen".

Foto: Reprodução

 

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