Leia mais um "causo" envolvendo o jornalista Milton Neves. Foto: Reprodução/Placar

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Em 1992, na sala da assessoria de imprensa do Detran, recebi ligação do saudoso empresário Julinho Bordon, então meu patrocinador pelo Grupo Bordon das transmissões de futsal da TV Jovem Pan e da F-1 pela rádio Jovem Pan.

Ele me convidava para seu jantar de aniversário no restaurante Esplanada Grill, nos Jardins, do qual era um dos sócios. Saí do Ibirapuera, apanhei o locutor e amigão Antonio Freitas na Paulista e fomos lá para o evento na rua Haddock Lobo.

Restaurante lotado, a festa comia solta e nós dois fomos acomodados na mesa principal ao lado do aniversariante, de Osmar Santos, Fernando Casal de Rey, o então presidente do São Paulo, José Eduardo Mesquita Pimenta, o diretor Kalef João Francisco Neto, Carlos Alberto Torres e Telê Santana. Telê estava de olhos vermelhos depois de umas caipirinhas, soube mais tarde.

Mal me sentei à mesa, bem defronte ao Telê, e imediatamente o saudoso treinador se levantou, dobrou o corpo, debruçou na mesa e com uma faca na mão direita perto de meu rosto passou a gritar: “Fala agora que eu coloco o Elivélton na reserva só porque ele é titular na seleção e que estou provocando o Parreira por ciúmes! Falar lá na rádio é fácil, quero ver é falar aqui”.

E “zunia” e “chuchava” no ar a faca texana de ponta reta e não pontuda entre meu peito e rosto. E eu me afastando.

Foram os 10 ou 15 segundos mais longos de minha vida, mas deu tempo para o ágil e assustado Casal de Rey puxar Telê pela cintura e “me salvar”.

Deixei a mesa com Antonio Freitas e fomos para o reservado, nos fundos do restaurante.

Foi quando chegou o agitado Julinho Bordon: “Pô, Milton, você quer acabar com minha festa?”

“Eu não, o Telê sim é que quis acabar com minha vida”.

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