Há exatos 53 anos, em 4 de junho de 1972, o Santa Cruz Futebol Clube inaugurava o seu estádio, cujo nome oficial é José do Rego Maciel, mas que ganhou a alcunha pela qual ficou conhecido nacionalmente, o "Mundão do Arruda".

A obra, planejada ainda na década de 1950, foi iniciada em 1965, impulsionada pela venda de títulos patrimoniais e cadeiras cativas.

A construção também envolveu uma "campanha do tijolo", semelhante àquela feita pelo Sport Club Internacional para erguer o Beira-Rio, em um aterro conquistado junto ao Guaíba.

Assim, depois de sete anos de obras, o Mundão do Arruda, exatamente no bairro do Arruda, no Recife, estava concluído.

Inicialmente idealizado para 110.000 espectadores, hoje comporta pouco mais de 60.000 pessoas, em razão das obras de modernização, com adoção de cadeiras no lugar de arquibancadas de concreto.

O jogo inaugural, amistoso entre Santa Cruz e Flamengo, terminou empatado sem gols, e assim o desejo de que houvesse o autor do primeiro tento na nova casa do clube do Recife, acabou frustrado.

GOLEIRO DO FLAMENGO "FECHOU O GOL"

Isso porque o goleiro rubro-negro, Renato, teve uma atuação impecável, impedindo o bom ataque cobra-coral, com Fernando Santana, Ramón e Betinho balançassem a rede da equipe carioca.

O PRIMEIRO GOL...

Três dias após a inauguração, em 7 de junho de 1972, mais um amistoso foi realizado no Mundão do Arruda. O Santa Cruz, agora, recebia a Seleção Brasileira Olímpica, equipe que contava com Paulo Roberto Falcão, Abel Braga e o saudoso Dirceu Guimarães (1952-1995).

E a torcida precisou esperar até os 44 minutos da etapa final para testemunhar o primeiro gol no novo estádio, que foi marcado por Betinho, dando a vitória ao Santa Cruz pelo placar mínimo.

Betinho, o Roberto Fontana Madeira, hoje com 77 anos, atualmente reside no Recife, e desde 2017 sofre com as limitações do Alzheimer.