Róger Guedes marcou um golaço, mas também perdeu a cabeça na Arena da Baixada. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Róger Guedes marcou um golaço, mas também perdeu a cabeça na Arena da Baixada. Foto: Rodrigo Coca/Ag. Corinthians

Cabeça fria, coração quente. O lema do vitorioso Palmeiras dos últimos anos acabou virando até livro assinado pela espetacular comissão técnica de Abel Ferreira. E tal mantra foi realmente fundamental para tantas conquistas do Verdão, já que o psicológico é tão importante no futebol quanto as questões físicas e técnicas.

Mas, pelo visto, nem todo mundo tem aprendido com o ótimo exemplo do Palmeiras de Abel. O Corinthians de Vítor Pereira, por exemplo, é uma pilha de nervos. Tivesse a cabeça no lugar, não teria desperdiçado pontos importantes para quem ainda sonha com o impossível, que é tirar a taça do Brasileiro do Verdão.

E o empate da última quarta-feira (15), contra o Athletico-PR, é um bom exemplo disso. O Timão vencia o Furacão e controlava até que bem a partida, sem sofrer grandes sustos. Mas bastou uma situação muito boba para desconcentrar totalmente a equipe paulista.

Quando Willian sentiu câimbras no campo de ataque, o árbitro Leandro Vuaden não parou o jogo (e nem era obrigado a fazer isso) e a equipe rival não jogou a bola para fora. Róger Guedes se revoltou, fez uma falta dura e desnecessária, recebeu amarelo, causou discussão no meio-campo e foi aí que o barraco desabou.

No lance seguinte, Mantuan simulou uma falta que causou outra grande confusão envolvendo os jogadores dos dois lados. Roni, que tinha acabado de entrar, foi merecidamente expulso ao lado de Hugo Moura.

E, para completar a total falta de controle do grupo corintiano, na jogada seguinte Raul Gustavo tentou resolver um lance nada promissor e cometeu um dos pênaltis mais infantis da história. Vitor Roque estava indo para a linha de fundo quando foi atropelado pelo defensor corintiano, que acabou como grande vilão do empate.

Por isso, não adianta Vítor Pereira quebrar a cabeça a semana inteira com táticas se a equipe seguir descontrolada. Ao contrário do Palmeiras, o Corinthians parece ter a cabeça quente e o coração frio. E, assim, não conseguirá voltar ao caminho dos títulos.

Últimas do seu time