É bem isso e muito exagerado.
Jogador prefere se machucar ou ser suspenso do que ser “poupado” ou “rodiziado”.
E o pior é que o tal “poupado” não é dispensado de todas as cansativas e repetitivas etapas da preparação do elenco para um jogo de futebol no domingo, por exemplo.
Ele é avisado que não jogará, mas terá que fazer o apronto da sexta-feira, almoço no CT e não com sua família, é obrigado a ouvir a “xaropada” da preleção no fim de tarde, vai jantar e depois dormir na... concentração.
No sábado, mais um apronto com “bobinho”, massagem, revisão médica, outra preleção mala, o jantar, a concentração, acorda no domingo para o café da manhã com os que vão jogar, em seguida dá uma “coçada” básica no quarto, refeição leve e... vamos para o estádio!
Mas, espera aí, o cara não está “poupado” no domingo porque na longínqua quarta-feira tem um jogo mais importante em casa, quando ele entrará em campo, e não é dispensado da maratona a que são submetidos os que vão atuar no final de semana anterior?
Ora, jogador poupado tem que ser dispensado de tudo porque, obrigado a obedecer todo o ritual dos que vão jogar, ele não está sendo poupado de nada!
Está é sendo “marginalizado”, o que eles odeiam ao serem “punidos” sendo sacados do time por “poupação” imbecil.
E jogar, para eles, é o mais fácil e mais gostoso de tudo, mas não pensam assim os treinadores que inventaram a maldita “poupação”.
Em 2017, o gremista Renato Gaúcho poupou tanto que acabou jogando o título do Brasileirão no colo do Corinthians
Gente, em todo time, toda empresa e em toda redação há hierarquia.
É o chefe, é o time titular, é o capitão, é o treinador, é o presidente e a coisa só muda ou deveria mudar em caso de algo impeditivo como doença, suspensão, contusão ou morte na família.
Vejam os grandes times da história, quando o Brasil era o Brasil mesmo no futebol.
Hoje somos da Série B do futebol do mundo!
Não é reflexo da falta de times titulares?
O Santos FC, maior da história, só mudava um ou dois jogadores por suspensão ou contusão.
Santos em 1962, o melhor time de todos os tempos: Lima, Zito, Dalmo, Calvet, Gylmar e Mauro; Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe
Assim era também o Palmeiras do Leão ao Nei.
O clássico Palmeiras dos anos 70: Eurico, Leão, Luís Pereira, Alfredo Mostarda, Dudu e Zeca; Edu, Leivinha, César Maluco, Ademir da Guia e Nei
Ou do Valdir ao Rinaldo com Filpo Núñez.
Palmeiras-CBD, 1965: diretor Ferruccio Sandoli, Djalma Santos, Valdir Joaquim de Moraes, Waldemar Carabina, Dudu, o treinador Filpo Núñez, Djalma Dias, Ferrari e um outro diretor do Verdão; o mordomo Romeu, Julinho Botelho, Servílio, Tupãzinho, Ademir da Guia, Rinaldo e o massagista Reis
O Botafogo do Manga ao Zagallo.
Espetacular Botafogo nos anos 60: Joel, Manga, Nilton Santos, Zé Maria, Airton e Rildo; Garrincha, Arlindo, Quarentinha, Amarildo e Zagallo
O Cruzeiro do Raul ao Hilton Oliveira.
Vanderlei, Zé Carlos, Piazza, Pedro Paulo, Brito e Raul. Agachados: o massagista Nocaute Jack, Natal, Evaldo, Tostão, Dirceu Lopes e Hilton Oliveira
O Internacional do Manga ao Lula.
O Inter de 1976: Manga, Cláudio Duarte, Figueroa, Vacaria, Marinho Peres e Falcão; Valdomiro, Batista, Dario, Caçapava e Lula
O Brasil de 70 do Félix ao Rivellino.
