Cada dia mais fica claro que Cássio deveria ter sido o nosso goleiro na Copa.
E não Alisson, aquele que não frangou, mas que também “nada fez” nas bolas que chutaram contra ele.
Foi um goleiro “Leite Moça”: bateu, tomou!
Já o gaúcho cabeludo é o bom faz anos e se o péssimo Paulinho teve convocação, escalação e “posição fixa” por “titística” gratidão corintiana pela Libertadores e pelo Mundial de 2012, Cássio então merecia muito mais.
Contra Diego Souza do Vasco e Fernando Torres e cia. do Chelsea, ele foi o melhor dos corintianos, viu, Tite?
Já Felipão chegou e encorpou o Palmeiras.
Moisés disse que ele “engorda” o banco e assusta o time adversário.
Verdade e foi bom ver o veterano treinador vibrar tanto com os gols de Borja como se fossem do saudoso Soares ou do ótimo ponta Jairo Lenzi de seu heroico e improvável Criciúma campeão da Copa do Brasil de 1991.
Foi quando Felipão “nasceu” para o banco de reservas.
E não é que “morreu” o “Esporte Interativo”?
Uma pena.
Mais uma facada na bolsa de empregos da nossa mídia esportiva.
E se a Fox também for “incorporada”, como tanto se fala e se teme por aí?
Enfim, que o canal “EI” volte forte um dia sem ser chamado de “Esporte Interativo”, que não orna e que não vende.
“EI” então, pior ainda...
Remete ao fatídico e terrível “EI” de “Estado Islâmico”.
Falei isso há meses para dois fortes executivos cariocas do “ex-canal” em jantar em São Paulo.
Foram dois, um de cada vez.
Queriam saber de... publicidade!
E talvez de Milton Neves lá.
Não deu, não dava, o Morumbi é meu último estádio.
Desejo sorte e volta, mas que todos entendam: sem publicidade a TV vive tão bem quanto peixe sem água.
E se você é jornalista empregado de rádio e TV, sendo publicitário ou não, fique ligado no Departamento Comercial.
Se não quiser ou tentar vender, tudo bem, mas que pelo menos não atrapalhe, porque é tiro no pé.
Importante também que ninguém sinta profunda inveja de quem vende e gera empregos.
Isso deixa cotovelos extremamente pontiagudos e doloridos.
E o Flamengo?
“Palmeiras do Rio”, por tanto dinheiro e tanto jogador famoso, não há meio de sentir forte cheiro de título top.
Com o Urubu já eliminado pela Raposa na Libertadores, o Flamengo tem apresentado péssimo custo-benefício para seu torcedor que pagou R$ 180,00 para entrar no Maracanã na quarta-feira e de lá saiu com “02 cruzeiros”.
E assim vamos vivendo Agosto, que o ciumento Augusto inventou para ele porque Júlio César havia criado o “seu” mês de... Julho!
Isso porque, gente, antes do Império Romano, tínhamos não 12, mas só 10 meses, sabiam?
Tanto é lógico que dezembro vem de 10, novembro de nove, outubro de oito e setembro de sete.
Adoro Agosto, mês em que nasci, mês de meu primeiro emprego no rádio, mês do Dia dos Pais, mês em que meu filho caçula casou-se e mês também em que a maioria dos bons sonhos se concretizam em vitórias, conforme pesquisa mundial feita pelo jornalistas Claudio Scaff Zaidan e Mauro Alexandre Zioni Racioppi, diretores do “DATAZAZI”.
Segundo eles, os piores meses são janeiro e maio, sabe-se lá o porquê...
E é nóis, vai, Curintcháááá!!!
Cheguei em São Paulo em 1972 de malona a tiracolo, desci na Paulista e parei na Pamplona vindo da velha Rodoviária Júlio Prestes.
São 46,5 anos de São Paulo! Cheguei de Muzambinho-MG e fui até a “Pensão do muzambinhense Dalton Gaspar” em um velho casarão da Alameda Jaú, quase esquina com a Pamplona.
Tinha 20 anos e estava perdidinho da silva e da vida.
Mais tarde aluguei, um de cada vez, é lógico, dois pequenos apartamentos na Aclimação porque antes já estava morando em um porão da Rua Alfredo Ellis, 185.
