Rodrigo Paradella
Do UOL, no Rio de Janeiro
Após encerrar 15 anos de parceria com a Unimed Rio no fim de 2014, o Fluminense parece ter encontrado a solução para manter seus cofres saudáveis em sua própria casa. O Tricolor já arrecadou com vendas de atletas das categorias de base nesta temporada mais que o dobro do valor investido pela cooperativa de saúde no ano passado.
O Fluminense receberá cerca de R$ 65 milhões nas vendas de Kenedy e Gérson para Chelsea e Roma, respectivamente, contra os pouco mais de R$ 30 milhões investidos pela Unimed em 2014, quando a patrocinadora bancava estrelas como Fred, Wagner, Rafael Sóbis, Conca e Walter. O sucesso na venda de promessas diminuiu muito o efeito negativo da saída da patrocinadora.
A receita extraordinária deixou o Fluminense em uma de suas melhores condições financeiras dos últimos anos. Os R$ 65 milhões equilibraram as contas tricolores e até mesmo deixaram o clube com um provável lucro ao fim do ano. Já com os R$ 10 milhões pagos pelo Barcelona pela prioridade de Gérson, mas sem os R$ 35 milhões que a Roma pagará a mais pelo jogador, o time das Laranjeiras lucrou pouco mais de R$ 8 milhões no primeiro semestre. No total, em seis meses, os cariocas arrecadaram R$ 101 milhões, apenas R$ 22 milhões a menos que o recebido em todo 2014.
O sucesso das categorias de base do Fluminense alimenta também um elenco mais forte que o esperado para a disputa do Campeonato Brasileiro. Mesmo sem a Unimed, o Tricolor foi capaz de contratar reforços experientes como Antônio Carlos, Wellington Paulista, Pierre e Magno Alves. Além deles, o time conseguiu até mesmo arriscar a cara contratação de Ronaldinho Gaúcho, hoje o maior salário do elenco ao lado de Fred.
Além do ganho financeiro, a base tricolor também conseguiu reforçar diretamente o elenco do Fluminense. Jogadores como Marlon, Marcos Junior e Gustavo Scarpa são peças importantes no grupo comandado por Enderson Moreira neste Campeonato Brasileiro.
"Como os jogadores que vêm da base estão dando conta do recado, agora o Fluminense pode dizer que tem quantidade e qualidade. Espero que tenhamos continuidade no trabalho e que que possamos terminar o campeonato com o título", avaliou o zagueiro Marlon, uma das revelações tricolores.
De forma indireta, Xerém também bancará grande parte dos recursos necessários para tirar o CT para o futebol profissional do papel. A obra está orçada em cerca de R$ 40 milhões e foi iniciada com investimento do vice presidente de projetos especiais Pedro Antônio. O projeto está em fase inicial, mas o aterramento do terreno corre em ritmo avançado, algo permitido pelas novas receitas geradas pela base.
Foto: UOL
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