Confira com exclusividade a entrevista concedida pelo meia brasileiro ao portal Terceiro Tempo

Confira com exclusividade a entrevista concedida pelo meia brasileiro ao portal Terceiro Tempo

“Foi um choque, não tive nem tempo de me despedir direito”, desta forma o meia brasileiro Renatinho descreve sua transferência relâmpago do Kawasaki Frontale ao desconhecido Guangzhou R&F, no segundo semestre de 2015. Tal fato evidencia que o tsunami chinês não atingiu somente o futebol brasileiro.

Nascido em Cardoso, pequena cidade do norte paulista, Renato Ribeiro Calixto jogou nas categorias de base do Ituano e do Coritiba, clube no qual se profissionalizou em 2008. Três anos mais tarde, se destacou pela Ponte Preta, atraindo o interesse do futebol japonês. Na Terra do Sol Nascente, o meia rapidamente se tornou uma das principais referências do Kawasaki Frontale, clube onde permaneceu por quase três anos.

Foi então que no segundo semestre Renatinho recebeu uma proposta do emergente Guangzhou R&F, rival do campeão nacional e asiático, Guangzhou Evergrande. “O futebol é assim, a oportunidade vem e você tem que seguir em frente. (Eu e minha família) estávamos muito adaptados ao Japão, mas ainda assim tem sido uma experiência muito bacana, gostamos muito de Guangzhou", afirmou.

Apesar do pouco tempo no país, o meia já consegue notar diferenças entre o jogo práticado nos dois principais países asiáticos. “A influência dos brasileiros e dos outros estrangeiros está mudando a característica do futebol chinês, que já mostra bastante qualidade. É um pouco diferente do Japão, que tem um futebol mais pegado, mais disputado, mas já é possível ver muita qualidade aqui na China”, diz o jogador, que revela querer jogar pelo futebol europeu antes de retornar ao Brasil.

E por falar em Brasil, apesar de ter sido o único jogador brasileiro no elenco dos Leões Azuis até a última semana, Renatinho encontrou no ex-corintiano Zizao um elo com suas raízes. E o meia revela: o franzino chinês fala muito sobre o clube do Parque São Jorge. “Ele é muito gente boa, um menino muito bacana. É uma referência aqui. A gente conversa bastante e ele costuma elogiar muito o Corinthians, principalmente a torcida e a estrutura do clube”.

Questionado se já existe rivalidade entre os clubes da terceira maior cidade da China, Renatinho relativizou: “Existe rivalidade sim. Não é igual a um Atletiba (risos), mas existe. Por conta da boa fase do Evergrande (clube rival) a torcida deles é um pouco maior e costuma pressionar bastante. As torcidas chinesas existem em menor número do que no Japão. Poucos times têm torcidas grandes”.

O jogador também falou sobre a não convocação para a Seleção Brasileira de jogadores que atuam em ligas de menor expressão. “Por ser uma liga em expansão, com muitos bons jogadores se destacando, acho que a Seleção (Dunga) deveria olhar para o futebol chinês também”.

Por fim, Renatinho afirma que acredita que o crescimento do futebol chinês não é apenas uma moda. “Pelo andar da carruagem não acho que seja temporário não. Penso que irá crescer ainda mais e, daqui uns três, quatro anos, a liga chinesa deverá estar bem forte".

Foto: Reprodução

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