O ex-presidente do Corinthians e deputado federal Andrés Sanchez (PT-SP) será investigado na Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki autorizou a abertura de um inquérito para investigar o crime de corrupção passiva. A informação é do Portal G1.
A defesa de Sanchez, que já se manifestou negando o recebimento da propina, afirmou que não conhece o teor da decisão de Teori.
A investigação, que tramita sob segredo de justiça, apura se o parlamentar recebeu propina de R$ 500 mil relacionada à construção da Arena Corinthians.
Na 26ª fase da Operação Lava Jato, em março, André Luiz de Oliveira, vice-presidente do Corinthians, foi alvo de condução coercitiva.
Corinthians se manifesta
Mais cedo, o Corinthians divulgou uma nota na qual disse considerar graves as denúncias de que a Odebrecht e duas empresas que prestaram serviços na Arena Corinthians receberam dinheiro que deveria ser utilizado nas obras do estádio e os acordos teriam o consentimento do arquiteto contratado pelo clube, Jorge Borja.
Os acordos contrariam o contrato entre a construtora e o Corinthians para a execução da obra. O contrato assinado em 2011 determinava que o dinheiro eventualmente economizado em alguma ação da obra seria realocado para pagamento de outras despesas. Entretanto, uma cláusula nos contratos da Odebrecht com as empresas Temon (de instalações hidráulicas e elétricas) e com a Heating & Cooling (ar-condicionado) determinava que, caso o serviço tivesse custos menores do que o previsto, a sobra financeira seria dividida entre as partes.
O contrato entre Temon e Odebrecht, no valor de R$ 31,5 milhões, ficou dividido, sendo 55% para a construtora e 45% para a empresa. No caso da Heating & Cooling, que fez um contrato de R$ 11,8 milhões, a sobra seria de 50% para cada. Ao tomar conhecimento dos fatos, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, divulgou um comunicado sobre o assunto por meio de nota oficial publicada no site oficial do clube.
Leia a íntegra da nota assinada por Roberto de Andrade, presidente do Corinthians
"Eu, como presidente do SCCP, torno público, em relação à matéria jornalística publicada hoje (10/11/2016), no Globo.com/Globo Esporte, onde se descreve fatos que envolvem contratos com "percentuais de verbas orçamentárias divididos entre a Odebrecht e fornecedores desta na construção da Arena Corinthians", que tais fatos já fazem parte da Auditoria Geral da Obra da Arena Corinthians, em curso e coordenada pelo escritório Molina & Reis Advogados.
Naturalmente, os fatos são muito graves e apenas a formalização em documentos desta divisão já nos causa muito pesar, até por estar claro no Primeiro Aditivo do Contrato de Construção do Estádio (EPC), assinado pelo então presidente Andres Sanchez, que tais verbas orçadas pela construtora deveriam ser tratadas como uma conta corrente, ou seja, quando se economizasse em um item específico, o Clube teria o retorno dos recursos não utilizados. Por outro lado, em itens em que os valores finais para execução fossem maiores, teria-se que diminuir do montante de outros itens de verbas orçamentárias ou reduzir o escopo daquele item que superasse o valor contratualmente previsto.
Qualquer procedimento diferente não faria o menor sentido, e atenta diretamente contra a boa fé e o equilíbrio do contrato.
As consequências civis ou criminais de fatos comprovados em detrimento ao Clube e de sua imagem estão e serão devidamente levados adiante, certamente, nas instâncias que forem adequadas e necessárias.
Roberto de Andrade"
Foto: Romulo Tesi/Band
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