Milton Neves em frente ao porão da Rua Alfredo Ellis, 185
À época, tinha passado no vestibular da SUPERO, hoje UNIP Paraíso. Era “Comunicação Social” e, como colegas, destaque para Paulo Rachid Saab, da Jovem Pan, o multi-jornalista e escritor Ricardo Carvalho, o saudoso Ubirajara Valdez, da Band, e o... Oscar Maroni (!!!), hoje amigão das primas.
E tive também duas colegas especiais de jornalismo no Objetivo em 1972: uma filha do ex-árbitro Anacleto Pietrobom, o Valussi, e Maria Amélia de Brito, filha do primeiro casamento da estrela do teatro e da TV Glória Menezes.
Paulo Rachid Saab, Ricardo Carvalho, Ubirajara Valdez e Oscar Maroni: colegas de faculdade de Milton Neves
Éramos... 200 (!!!) alunos no terceiro andar do prédio da Gazeta, na Avenida Paulista, 900.
Juntos, na primeira fase do curso, ficamos misturados no básico os alunos de jornalismo e de psicologia.
Dois meses depois, fui impedido de entrar para as aulas por uma severa fiscal-porteira, uma japonesa.
Ela foi correta porque eu devia os dois meses iniciais do curso, mesmo já utilizando os pequenos e novos estúdios de rádio e TV – um assombro nas faculdades para a época – e vinha sendo elogiado pelos professores mineiros Luciano Ornelas, do Jornal da Tarde, e Miguel Jorge (foto abaixo), do Estadão (o mesmo Miguel Jorge que mais tarde tornou-se ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Governo Lula, em 2007).
Miguel Jorge, um dos professores de Milton Neves na faculdade
Minha tia Antônia, professora primária em Minas Gerais, coitada, não tinha como me manter em São Paulo pagando a pensão, a comida da pensão e a faculdade.
Tia Antônia (à época já entrando no processo de Alzheimer), Mabê (neta) e Fábio Lucas Neves (filho), em Muzambinho em 2003
Chorei e Ricardo Carvalho, Paulo Saab e Bira Valdez viram e me puxaram para a garagem.
Lá ficamos “de guarda” do lado do Mach 1 de Jorge Brihy (hoje meu vizinho de condomínio na Grande São Paulo) e do Mercedes-Benz de João Carlos Di Genio.
“Uma hora eles aparecem”, exclamou Ricardo Carvalho.
E apareceu logo o Di Genio, apressado. Só deu tempo para “o moço de Lavínia-SP” ouvir a explanação do pedido de bolsa para mim com os três dizendo que eu tinha futuro.
João Carlos Di Genio, empresário da área educacional
Com o elevador quase já subindo, Di Genio falou alto lá do fundo: “Grandão, vá na Jovem Pan e fale com o Fernando (Fernando Vieira de Mello, hoje nome de túnel) e diga que eu te mandei.
Fui e gravei um teste com o jornalista Marco Antônio Gomes e com o operador Chico Vieira.
Era só uma lauda apanhada aleatoriamente em cima de uma mesa lá da redação da Avenida Miruna, 713, Aeroporto, em texto que noticiava um acidente.
E gravei!
“Evitem a Celso Garcia, tudo parado por lá devido a um acidente entre um táxi placa tal e um ônibus da Auto Viação do... PARE”, falei.
Fernando foi verificar a gravação e ali ouvi a primeira de uma das 2.873 broncas que levei dele de 1972 até 1992, quando ele deixou a Pan pela Trianon (faleceu em 2001, vítima de Alzheimer).
“Não é PARE, burro, caipira, é PARI! Mas está contratado em estágio. E não encha mais o saco”, esbravejou!
“Mas `cumé ki é o negócio´”, perguntei.
E ele, já às gargalhadas ao lado de Reali Júnior, Wilson Fittipaldi, Antônio Del Fiol, Sargentelli e Ney Gonçalves Dias em sua sala de vidro no canto da redação, mudou de novo seu rosto sorridente para um olhar duro e com dentes cerrados.
“Gostei de você falar `negócio´, do `Pare´, tem voz boa acaipirada e você vai para o Detran substituir o Clóvis Messias que foi para a Bandeirantes”.