O Brasil de 70. Carlos Alberto Torres, Félix, Piazza, Brito, Clodoaldo e Everaldo; Jairzinho, Gérson, Tostão, Pelé e Rivellino
Os grandes times da história eram tão fixos, de 1 a 11, que quando um jogador de 12 para cima fazia gol, o Fiori Gigliotti na Rádio Bandeirantes dizia: “Um golaço de fulano com camisaaaaa de reservaaaaa”.
Bom sinal dos tempos que não voltam mais.
Assim, treineiros bons, ruins, ótimos, superados, modernos, azedos e estressados como Felipão, “maltratador de repórter”, ou Tite mala, dono da pior coletiva do mundo de todos os tempos, aprendam com Otto Glória, Lula, Filpo Núñez, Dino Sani, Béla Guttmann, Ênio Andrade, Zezé Moreira, Ayrton Moreira, Aymoré Moreira, Mário Travaglini, Martim Francisco (um dos melhores), Zagallo, Rubens Minelli e Telê.
Otto Glória, Lula, Filpo Núñez, Dino Sani, Béla Guttmann, Ênio Andrade, Zezé Moreira, Ayrton Moreira, Aymoré Moreira, Mário Travaglini, Martim Francisco, Zagallo, Rubens Minelli e Telê: com eles não tinha essa tal “poupação”
Se todo grande time começa com um grande goleiro, o mesmo se aplica aos 11 titulares, imperiosos.
Vejam o Palmeiras, que tem tanto dinheiro e tanto jogador que o Felipão anda todo enrolado.
E, ingratos, estão dizendo “fora, Leila” em muros por aí.
Burros!
Enfim, treinadores, parem de poupar jogador e montem um time titular.
Convivo com jogadores de ontem e de hoje há “séculos” e há unanimidade: eles têm ojeriza, nojo e raiva de serem “poupados”.
São quase todos milionários, fisicamente perfeitos e apaixonados por três atividades: jogar, jogar e jogar!
“Contusão ou suspensão, tudo bem. Mas `poupação´, não”, berram com os dois pulmões aos quatro ventos e com toda a força possível.
Mas longe dos treinadores, que se consideram espécie de “Einsteins da Bola”.
Como meu negócio é “Terceiro Tempo” desde 1982, vou hoje de três tempos em três palitos.
Primeiro o vôlei, depois o homem central do governo e concluo com o “Paulistão-Sicredi 2019”.
A Tiffany é mulher oficialmente em sua vida e homem na quadra.
Tiffany em jogo feminino: força desproporcional
E, nos tempos atuais, homem quer ser mulher e mulher quer ser homem?
Está tudo certo, é correto, é lei e afinal cada qual faz o que quiser, mas menos no esporte.
Porque o Tiffany é homem esportivo e não pode jogar vôlei contra mulheres por imensa força desproporcional.
Treinador top Bernardinho já reclamou, mas depois pipocou.
Hipócrita!
No mais, aproveito para desejar amplo sucesso e felicidades para a Tiffany em sua vida de mulher, nas quadras masculinas, mas fora das quadras femininas do vôlei.
O antes e o depois de Tiffany
E o Paulo Guedes, que nunca vi na vida, hein?
Não vi e não preciso ver, mas ler sobre ele, e ouvi-lo, é indispensável.
O Paulo Guedes que é um sujeito preparado ao extremo, super do ramo, multimilionário e independente que está tendo o saco roxo que os mureteiros Collor, Itamar, FHC, Lula, “pessissíssima” Dilma e Temer não tiveram.
A Reforma da Previdência foi e é um vespeiro e todo mundo pipocou fugindo da obrigação patriótica.
Guedes, que nada mais precisa para viver 500 anos mais como milionário, luta pela indispensável e dramaticamente imperiosa “Reforma da Previdência”.
E sem essa aprovação o Brasil “venezueleia” e quebra para a alegria do PT e do Mal.
