Tite tem o dever de vir a público e detalhar aquilo que está prevendo para o próximo ciclo. Foto: Divulgação

Tite tem o dever de vir a público e detalhar aquilo que está prevendo para o próximo ciclo. Foto: Divulgação

Já são quatro meses das restrições impostas pelo novo coronavírus no Brasil. No mundo são seis meses de uma batalha sem sucesso e repleta de desdobramentos imensuráveis para o futuro da humanidade. A solução do problema ainda está longe do horizonte.

Neste cenário o futebol vem tentando se redescobrir. São campeonatos retomados, projeções para os próximos meses, protocolos analisados, times contaminados, estádios vazios e o chamado “novo normal” desfilando diariamente no nosso cotidiano.

Nos últimos dias a FIFA, atendendo a um pedido da CONMEBOL, atrasou em um mês o início das eliminatórias para a Copa do Mundo do Catar. O que iria começar em setembro, agora passou para outubro. O Brasil vai estrear contra a Bolívia.

Nesse cenário de dúvidas, incertezas, indefinições, nova realidade, protocolos de uma preparação física inédita, calendário apertado e tudo o que o mundo do futebol passou nos últimos quatro meses, você viu ou ouviu o técnico da seleção brasileira se manifestar?

Não estou falando de doença, dos milhares de mortos ou da perspectiva de uma vacina, mas de futebol, daquilo que o cargo do principal treinador do Brasil tem obrigação de esclarecer ao torcedor. Afinal, até agora não se sabe o que será da nossa seleção diante deste panorama exposto pela Covid-19.

Tite tem o dever de vir a público e detalhar aquilo que está prevendo para o próximo ciclo do time em meio a tantos problemas e indefinições. Faz parte do cargo. Está no pacote da função. Ou então veste o pijama e vai para casa assistir o planeta buscar saídas para a crise. O que não pode é fazer de conta que não tem nada acontecendo aqui fora.

Com o torcedor cada vez mais desconfiado da seleção e cada vez mais distante do time, não parece ser nada positivo ter um comandante que não está disposto a se aproximar dos brasileiros com uma palavra de esperança e solidariedade em tempos tão difíceis e uma explicação do que está sendo feito pela seleção.

Então, Tite, apareça.

 

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