Rubnei Quícoli é o representante da empresa. Foto: Letícia Moreira/Folhapress/Via UOL

Rubnei Quícoli é o representante da empresa. Foto: Letícia Moreira/Folhapress/Via UOL

Conselho Deliberativo do Palmeiras anuncia sindicância interna para apurar como a polêmica proposta, descartada por apresentação de falsas garantias bancárias, segundo o presidente Galiote, abalou as alamedas do Palestra Itália.

O candidato derrotado na última eleição presidencial, Genaro Marino e o ex-presidente Paulo Nobre, serão os alvos da apuração. Foi por intermediação de ambos que a empresa chegou ao clube.

Do outro lado, o insistente Rubnei Quícoli divulga carta ameaçando processar o clube que até o dia anterior desejava patrocinar.

Parece até que não conhecem aquele ditado “quando um não quer, dois não brigam”. Se a empresa e seu empresário se sentiram menosprezadas pelo Palmeiras e são, assim, tão idôneos, que levem seu patrocínio para outro clube.

O futebol brasileiro precisa tanto de investimento. Ao invés de ficar se defendendo e se expondo, Rubnei Quícoli deveria bater na porta do Corinthians e colocar o $$ lá no Timão. Para que ficar insistindo com um parceiro que não quer a parceria?

Desse jeito fica parecendo que o único interesse é tumultuar o ambiente no Palmeiras. E com argumentações que não se sustentam. Quem é que vai querer um parceiro que, ao mesmo tempo, diz aceitar dividir o espaço publicitário com a patrocinadora atual, mas questiona as origens da empresa?

E mais, se Crefisa ou FAM tem algum problema jurídico, o que o Palmeiras tem a ver com isso?

E que moral tem um cidadão envolvido em tantos escândalos e processos para exigir que conselheiros do clube apresentem Certidão Negativa de Débito e Certidão Criminal? Esse não tem “semancol”.

E o Palmeiras? Já debateu o assunto internamente, não sentiu firmeza. Não quer arriscar. Não considera que recebeu as garantias necessárias. Beleza. Segue o jogo. Dispensou, passou.

Como Genaro ou Paulo Nobre saberiam que a empresa não ofereceria garantias? Será que deveriam ter ignorado? OK, que deem as devidas explicações, mas que a situação não se transforme em mais uma disputa política dentro do clube.

Afinal, foram essas disputas que sempre atrapalharam a vida do Palmeiras, historicamente. Ela ainda existe e sempre existirá. Mas parece que tem sempre alguém querendo jogar gasolina.

Tudo que o Palmeiras não precisa nesse momento é uma crise política explosiva.

Cada um que siga sua vida, o Palmeiras com suas disputas internas e a Blackstar com seu representante falastrão.

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SOBRE O COLUNISTA

Formado em Comunicação Social - Jornalismo, pela Universidade Metodista, iniciou a carreira na Rádio ABC, passou pelo Portal Terra e Rádio Bandeirantes, onde desempenhou funções como repórter, editor, comentarista e apresentador nas editorias de Esporte e Geral.

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