Paulo Guedes, homem central do Governo Bolsonaro
E o Paulistão-Sicredi?
Está tão na cara que a final será entre Palmeiras e Corinthians que coloco minhas modestas fichas em São Paulo e Santos.
O Santos porque alterna bons e maus resultados com o roleta-russa Sampaoli e, por esta “lógica”, agora chegou a vez de ganhar, e bem!
Afinal, o Corinthians é um time ruim da Copa do Brasil que eliminou o Ferroviário-CE no sufoco, o Avenida-RS na sorte e o Ceará no apito.
O Timão eliminou o Ceará, é verdade. Mas no apito!
O grupo mosqueteiro é modesto, nota 4,97.
O Santos leva um 5,61. O São Paulo deu uma oscilada para 5,99.
E o Palmeiras tem elenco alemão, inglês e espanhol nota 8,97.
Mas o enfadonho Felipão não consegue “concatenar” (Mário Moraes, 1925 – 1988) um time à altura da quantidade exagerada e da qualidade reprimida do elenco.
Mário Moraes, inesquecível comentarista esportivo que adorava o termo “concatenar”
O Palmeiras é um chorão compulsivo.
Reclama do árbitro, do bandeira, do VAR, do TJD, da chuva, do sol, do vento, mas não saca que seu time hoje é um catado escalado por um técnico igual a mim: não sabe nada de tática.
Aos 51 anos de carreira, tão improvável e surpreendente, e quase 68 de vida, ainda não me acomodei sem jamais deixar de ser um foca, um juvenil.
“Quem perde o elã é tosquiado pela vida” (pensador Mauro Zioni Zaidan Sândoli Scaff Nicolli da Silva).
Foi na madrugada de quinta-feira durante o tradicional “Terceiro Tempo” do rádio brasileiro.
Mérito do repórter revelação-consolidada João Paulo Capellanes Camargo San Juan.
João Paulo Capellanes empunhando o imponente microfone da Rádio Bandeirantes
Era para ser uma entrevista como milhares, desde 1982.
Mas o goleiro Tadeu, o Tadeu Antonio Ferreira, paranaense de Joaquim Távora, 27 anos, já no "boa noite", ligou sua infância, adolescência, seu pai e suas primeiras defesas... à minha carreira!!!
E desfilou tudo que sabia a respeito do trabalho que acompanhou no rádio e na TV, desde sempre (OUÇA NO PLAYER ABAIXO).
E “sabia e sabe de mim mais do que eu” e dizendo sonhar um dia em estar no “Terceiro Tempo” da TV.
Vai acontecer quando ele puder e quiser.
Afinal, mais do que ser um belo goleiro, com as mãos e com os pés, Tadeu ganhou o Brasil ainda no campo, falando rapidamente primeiro ao microfone da Rede Globo, e depois por uns 20 minutos na Rádio Bandeirantes.
Vi e ouvi, impressionado, e pensei no estúdio: “Esse cara é diferente, um executivo do gol”, e mereceu justos elogios de Cléber Machado, o “George Clooney Global”, segundo Oliveira Andrade, o homem-alegria da mídia esportiva.
E depois calhou de Tadeu pedir – imagine!!! – para falar comigo ao ouvir meu nome citado pelo barulhento Capellanes naquela muvuca toda do Itaquerão.
E desfilou em ótimo português a sua vida na roça, seus sonhos, a carreira, a família, a Ferroviária e seus diferentes elogios ao torcedor do Corinthians.
Nenhum jornalista já tinha definido tão bem o que faz e representa o Fiel Torcedor na visão e sentimento de um goleiro adversário.
Para Tadeu, a Fiel tem que servir de exemplo para as outras torcidas. Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians
Nada de mágoa pela derrota, mas orgulho pela Ferroviária, Araraquara, seu pai, seus companheiros, diretoria e comissão técnica.
