Do UOL, em São Paulo
Bragantino e Corinthians fizeram um jogo bastante movimentado neste domingo (18). O time do interior apostou em mandar a partida no estádio do Pacaembu e se deu bem: soube aproveitar as falhas defensivas corintianas, aproveitou as suas chances e venceu por 3 a 2. Matheus Peixoto, Vitinho e Ítalo fizeram os gols do Braga, e Balbuena e Pedrinho descontaram.
O Bragantino conquista a vantagem do empate para o jogo de volta, que será em Itaquera na quinta-feira (22). Para classificar-se nos 90 minutos, o Corinthians precisa vencer por dois ou mais gols de diferença — um triunfo por um gol leva a decisão aos pênaltis, e não há critério de gol fora de casa.
Brilhou: Ítalo entra e decide para o Braga
O atacante de 20 anos entrou no primeiro minuto do segundo tempo, após lesão de Léo Jaime, e bagunçou a defesa do Corinthians. Ele fez linda jogada pela esquerda, driblou Mantuan, chutou e viu Vitinho fazer o segundo do Bragantino no rebote. Minutos depois, foi o próprio Ítalo quem se ligou em um rebote de Cássio para anotar o seu.
Quem foi mal: Sidcley e Clayson ficam devendo
O lateral corintiano foi o principal alvo dos ataques do Bragantino, que encontrava por ali a liberdade que procurava. Vários cruzamentos partiram do setor. Já Clayson foi mal ofensivamente, participando pouco; e também defensivamente, tendo dado condições de jogo ao autor do primeiro gol do Bragantino.
Corinthians se anima no início
Os primeiros minutos de jogo mostraram um Corinthians mais entusiasmado, explorando muito bem as laterais do campo. Os destaques foram os volantes, que criaram duas chances importantes em 15 minutos: Maycon deixou Emerson na cara do gol, e Gabriel teve chute desviado após tabelar com Rodriguinho.
Desorganizado, Bragantino se segura
A estratégia do time do interior esteve clara desde o princípio: recuar e partir nos contra-ataques. Mas a marcação era ruim e permitia ao Corinthians muito espaço, de modo que o Bragantino teve que se segurar com faltas (12 em 25 minutos). Ainda assim a equipe do interior não abdicou de atacar, e quase saiu na frente com Léo Jaime aos 13.
Pressão corintiana ameniza, mas o calor não
A velocidade do jogo caiu no terço final do primeiro tempo; talvez por um melhor encaixe da marcação do Bragantino, talvez pela temperatura na casa dos 31ºC e o sol alto. O jogo ficou espaçado, sem a compactação que os treinadores tanto cobram atualmente. O time do interior se beneficiou desta circunstância e se soltou um pouco mais.
Bragantino abre o placar pelo alto
Nos minutos finais do primeiro tempo, Maycon quase abriu o placar em dois chutes, tendo inclusive acertado o travessão em um deles. Quando o Corinthians parecia voltar a controlar a partida, porém, o Bragantino surpreendeu na bola aérea. Após escanteio, Guilherme Mattis ganhou de Sidcley pelo alto e deixou Matheus Peixoto na cara de Cássio para fazer 1 a 0 -- Clayson dava condição de jogo ao atacante rival.
Corinthians empata, mas repete erros
O segundo tempo sugeria que o Corinthians voltaria mais ligado, mas não foi o que ocorreu. Apesar do gol de Balbuena aos 20, o time foi pouco animado e deu espaço demais ao Bragantino. As dificuldades defensivas apareceram de novo na entrada de Mantuan na vaga de Fagner: o lateral substituto levou lindo drible de Ítalo e viu Vitinho fazer o segundo gol do Bragantino. O time do interior gostou tanto do jogo que fez o terceiro logo em seguida, com o próprio Ítalo.
Na frente, Bragantino se segura
Com o 3 a 1 de vantagem, o Bragantino passou a tratar melhor a bola e gastar cada segundo que pudesse. Conseguiu por muito tempo, mas acabou tomando um golaço de Pedrinho aos 42. Ainda assim, a vantagem para a segunda partida é boa.
Fagner sente incômodo e pede para sair
Na metade do segundo tempo, Fagner fez um sinal para o banco de reservas e pediu para ser substituído. Ele aplicou gelo na coxa esquerda assim que sentou no banco de reservas, mas o Dr. Joaquim Grava, médico do Corinthians, garantiu que a troca foi mais por precaução do que por problema. O lateral está entre os convocados de Tite para os amistosos da seleção brasileira contra Rússia e Alemanha. Antes, Fagner já tinha sido destaque ao ser xingado por um membro da comissão técnica do Bragantino que estava no banco.
Pacaembu esvaziado
Mandante, o Bragantino escolheu o estádio do Pacaembu como palco da partida e permitiu ao Corinthians ocupar a maior parte das arquibancadas. Mas a estratégia não deu tão certo. Apesar do clima bom, do horário clássico e da venda de ingressos ter acontecido pelo Fiel Torcedor, apenas 15,5 mil pessoas prestigiaram o confronto — para efeito de comparação, a capacidade do estádio do Braga é quase a mesma. Entre os fatores do esvaziamento pode estar o preço das entradas, de R$ 50 a R$ 120.
Foto: Ale Cabral/AGIF (Retirada do Portal UOL)
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