“Mas o que vou fazer?”
“Você vai ser repórter de trânsito pelas ruas da cidade e no Detran”.
“Mas eu não conheço nenhuma rua de São Paulo”, balbuciei.
“Então vai para a `pqp´! Vire-se, moleque, estude, é assim, ou nada”, ralhou para mim e piscando para o Marquito, Marco Antônio Gomes.
Era o sinal de “contratado”!
Ufa!
Fernando Vieira de Mello, tão importante na vida profissional de Milton Neves
E voltei às aulas com dinheiro emprestado pelo saudoso muzambinhense Marino Campedelli, mais tarde ressarcido, mesmo ele não querendo o dinheiro de volta.
Marino Campedelli, que morreu em 2011, vítima de infarto
Foi meu início e o resto, o “restão”, tem para todo lado no meu livro e aí pela internet da vida.
E andei pensando nisso tudo às portas de meus 67 anos, segunda-feira, dia 6.
Foram 67 anos bons demais em tudo, alicerçados no esforço até insano, no imponderável e no muito improvável.
E eu seria muito feliz mesmo só com 7% do realizado, efetivado, conseguido, obtido e suado.
Na Jovem Pan foram 33 anos sem vale-transporte e/ou de refeição.
E na metade do tempo precisava demais.
Obrigado, Deus, Jesus, obrigado minhas tias, mãe, avós, esposa, filhos, Di Genio, Objetivo, Fernando Vieira de Mello, Jovem Pan, Seo Tuta (mesmo tão infeliz a ponto de minha saída de lá ter sido por despedida indireta), Luís Antônio Piccolo e Seo Adhmar da Rede Zacharias, a minha “Waldemar de Brito” na publicidade, Paulinho Gonçalves, Osmar Santos, Marcos Arbaitman e Francesco Giuliano, que me levaram para Israel e mudaram a minha cabeça, J. Hawilla, Johnny Saad, Dênis Munhoz, Bispo Honorilton, Luciano Calegari, Marcelo Mainardi, Mário Baccei, Johnny Saad mais uma vez e obrigado também a todos os jogadores de futebol do mundo, de ontem (principalmente) e de hoje.
E hoje na vida que vivo em São Paulo, em Minas e nos Estados Unidos, só peço para Deus duas coisas: saúde para minha família e um CD ou um pen-drive completos contendo tudo de todos os atletas de qualquer esporte do mundo e de todos os jornalistas esportivos dos últimos 100 anos.
Aí, o meu “Que Fim Levou?”, do Portal Terceiro Tempo, paixão da minha vida, ficará completo!
E abaixo, um pouco daquilo que graças a Deus deu para fazer em 67 anos de vida:
Rara aparição de Milton Neves, ainda em Muzambinho-MG, como zagueiro
O apresentador ao lado de seu pai, Milton Neves, e seu irmão, Homero
Carmen Fernandes Neves, Margarida Neves, Milton Neves, Homero Neves segurando o primo Celso e a vovó Isolina. A pequena garota é a prima Maísa. Reunidos em 1961
Milton Neves (sentado ao centro) aparece com sua avó Beatriz, irmão e primos
Da esquerda para a direita, em pé: Renê Rodrigues (mora em Campinas-SP, aposentado pela Petrobras), José Eduardo Botelho (o Du Esqueleto Humano), João Batista Benetti (o João Mula), o cantor Rui Evilásio Rodrigues (o Rui Cabeludo), Antônio Carlos Gonçalves (o Toninho Ratinho ou Toninho Pernaiada, ex-comandante da PM de Minas Gerais, hoje aposentado) e Lino Fazzi Filho (o Lininho). A menina ao centro, é Conceição Aparecida Teixeira. Agachados: Milton Neves, Cláudio Portugal (o Figo) e Roberto de Araújo (o Nenzinho, que mora em Piumhi-MG)
Milton também tentou a sorte como treinador. Não deu certo...