Pode ser que me engane, mas a impressão que me deu o pós-jogo Corinthians x Ferroviária de Tadeu, foi que nasceu ali um bom e raro sucessor de Sócrates, o pensador brasileiro do Timão e da bola.
E, mais do que isso, pode ter nascido um exemplo de jogador que trocou as entrevistas folclóricas dos boleiros pela lucidez, muito além do campo de jogo.
Seu xará São Judas Tadeu deve ter sentido orgulho lá no céu nas reuniões diárias com seus 11 companheiros apóstolos que compõem o secretariado fixo de Jesus na Av. da Saudade, nº 33.
São Judas Tadeu, padroeiro das causas impossíveis
E São Judas Tadeu, o “Jude of Galilee”, “São Tadeu” ou ainda “São Matfiy” na tradição ortodoxa russa, continua em forma mesmo tendo morrido em 28 de outubro (mesmo dia que nasceu Garrincha) de 70 d.C.
Obrigado e parabéns, viu, Tadeu?
E viva o rádio, a TV, a mídia esportiva e o santo futebol, protetor de tanta gente então aparentemente com horizontes inalcançáveis.
Eu sei muito bem disso!
Caricatura do "milagroso" Tadeu, publicada pelo site oficial da Ferroviária
Puxa vida, até que durei... escrevendo!
Escrever nunca foi o meu “corguinho”.
Tenho quase 20 anos no Agora São Paulo e mais quatro no saudoso Diário Popular como colunista semanal de página inteira, hoje mosca branca no jornalismo de papel.
Logo da "Página Terceiro Tempo" no Diário Popular, nos anos 90
Na TV e no rádio já “inventei” Paulo Morsa, Renata Fan – a mais graciosa, leal, amiga e grata -, Cacá Rosset, Eduardo Savóia, Oscar Godoi, Neto e deu também para indicar Rosa Riscala, Sandra Guerra, João “Vermelho” de Barros, Alexandre “Muzamba” Zaghi Lemos, André Kfouri, Marcelo Rezende na Record, Paulo Galvão, Chico “Muzambinho” Prado, os irmãos Rogério e Marcos Micheletti, Alberto Helena Júnior – só no Diário Popular, é claro -, e mais uma turminha boa por aí.
Mas fui inventado, também.
Graças a Deus, e como!
No rádio, por João Carlos Di Genio e Fernando Vieira de Mello, no jornal, por Arnaldo Branco Filho, no “Terceiro Tempo”, por Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o “Seo Tuta”, e na TV, para valer, por Johnny Saad e J. Hawilla, depois de vários e sorrateiros boicotes de “colegas” de bancada na TV Manchete, no “Cartão Verde” e no “Mesa Redonda”, da Gazeta.
Os assustados igrejeiros tinham razão, pois perderiam o protagonismo.
Mas o importante é o aniversário do Agora São Paulo.
No começo de 1996, recebi ligação de Arnaldo Branco Filho me convidando para ser colunista - e de página inteira - no então firme Diário Popular.
Arnaldo Branco Filho "inventou" Milton Neves para o jornal
Relutei, mas como tudo em minha vida profissional, em que jamais me convidei – odeio lobby e lobista sem talento -, agradeci e disse: “Vou tentar”.
Nunca tinha escrito nada.
Nem para bater papo com meu grande amigo e parceiro, o microfone.
Comigo foi e é sempre de improviso.
Desde a pequena Rádio Continental, de Muzambinho, em 1968/69, e até hoje na Band e em suas quatro rádios AM e FM.
E também nas entrevistas em meu escritório, para estudantes e youtubers: “Não tem pauta, o tempo urge! Você pergunta o que quiser e eu respondo”, logo aviso.
Mas como nasceu a “Página Terceiro Tempo”?
De cara, meu amigo Flavio Magliari Gomes, companheiro de rádio, de partido político e de comunismo-100%, desenhou como deveria ser minha coluna.
