Ricardo Oliveira voltou a passar em branco no triunfo sobre o Botafogo. Foto: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG/Via UOL

Ricardo Oliveira voltou a passar em branco no triunfo sobre o Botafogo. Foto: Bruno Cantini/Divulgação/Atlético-MG/Via UOL

O ataque virou um problema para Rodrigo Santana no Atlético-MG. Mesmo com a fartura de opções, os atletas da posição não têm rendido o esperado. Ricardo Oliveira vive o maior jejum de gols desde que chegou ao clube, Alerrandro não manteve a forma após a paralisação para a disputa da Copa América e Rafael Papagaio jamais engrenou.

Ricardo Oliveira foi quem mais fez gols pelo Galo nos dois últimos anos - foram 35 neste período (22 em 2018 e 13 em 2019). Mas a felicidade já parece distante na vida do veterano de 39 anos. Ele vive a maior seca desde que assinou contrato com os mineiros, em janeiro do ano passado. Já são 13 jogos consecutivos sem estufar as redes. A última comemoração do jogador foi em 27 de abril passado, na vitória por 2 a 1 sobre o Avaí, pela primeira rodada do Brasileirão. De lá para cá, são 832 minutos sem marcar.

A má fase colocou o camisa 9 atleticano no banco de reservas. Alerrandro se tornou titular do time no último jogo antes da paralisação para a Copa América. Autor de 13 gols no ano, o jovem não manteve o rendimento na volta do futebol brasileiro. Ele passou em branco nos dois jogos contra o Cruzeiro pela Copa do Brasil e voltou a falhar no empate por 2 a 2 contra o Fortaleza, no último domingo (21). Isso o levou de volta para o posto de suplente no triunfo por 1 a 0 sobre o Botafogo.

O momento de seus dois principais atacantes no ano - os artilheiros Ricardo Oliveira e Alerrandro - preocupa o técnico Rodrigo Santana.

"Não vou pedir para treinar mais, porque a gente treina muito. Às vezes é até o contrário, tenho que pedir para parar, porque eles ficam treinando faltas e finalizações depois dos treinos. É só fazer o gol para abrir a porteira, para tirar a pressão, porque eles se autopressionam. No momento certo, eles farão o gol e vão tirar um pouco dessa maré", diz o técnico, falando sobre a fase atravessada por sua dupla de centroavantes.

Eles não são a única opção para o setor. Contratado por empréstimo do Palmeiras, Rafael Papagaio pouco atuou pelo Galo na atual temporada. O atacante de 20 anos jamais entrou como titular do time e pode receber a oportunidade pela primeira vez diante do Goiás, no domingo (28), pela 12ª rodada do Brasileirão.

O jovem disputou apenas 80 minutos e ainda não fez gol no ano. Na mira de Chapecoense, Sport e Vitória, ele esteve perto de sair nesta janela de transferências. Porém, recuperou prestígio com o técnico Rodrigo Santana e pode ter a sua primeira chance entre os prediletos da comissão após mais de quatro meses da sua estreia.

"O jogo [contra o Botafogo] desenhou muito para o Papagaio, porque o Ricardo ajudou muito na marcação. O Papagaio é quem mais tem essa característica. Ele entrou bem em Chapecó, entrou bem hoje. Com essas atuações, ele vai mostrando que tem chances de ser titular. Ainda não sei será no fim de semana", disse o treinador atleticano.

A preocupação da comissão técnica do Atlético faz sentido. Dos últimos sete gols feitos pelo Atlético, nem um sequer foi marcado por seus centroavantes. Neste período, Iago Maidana, Vinícius (duas vezes), Juan Cazares (duas vezes também), Patric e Juninho (contra) fizeram para o time.

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