Milton Neves, Denilson, Emerson e Vampeta no Band Mania, em 2010
Milton Neves ao lado de Larissa Erthal, em 2014
"Brigando" com Ricardo Boechat, na Band News FM em 2015
Califórnia em 2000 com os filhos Fábio e Rafael, na Golden Gate, em São Francisco
"Canal 100", da Manchete, com Luís Pereira, Julinho Botelho e Ademir da Guia
Caracas, Venezuela, ao lado de Samuel Ferro em 1987
"Cartão Verde", da TV Cultura, em 1993
Carteirinha de Milton Neves, então funcionário da Jovem Pan
Carteirinha de Milton Neves, então funcionário da Rádio Colombo, de Curitiba
Macabíada de Chicago em 1998
Apresentando o "Cidade Alerta", da Record em 2005
Concentração da Roma em 1989, voltando de Israel. Milton Neves, o médico da Roma e da seleção italiana e Sormani, em Trigoria, concentração da Roma
Em Roma, Milton Neves e Di Stéfano no Centro de Imprensa Grotta Rossa, da RAI, na Copa do Mundo de 1990, na Itália
Milton Neves e Tostão, na cobertura da Copa de 1994
Milton Neves e Fátima Bernardes, na Copa de 1994
Paulo Soares, Orlando Duarte, Milton Neves e Osmar de Oliveira, na cobertura da Copa de 1998. Na foto, Milton foi convidado para o SBT por um programa pois cobriu o Mundial da França pela Jovem Pan e TV Manchete
Durante a Cobertura da Copa de 2010, na África do Sul
Eduardo Savóia, Renata Fan, Milton Neves, Paulo Roberto Martins, Ricardo Capriotti e Osmar de Oliveira no inesquecível "Debate Bola" da Record, em 2005
Disney, anos 90
Como professor da "Escolinha do Barulho", da Record
Na "Fazenda do Ipê, em Guaxupé-MG
Entrada da Fazenda do Ipê, em Guaxupé
Apresentando o "Gol, o Grande Momento do Futebol", da Band e do BandSports
Com Osmar Santos, em Israel - 1993
Com o Mar Morto ao fundo, em 1989
Muro das Lamentações em Jerusalém - 1985
No Japão, em Yokohama em 2011, antes do duelo entre Santos e Barcelona e usando um "cabelo" do Neymar
Na Jovem Pan em 1983: João Antônio de Carvalho, Flávio Prado, Nilson César, Milton Neves e Luis Carlos Quartarollo. Em pé, José Carlos Carboni
Na Jovem Pan em 1985: José Silvério, Orlando Duarte, Milton Neves e Wanderley Nogueira
Entrevistando o Rei pela Pan em 1983: uma honra!
Credenciais de Milton Neves nas Macabíadas pan-americanas
Em 2013, em Marrakesh (Marrocos), acompanhando o Galo no Mundial ao lado de Chico Pinheiro
Evair e Caio Ribeiro no "Melhor de Todos" da Band, em 2000
"Mesa Redonda", da Gazeta em 1988: Pedro Luiz, Neto, Roberto Avallone, Wanderley Nogueira e Gilberto Costa
Em Miami, com a linda camisa do ABC, estreando apartamento em Sunny Isles, em 2008
Vinicius Magnoni, Alexandre Magnoni, Milton Neves, Edson Dino e Almírio José Borelli, em 25 de fevereiro de 2017, na Fazenda Santo Antonio do Ipê, em Guaxupé-MG
Tribeca, 67º andar em Nova York - II em 2017, ao lado do One WTC
Curtindo mais uma gelada noite de Nova York -I, em Upper East Side, em 2014
Apresentando o "Domingo Esportivo", na Rádio Bandeirantes
Milton Neves e Amyr Klink na Rádio Bandeirantes em 20 de agosto de 2017
Apresentando o "Roleta Russa" da Record, em 2003
No "Show do Esporte", ao lado de Juju Salimeni, em 2018
"SuperTécnico" - 1999: Oswaldo de Oliveira, Zagallo, Pelé, Milton Neves, Parreira e Luxemburgo
"Terceiro Tempo" da Record em 2002, com Roberto Carlos e Denilson
"Terceiro Tempo" na Band, em 2015
Macabíada Pan-Americana de Toronto, Canadá, em 1986
a
Setorista da JP no Detran em 1972 e escrivão de polícia do órgão a partir de 1976
Na Adega Terceiro Tempo III, Rafael Neves, Milton Neves, Larissa Erthal e Netto Neves, em 2015
Parte da Equipe-Band em casa, em dezembro de 2011. Em pé, da esquerda para a direita: Tati Saad, Milton Neves, Dudu Magnani e Tiago Galassi. Agachados: Fernando Svevo, Juninho e Rogério Micheletti. Thiago Galassi foi o maitre!
