Já imaginaram se o “se” sumisse do mundo do futebol?
Acabaria a discussão do torcedor pós-jogo sobre aquele lance nas rodas de amigos lá na “firma”, no churrasco, no restaurante, na mídia e até no elevador.
“O que teria acontecido se os jogadores, os técnicos ou os juízes tivessem chutado, escalado ou agido diferente? Essa pergunta sem resposta é o oxigênio do futebol”, João Havelange (1916 – 2016).
E é verdade!
Santo “se”!
Sem o “se” não teríamos como “garantir” que com Nilton Santos de lateral-esquerdo em 50, Luizinho Pequeno Polegar em 54, Carlos Alberto Torres, Roberto Dias, Dino Sani, Ademir da Guia e Rivellino em 66, Pelé em 74, Falcão em 78, Leão em 82, Neto em 90 e com Neymar, Ganso e Adriano em 2010, o Brasil seria hoje campeão mundial por... 13 vezes!
Viva o “se”!
Sem ele acabariam de imediato as “mesas-redondas”!
Aliás, nem teriam nascido desde a “Grande Resenha Facit” do Rio de Janeiro.
O “Terceiro Tempo”, por exemplo, o Waldemar de Brito de minha vida, não teria existido.
Eu seria quinta divisão, mas pelo menos nem tanto invejado e patrulhado pela turma do lobby ou dos “sem talento”.
E os jornais esportivos, colunistas e comentaristas de toda a mídia?
Ia faltar assunto...
E sumiriam os “chutes” também.
Como os meus de 1966, 2010, 2014 e 2018.
Na Copa da Inglaterra, “se” Feola tivesse escalado Valdir Joaquim de Moraes; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Roberto Dias e Lima Curinga; Dino Sani, Ademir da Guia e Rivellino; Tostão Pelé e Edu, o tri estaria no papo com Jonas Eduardo Américo, Edu, virando um Neymar sem frescuras perante o mundo.
Já na África do Sul, em 2010, “se” Dunga tivesse levado Adriano, Ganso e a já espetacular surpresa Neymar, o título era nosso lá na terra de Nelson Mandela.
Ah, e em 2014?
“Se” Felipão, que foi nota -7,1, não tivesse “tirado” o cargo de Mano Menezes nota 6,47, teríamos ganho a Copa em casa e o vexame dos 10 a 1 da Alemanha e da Holanda teria sido algo tão possível quanto termos no Brasil todos os políticos honestos em 100% para todo o sempre a partir de hoje.
E em 2018, “se” Tite tivesse me ouvido nem levaria o péssimo Paulinho, poria Gabriel Jesus no banco tanto quanto Taison, teria levado Arthur e, contra a Bélgica, ganharia fácil “se” tivesse escalado Ederson (ou o milagroso Cássio); Marquinhos, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Geromel (sim, senhores!), Renato Augusto e Philippe Coutinho; Douglas Costa, Firmino e Neymar.
“Se” escalado, esse time eliminaria Bélgica e França e o Brasil teria sido hexa na final contra a Croácia.
Viram?
Com o “se” nada é impossível de se imaginar, “garantir”, chutar ou se enganar na tristeza das derrotas em nossas Copas.
E o “se” é tão maravilhoso e infalível porque ele joga só depois da partida encerrada e não há como contrariá-lo.
Só Deus poderia, mas Ele não fala porque tem bilhões de coisas mais importantes para fazer e tentar consertar, coitado.
Mas, só por Ele ter inventado o Pelé, já está muito bom.
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