Flavio Gomes, o ídolo comunista de Milton Neves
E fez isso em cinco minutos, rabiscando o design em papel na sala de marketing da então cervejaria Schincariol, em Itu-SP.
Foi quando ele também me converteu como o mais comunista dos jornalistas esportivos e fã de Fidel, Maduro, Hoxha, Hugo Chávez, Stalin, Trótski, Che Guevara e outras figuras que infelizmente um dia nasceram.
E saibam que a “Página Terceiro Tempo” jamais mudou, uma vírgula ou um centímetro, após o improviso da Bic de Flavio Gomes.
O “Bola Cheia”, o “Bola Murcha”, a entrevista da semana, o “Seco Pra Você” e a deliciosa cereja do bolo chamada de “Memória”, minha paixão.
O primeiro "Bola Cheia" de Milton Neves no Diário Popular, em 1996, foi para Ronaldo Giovanelli
E o tempo passou até que de novo o telefone tocou.
Era Adriano Araújo, filho do célebre speaker Flávio Araújo, da Rádio Bandeirantes, então diretor da Folha e do Agora São Paulo - nascendo nos Campos Elíseos -, me convidando para mudar de time.
Mudei e já se vão quase 20 anos de Agora São Paulo sem eu nunca ter pisado no prédio ou na redação do jornal.
Ia muito ali na Alameda Barão de Limeira, 477, onde ficava a Rede Zacharias, meu primeiro e santo anunciante, em 1982.
Quando lá chegava de Fuscão, Brasília, Caravan, Corcel ou Opala, olhava ali do lado a sede do Grupo Folha, sempre imponente e movimentada, até na calçada.
Mas nunca entrei ou subi.
Só que nesta quinta-feira, 21 de março, quebrei meu tabu.
Fui ao quarto andar para “tirar retrato” para também ilustrar o 20º aniversário do Agora, o melhor jornal futebolístico do Brasil e o maior amigo de nós, os aposentados.
E aproveitei para conhecer “meus companheiros invisíveis de trabalho”.
Quanta simpatia, quanto carinho e quantos olhares de “curiosidade-positiva”.
Parabéns, 20 mil vezes, Agora São Paulo!
Que você dure mais 20 mil anos, pelo menos, para a alegria do futebol e dos pensionistas do Brasil.
E muito obrigado por tudo!
Milton Neves feliz da vida ao lado de sua bela família, na festa de lançamento da "Página Terceiro Tempo" no Agora São Paulo, em fevereiro de 2000. Foto: Regina Agrella 28.fev.2000/Folhapress
Cléo Brandão, Felipão e Eduardo José Farah prestigiaram o evento. Foto: Regina Agrella 28.fev.2000/Folhapress
Reprodução da "Página Terceiro Tempo" do último domingo (17)
Mas que ano, hein?
O tal batido e tradicional “Próspero Ano Novo” repetido, falado e escrito bilhões de vezes durante dezembro, pelo jeito, não fez efeito desta vez.
Mas ainda dá tempo, espero.
Credo, não deu nem três meses e só pinta notícia trágica neste “Ano Novo”.
E bota trágica nisso.
Começou com Brumadinho e seguiu com o dilúvio nas encostas do Rio.
Morte e mais mortes, como também as de Boechat, Avallone e, sim, de Eurico Miranda, meu melhor entrevistado.
Depois com a tragédia do Ninho do Urubu com 10 vítimas “esportivas” de garotos que sonhavam com gols, Copas, aplausos e consagração.
E agora veio Suzano, terra do papel e da paz, escrevendo seu nome na lista macabra de mais inocentes tão jovens sendo mortos por dois “gamers” imbecis com titica de galinha na cabeça.
Queriam ser heróis e foram para o inferno, onde nadarão por séculos no “Tacho do Capeta”.
Neste ano, já choramos por Brumadinho, por Boechat, por Avallone, por Eurico, pelos garotos do Ninho e pelo Massacre de Suzano-SP
Mas para o céu foi Coutinho, com certeza.