Edifício Carmen Fernandes Neves, na Av. Dr. Américo Luz, em Muzambinho-MG, o único prédio da cidade
Abel Braga deu uma de quase Guardiola: meio ano sabático.
O bom Cilinho, aquele que não quis a seleção brasileira de Nabi Abi Chedid, saiu da UTI em Campinas.
Wall Street vivendo terremoto: Murtosa, talvez aposentado, não virá com seu amigo do bigode.
No futebol não tem fio do bigode: demissão de Jair Ventura, o sem time, sem culpa e sem jogador, foi sacanagem.
Roger Machado mereceu: com tanto ovo não fez um bom omelete.
Abel, Cilinho, Murtosa, Jair e Roger deram o que falar nesta semana
Eduardo Baptista, Marcelo Oliveira e Cuca também.
Mestre Cuca que não anda cozinhando bem faz tempo, por indecisão.
Eduardo Baptista, Marcelo Oliveira e Cuca também não conseguiram decolar com o rico Palmeiras
Renovação dos técnicos está difícil e os quase afogados medalhões aproveitam e estão emergindo.
Osmar Loss, Zé Ricardo, Fernando Diniz, Roger Machado, Jair Ventura, Thiago Larghi e Maurício Barbieri sofrem por falta de marketing pessoal que só o tempo, vitórias, títulos e a imprensa dão.
Fábio Carille foi bela zebra.
Loss, Zé Ricardo, Diniz, Roger, Jair, Larghi e Barbieri precisam de marketing pessoal
No Allianz Parque Felipe Melo será agora um educado e calmo “novo Rodrigo Caio” sob a direção de seu xará Felipão.
Que a Crefisa não saia, sob pena de o Palmeiras virar Santos, Vasco, Fluminense, Botafogo ou Corinthians no quesito “Cofre Vazio”.
No mascote, que sumam um dia com o feio porco e tragam de volta o lindo periquito.
Sim, o que o tempo não “iscangaia”?
Mas estou sentindo o Andrés Sanchez “muito acabado”.
Expulsar o cigarro de campo já é um belo gol.
Felipão 2002, 7 a 1 e 10 a 1 fez muitos gols invisíveis e inexpressivos no horroroso, pífio e milionário futebol chinês.
Felipão passou um bom tempo "sumido" na China
A China está jogando bilhões de dólares fora com contratações de jogadores e técnicos por puro capricho de novo rico.
Mais fácil o Mao Tsé-Tung ressuscitar do que chinês aprender a jogar bola.
O mundo inteiro sabe disso.
Mundo que fechou para Felipão na esfera da Série A de seus clubes e seleções.
Sobraram só os ricos países folclóricos da bola.
Já esteve no Uzbequistão e na China e outro dia falou-se em Egito e Coreia do Sul.
Nas cerejas do bolo, envolvendo Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália e França, chances só nos Asas, Remos, Américas, Paranás e Caxias de lá.
No Brasil ele não quis o Galo.
Teria que conviver quase diariamente com o Mineirão de triste, eterna e dolorosa memória.
E precisava saber o que Tite faria na Rússia.
Se seu “compatriota do Sul” ganhasse a Copa, fora de casa, o seu 1 a 7 ficaria mais ainda esplendoroso.
Tite acabou ganhando nota 6,21 desde que entrou no lugar de Dunga até o gol de De Bruyne no último 6 de junho.
Mas na Copa mereceu uma lamentável nota 1,97.
Empacar e travar com Gabriel “Jejum”, inexpressivo Paulinho, de convocação, escalação e posição “fixa”, por gratidão corintiana, e colocar o baleado Marcelo contra a Bélgica, foram erros demolidores.
Aí, para completar, levou belo nó tático do treinador Roberto Martínez.
