O potiguar Adelson Reis é um cara que não perde uma Copa do Mundo desde os anos 1990. Torce efusivamente pela seleção brasileira a cada competição e chama a atenção das arquibancadas e da imprensa internacional.

Adelson não é um torcedor desses que entendem tudo de futebol. Pelo contrário, poucas vezes no cotidiano chega a manifestar-se em rodas de papos sobre times e craques.

Mas quando chega o tempo de uma Copa do Mundo, ou mesmo um torneio menor como a Copa América, o rapaz se transforma literalmente numa espécie de torcedor-símbolo do Brasil.

Suas fotos já estamparam jornais e revistas da Europa e até da África, sua hilária e colorida figura já apareceu em canais de TV daqui e do estrangeiro. É que Adelson Reis é a cópia fiel de um personagem icônico do humorismo nacional.

Há anos ele se fantasia de "Zé Bonitinho?, a gozada criação do ator Jorge Loredo ainda no tempo do rádio, na década de 1950, e que fez enorme sucesso na Praça é Nossa e Escolinha do Professor Raimundo, entre outros consagrados programas humorísticos.

Nas copas em que participou, o "Zé Bonitinho? da terra do Sol rouba a cena nos estádios e reúne centenas em torno dele na mistura das torcidas pelas ruas das sedes dos jogos.

Nesta terça, Adelson Reis arrumou as malas, colocou todos os apetrechos da fantasia numa valise de mão, e pegou um vôo para Buenos Aires, aonde estará animando a torcida brasileira a partir do segundo jogo, contra o Paraguai.

Indagado no aeroporto de Natal sobre o que achou da estréia do Brasil e como via os cabelos coloridos e os brincos e pulseiras dos jogadores atuais, "Zé Bonitinho? foi direto:

"Está tudo muito feio na Copa América, não é só a nossa seleção. Vou pra encher aquele povo todo de alegria, vou embelezar até o futebol dos meninos de Mano Menezes?.

Tomara, Zé, tomara, mas desconfio muito que nem você dá jeito.

Últimas do seu time