Chegou na Vila só com 14 anos e parou de jogar aos 27.
Só aos 27!
Um pecado.
Ele e o zagueirão Calvet pararam muito cedo por lesões no joelho e no tendão de Aquiles.
Contusões sempre preocupantes, mas, hoje, com tamanha evolução da medicina e de suas técnicas, não passam de “um resfriado”, exagerando um pouquinho.
Não é, Ronaldo?
Com aquela “destruição” de seu joelho em 1999, jogando pela Inter de Milão, você nos anos 60 mal poderia voltar a andar.
Mas médicos gênios o recuperaram – e nisso só o Doutor Osmar de Oliveira, no Brasil, acreditou ser possível – e o Fenômeno nos deu o Mundial de 2002.
Ronaldo e Rivaldo, o melhor da Copa.
Rivaldo, o gênio calado.
Como Ademir da Guia e... Coutinho!
Ademir jogou mais que Cruyff, mas esqueceu de avisar.
Coutinho não foi Pelé, por impossível, e nunca esquentou a cabeça com isso.
Era tão sossegado que mal comemorou seus quase 400 gols que os fez “por obrigação contratual” e por ser “o seu serviço”.
Um grande abraço e obrigado por tudo, Coutinho!
Pelé e Coutinho: a melhor dupla da história do futebol. Disparado!
Mais uma emblemática foto da maior dupla da história do futebol. E a camisa desbotada de Pelé? Outros tempos...
E parabéns a toda a imprensa esportiva pelas homenagens algo que hipócritas prestadas a ele e a tantos outros que nos deixaram.
Aliás, por que a grande maioria de vocês só se lembra do craque de ontem quando ele... morre?
Deveria ser lei para os veículos um obrigatório pequeno espaço que seja aos que fizeram a história do esporte no Brasil.
Assistam ao monumental “Classics Sports” da TV americana e copiem.
Lá, são 24 horas diárias dos grandes momentos dos heróis esportivos do país em todas as modalidades.
O ótimo “Museu do Futebol” de São Paulo, em que Roberto Avallone e eu – justo nós! – fomos excluídos, a princípio, por alguma figura ordinária a “coordenar” e colher os depoimentos dos jornalistas, foi um grande avanço.
Mas “os de ontem” precisam de mais exposição e “respeito físico”.
Ou seja, que em cada rara entrevista em vida, em qualquer espaço da mídia, que nosso personagem da história receba algo em dinheiro, em produtos, em serviços médicos ou educacionais para filhos e netos.
Eles precisam, minha gente!
E merecem!
“Querem me entrevistar? Pois não, o cachê é de 15 mil dólares”, ouvi do rico argentino Carlos Bilardo, então jornalista na Copa de 98 em Paris, quando saudoso Alberto Léo e eu o convidamos para nossa “Mesa Redonda” em Lésigny, pela TV Manchete.
Imaginem vocês a já então cambaleante TV Manchete pagando cachê de US$ 15 mil a alguém por duas horas de bate-papo!
Ora, nem meus 15 mil reais “contratuais” pagaram.
"Mesa Redonda" em Lésigny, na França: Carlos Bilardo (em destaque na foto), não compareceu. É que queria um cachê "só" de US$ 15 mil por uma hora de programa. Oldemário Touguinhó é o último à direita, seguido por Édson Mauro, Paulo Stein e Milton Neves. Alberto Léo era o comandante da TV Manchete no Mundial, mas não aparece na imagem
Lésigny, em 1998: Oldemário Touguinhó, narrador Édson Mauro, Paulo Stein, Washington Rodrigues (o Apolinho) e Milton Neves
Mas Bilardo estava certo.
Quer história e audiência, então pague, remunere!
E chega de pagarmos em tristeza as notícias trágicas deste início de 2019.
Chega, já deu!
Opine!
Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.
É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.
Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais
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