Felipão e Tite discutem durante um Derby de 2011. Robson Ventura/Folhapress (via UOL)
Quanto ao Felipão, que ele seja rápido para melhorar e mudar o rico Palmeiras tanto quanto o é para substituir um técnico demitido.
Certo, Mano?
Não é, Roger?
Experiente e multi-independente, da cabeça ao bolso, resolve tudo muito depressa.
E a imprensa também comemora, além de grande parte dos torcedores verdes.
Afinal, nós vivemos de notícias, fatos e de personagens que não dão traço.
E Felipão, de todo jeito, é grande manchete.
Do tamanho de 2002 (10%), de 7 a 1 (85%) ou de 10 a 1 (5%);
Ah, dessa vez eu não tive nada a ver com Felipão no Verdão, viu, gente?
Só em 2001 na seleção!
Em 100%!
Já imaginaram se o “se” sumisse do mundo do futebol?
Acabaria a discussão do torcedor pós-jogo sobre aquele lance nas rodas de amigos lá na “firma”, no churrasco, no restaurante, na mídia e até no elevador.
“O que teria acontecido se os jogadores, os técnicos ou os juízes tivessem chutado, escalado ou agido diferente? Essa pergunta sem resposta é o oxigênio do futebol”, João Havelange (1916 – 2016).
E é verdade!
Santo “se”!
Sem o “se” não teríamos como “garantir” que com Nilton Santos de lateral-esquerdo em 50, Luizinho Pequeno Polegar em 54, Carlos Alberto Torres, Roberto Dias, Dino Sani, Ademir da Guia e Rivellino em 66, Pelé em 74, Falcão em 78, Leão em 82, Neto em 90 e com Neymar, Ganso e Adriano em 2010, o Brasil seria hoje campeão mundial por... 13 vezes!
Viva o “se”!
Sem ele acabariam de imediato as “mesas-redondas”!
Aliás, nem teriam nascido desde a “Grande Resenha Facit” do Rio de Janeiro.
O “Terceiro Tempo”, por exemplo, o Waldemar de Brito de minha vida, não teria existido.
Eu seria quinta divisão, mas pelo menos nem tanto invejado e patrulhado pela turma do lobby ou dos “sem talento”.
E os jornais esportivos, colunistas e comentaristas de toda a mídia?
Ia faltar assunto...
E sumiriam os “chutes” também.
Como os meus de 1966, 2010, 2014 e 2018.
Na Copa da Inglaterra, “se” Feola tivesse escalado Valdir Joaquim de Moraes; Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Roberto Dias e Lima Curinga; Dino Sani, Ademir da Guia e Rivellino; Tostão Pelé e Edu, o tri estaria no papo com Jonas Eduardo Américo, Edu, virando um Neymar sem frescuras perante o mundo.
Já na África do Sul, em 2010, “se” Dunga tivesse levado Adriano, Ganso e a já espetacular surpresa Neymar, o título era nosso lá na terra de Nelson Mandela.
Ah, e em 2014?
“Se” Felipão, que foi nota -7,1, não tivesse “tirado” o cargo de Mano Menezes nota 6,47, teríamos ganho a Copa em casa e o vexame dos 10 a 1 da Alemanha e da Holanda teria sido algo tão possível quanto termos no Brasil todos os políticos honestos em 100% para todo o sempre a partir de hoje.
E agora em 2018, “se” Tite tivesse me ouvido nem levaria o péssimo Paulinho, poria Gabriel Jesus no banco tanto quanto Taison, teria levado Arthur e, contra a Bélgica, ganharia fácil “se” tivesse escalado Ederson (ou o milagroso Cássio); Marquinhos, Thiago Silva, Miranda e Filipe Luís; Geromel (sim, senhores!), Renato Augusto e Philippe Coutinho; Douglas Costa, Firmino e Neymar.
“Se” escalado, esse time eliminaria Bélgica e França e o Brasil teria sido hexa na final contra a Croácia.
Viram?
Com o “se” nada é impossível de se imaginar, “garantir”, chutar ou se enganar na tristeza das derrotas em nossas Copas.
E o “se” é tão maravilhoso e infalível porque ele joga só depois da partida encerrada e não há como contrariá-lo.
