O vídeo está abaixo.
Mesmo com as imagens e o som, acredito ser impossível ao leitor, que nunca esteve ao lado de um piloto profissional para uma volta rápida em um autódromo (no caso, Interlagos), saber a real sensação de velocidade de um carro de corrida.
A convite da assessoria da Porsche (gracias, Luiz Ferrari e pessoal do Hero/FS!), estive no autódromo paulistano na semana passada para conversar com os dois irmãos, Pedro e Nelsinho Piquet, juntos pela primeira vez dividindo um carro em uma prova, a Porsche GT3 Cup (Endurance). A matéria do encontro está aqui.
"De quebra", ao término da conversa, eu e mais alguns jornalistas, de macacão, balaclava e capacete, ganhamos a oportunidade para o giro pelos 4.309 metros de Interlagos. Fui com o Pedro, bicampeão da F3 Brasil (2014/2015) que atualmente faz sua primeira temporada na F3 Europeia. Ele tem 18 anos.
A saída dos boxes, longa, nos encaminha à reta oposta. Somente esta saída já é assustadora.
É um trecho estreito e sinuoso, mas no digital do painel, bem à frente das retinas do piloto, acusava 130 km/h.
Entrando na reta oposta a progressão de marchas no câmbio sequencial e a velocidade bate em 220 km/h na freada forte para o Lago, após duas reduções.
Nada de movimentos bruscos no volante. O jovem piloto vira com suavidade para fazer o contorno, deixando a máquina escorregar pela zebra (prefiro o termo lavadeira, me remete aos anos 70...). Um barulho agradável e uma leve vibração com o contato dos largos pneus no limite da pista.
A aceleração impressiona, mas não tanto quanto a capacidade que o carro (e o piloto, claro) tem em fazer as curvas.
A estabilidade e o poder de frenagem são os pontos mais interessantes da experiência.
Dura pouco e o vídeo está resumido, mas garanto que vale a pena a espiada.
Estive em algumas outras vezes ao lado de pilotos profissionais em carros de corrida, mas sempre há algo novo para observar. E até já guiei um Porsche em Interlagos uma vez. Se quiser dar uma olhada, está aqui.
Acho incrível um drible no futebol, um gol de bicicleta.
Também fico impressionado com uma cesta de três pontos.
Mas a capacidade que uma pessoa tem em conduzir um carro no limite extremo não é para qualquer um.
Resumindo.
No jogo da várzea, antes do churrasco de domingo, muitos dribles bonitos acontecem e, vez por outra, um gol de bicicleta. Eu mesmo já fiz um, em um campinho de terra na Praia Grande, onde hoje fica a Câmara Municipal, cruzamento do Nestor. Mandei no ângulo esquerdo.
Uma vez, para impressionar a menina mais bonita do colegial, da escola, do bairro, da cidade e do mundo, arrisquei um arremesso de três pontos, de muito longe, e encestei de chuá. Saí todo pimpão da quadra da escola, apesar da magrela linda nem ter reparado no meu feito...
Porém, andar como um piloto profissional, jamais...
VEJA...
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