Esqueçam os resultados do Palmeiras dentro de campo nos últimos meses. Deixem de lado o desempenho da equipe alviverde. Essa não é uma análise específica sobre o futebol jogado pelo Verdão e sim sobre o comportamento de seu treinador. Isso porque Abel Ferreira tem se mostrado uma figura das mais chatas no futebol brasileiro.
Sempre muito intenso, o técnico português tem ultrapassado uma linha perigosa que o coloca num lugar desagradável.
Abel chegou ao Brasil com muita simpatia, pregando muita humildade, mostrando muito serviço. Fez história no comando alviverde. Mostrou-se uma figura questionadora, que luta pelo que acredita e isso está longe de ser algo ruim.
O português se torna uma figura chata ao entrar em conflito com a arbitragem – e isso acontece em quase todo jogo, esteja o treinador com razão ou não –, muitas vezes de forma absolutamente mal-educadas.
Com os resultados ruins no início da temporada 2021, Abel se mostrou deselegante também com a imprensa, questionando a qualidade das perguntas que recebe nas coletivas – é claro que há boas e más questões numa entrevista, mas será que cabe ao treinador fazer esse julgamento? Foi nas coletivas também que o técnico alviverde expôs de forma muita clara sua constante irritação, gerando burburinhos sobre uma possível insatisfação no clube.
Na grande final do Paulistão, Ferreira protagonizou aquele que talvez tenha sido o episódio mais patético de sua curta trajetória a frente do Verdão. A cena do português “peitando” Liziero na lateral do campo, depois que o são-paulino atingiu de raspou o braço no rosto de Rony, é tão constrangedora, que nem parece o mesmo profissional que desembarcou na Academia de Futebol falando em “aprender com o futebol brasileiro”.
Abel aprendeu... Mas aprendeu o pior do nosso futebol. O português se mostra chato e muitas vezes mal-educado como boa parte dos técnicos brasileiros. Quem não se lembra dos inúmeros episódios de falta de educação de Zagallo, Luxemburgo, Emerson Leão, Felipão, Muricy Ramalho em diversos trabalhos?
O treinador alviverde, aliás, absorveu bem outra característica dos treinadores brasileiros: o fato de não reconhecer que seu time foi inferior ao adversário após uma derrota. Em sua coletiva após a final do Paulista, o português declarou: “o adversário não foi melhor do que nós, a não ser na eficácia e na sorte que teve no primeiro gol". Mau perdedor?
DENTRO DE CAMPO, TIME DE ABEL MOSTRA FALTA DE REPERTÓRIO
Uma das principais características implementadas por Abel no Verdão é a capacidade do time se adaptar bem aos adversários que enfrenta. Nos momentos decisivos, porém, o Palmeiras vem se mostrando uma equipe de poucas ideias. Foi assim na decisão da Libertadores, quando o alviverde “não jogou”. Na oportunidade, o título foi conquistado em cima de um adversário que “jogou menos ainda”. Na Copa do Brasil sim, o time de Abel se apresentou bem. No Mundial de Clubes, mais uma vez o time não teve repertório para superar o cascudo Tigres.
Na decisão do Paulista, o Palmeiras “se limitou” a cruzar bolas na área. Não por acaso finalizou apenas duas bolas no gol de Tiago Volpi.
Isso significa que o trabalho é ruim? Não. Ainda mais levando em consideração a loucura que é o calendário brasileiro. É difícil lembrar uma semana livre que o português teve para treinar a equipe sem jogos para disputar. E claro, repertório depende de treinamento. Ainda assim, o Verdão é uma das equipes que melhor faz a transição ofensiva, tem uma capacidade enorme de fazer o chamado “perde e pressiona” para recuperar a bola em qualquer zona do campo e perde muito pouco. Ainda assim, o Palmeiras e Abel Ferreira precisam subir um novo degrau se o objetivo for se manter no topo do futebol brasileiro.
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