Só Deus poderia, mas Ele não fala porque tem bilhões de coisas mais importantes para fazer e tentar consertar, coitado.
Mas, só por Ele ter inventado o Pelé, já está muito bom.
Nunca vi Vavá (1934 – 2002), o que disputou duas Copas e ganhou as duas.
Nem nas tradicionais, maravilhosas, eternas e emocionantes festas dos veteranos do Palmeiras.
Ou ele não foi quando fui, ou não fui quando ele foi.
Em 1999, no Palestra Itália: Vavá é o segundo, da esquerda para a direita. Hélio Burini é o quarto e Ademar o quinto. Sentados estão Bentivegna e sua esposa
Uma pena, cresci ouvindo “Vavá” no rádio.
Vavá e Pagão, os nomes que mais me marcaram.
Pelé não vale.
Nunca entrevistei Vavá.
Nem no rádio.
Mas estava no estúdio da Jovem Pan quando o repórter Luís Carlos Quartarollo colocou no ar entrevista sua gravada com o “Leão da Copa” ou o “Peito de Aço” (bem antes de Dadá Maravilha).
Mesmo que nem toda gravação no ar mereça a atenção devida por parte de nós, sete ou oito tagarelas de estúdio, coloquei o fone porque queria saber como era a voz do pernambucano das seleções de 58 e de 62, do Atlético de Madrid e do Palmeiras.
Amistoso entre Botafogo e Atlético de Madrid: Garrincha, Vavá e Didi
“Centroavante na área é como um tubarão no mar: tem que ter faro, come o que aparece, vive de resto e sobrou uma bola mete a `chanca´ (chuteira) nela e a enfia na rede”, foi direto.
Ah, claro, reprisei no “Plantão de Domingo” e no “Terceiro Tempo” várias vezes e arquivei a entrevista no esquecimento.
Também, são 50 anos de microfone e quantas entrevistas, sô.
Ah, se soubesse que um dia ia existir essa tal de internet...
Mas naquele Croácia 2 x 1 Inglaterra, desta última quarta-feira, Vavá renasceu, reavivou minha memória cansada e abarrotada de amor pelo jogador de ontem e Vavá voltou a... jogar!
Mario Mandzukic foi Vavá na prorrogação quando do segundo gol croata!
A bola “pererecou” (criação do jornalista Mauro Beting) na pequena área inglesa em mais um ataque da esfalfada Croácia.
A defesa inglesa “conjurou” (Fiori Gigliotti) o perigo e a bola sumiu da TV por milésimos de segundos.
Aí todos vimos os dois aliviados zagueiros ingleses já saindo da pequena área ao lado de Mario “Vavá” Mandzukic, com os três olhando para frente, de costas para o gol.
Mas, de repente, com enorme felicidade e tecnologia, a TV pega a bola voltando para a pequena área com os zagueiros ingleses de raciocínio lerdo ou normal no contrapé e um Mandzukic, de reflexo e faro de tubarão ou de Vavá, já girando em posição contrária de seus marcadores.
Quando os beques da Rainha acordaram, Mandzukic já estava virando o corpo, preparando o chute e seu pé esquerdo para, sem olhar para o gol ou para o goleiro, enfiar a bola na rede.
Reflexo puro de matador, de predador da área!
Gol de centroavante ou de “centravante” (é assim no interior de Minas Gerais), viu, Tite?
“Centravante” é marcador de gol e não “marcador tático”!
Golaço de Mario Mandzukic!
Golaço de... Vavá!
Vavá, o sábio e imparável artilheiro que explodiu no Vasco.
Vavá vestiu o manto cruzmaltino de 1952 a 1958
Milton Neves Filho, nasceu em Muzambinho-MG, no dia 6 de agosto de 1951.
É publicitário e jornalista profissional diplomado. Iniciou a carreira em 1968, aos 17 anos, como locutor na Rádio Continental em sua cidade natal.
Trabalhou na Rádio Colombo, em Curitiba-PR, em 1971 e na Rádio Jovem Pan AM de São Paulo, de 1972 a 2005. Atualmente, Milton Neves apresenta os programas "Terceiro Tempo?, "Domingo Esportivo? e "Concentraç&atild... Saiba Mais
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