Rivellino e PC estiveram juntos na seleção, mas não formaram dupla no Timão. Foto: Divulgação

Rivellino e PC estiveram juntos na seleção, mas não formaram dupla no Timão. Foto: Divulgação

As ações de crowdfunding, os chamados financiamentos coletivos, tornaram-se comuns nos últimos tempos. Prática que visa arrecadar fundos para as mais diversas finalidades, como bancar a gravação de CD/DVD, edição de livro, produção de filme e por aí vai.

A torcida corintiana, por exemplo, por meio de uma "vaquinha", atualmente tenta ajudar o clube a pagar o estádio, amortizando a dívida em relação à Caixa Econômica Federal.

Mas bem antes, em 1971, sem os recursos da informática, o Corinthians lançou seu crowdfunding com aquilo que tinha em mãos: barris coletores.

Na fila por um título desde 1954, o Alvinegro de Parque São Jorge acreditava que um jogador da estirpe de Paulo Cézar Caju, que nesta segunda-feira (16) completa 76 anos de idade.

Recém campeão mundial com a Seleção Brasileira no México um ano antes, ele poderia ser a solução para o martírio que já durava 17 anos, desde o triunfo no Paulista de 1954.

Barris (como aqueles de vinho, de madeira) foram espalhados pela capital paulista, para que a torcida corintiana depositasse seu quinhão para que o jogador, então no Botafogo, chegasse ao clube na condição de "salvador da pátria", para formar uma dupla dos sonhos ao lado de Roberto Rivellino. Uma conta bancária também foi aberta para receber contribuições.

"vaquinha" não deu certo pois o montante objetivado não foi alcançado.

Paulo Cézar Caju continuou no Rio de Janeiro, onde depois atuou pelo Flamengo, e na sequência pela equipe francesa do Olympique de Marseille.

Ainda jogou por Fluminense (1975/1977), Botafogo novamente (1977/1978),Grêmio (1978/1979), Vasco (1979/1980) para, finalmente, em 1981, já distante de sua melhor forma, aos 32 anos, acabar contratado pelo Corinthians, onde atuou em apenas quatro jogos.

Deixou o Alvinegro sem ter marcado nenhum gol, transferindo-se em seguida para o California Surf (EUA) em 1982.

Encerrou sua carreira nos gramados em 1983, após nova e pontual passagem pelo Grêmio, onde disputou (e venceu) o Mundial de Clubes de 1983, diante do Hamburgo (Alemanha).

Sonho corintiano realizado dez anos depois da campanha dos barris. Em 25 de outubro de 1981, Paulo Cézar Caju estreou pelo Timão diante do São Paulo, que venceu por 2 a 0 (gols de Serginho Chulapa e Éverton, no Morumbi). Em pé, da esquerda para a direita: Rondinelli, Gomes, Zé Maria, Rafael Cammarota, Caçapava e Wladimir. Agachados: Biro-Biro, Sócrates, Mário Motta, Zenon e Paulo Cézar Caju. Atrás, à esquerda, o repórter Azevedo Marques, já falecido, então na Jovem Pan. E à direita, Lucas Neto, que na ocasião trabalhava na Rádio Tupi. Foto: Divulgação

Jogadores posam para a foto antes do jogo contra a Inglaterra. A partida foi realizada no dia 7 de junho de 1970. O Brasil venceu por 1 a 0, gol de Jairzinho. Em pé, da esquerda para a direita: Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Félix, Clodoaldo, Everaldo e o preparador físico Admildo Chirol. Agachados: Jairzinho, Rivellino, Tostão Pelé e Paulo Cézar Caju. Foto: Divulgação

Campeão carioca pelo Botafogo em 1971, ano em que o Corinthians fez sua fracassada campanha de arrecadação de dinheiro para tentar contratá-lo. Foto: Reprodução

Milton Neves com Zé Roberto e Paulo Cézar Caju, no Terceiro Tempo da Record, em junho de 2004. Foto: Portal Terceiro Tempo

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