Um dia ouvi Júlio Casares (foto), todo-poderoso do marketing do São Paulo, desdenhar do rival Timão, que se "amarrava? com vários patrocinadores em sua camisa para sustentar um time com estrelas como Ronaldo e Roberto Carlos.
Esteticamente, é verdade que uma porção de patrocinadores não davam um efeito bonito ao manto alvinegro, além de soar como uma ofensa aos corintianos mais tradicionais que não engolem ainda o tal do marketing esportivo. Mas era um "mal necessário?.
Pois bem, o tempo passou e o São Paulo acena com sua próxima camisa. O novo manto tricolor virá carregado com a marca de cinco empresas espalhadas pela camisa e o calção. Tudo em nome da sobrevivência.
Agora uma pergunta se faz necessária: E aí, Júlio Casares, até o São Paulo precisou se render ao tal marketing na camisa para sobreviver?
Quem acompanha futebol, sabe que a camisa se tornou um espaço valioso para os clubes. É de lá que os dirigentes tiram capital para quitar salários e outras despesas mensais de seus milionários elencos. Por isso é preciso cuidado na hora de criticar ou desdenhar um rival.
Essa história de que determinado clube é diferenciado é balela. Todos necessitam arrecadar receitas das mais variadas fontes para sobreviver. Quando o final do mês se aproxima, é o chamado "pega pra capar? para pagar as pendências. Com o São Paulo não é diferente.
O clube do Morumbi carrega o rótulo de clube diferenciado, de ótima estrutura e que está acima de todas as demais agremiações do país. No entanto agora se junta aos "primos pobres?, fazendo de sua camisa também um "macacão de fórmula 1?, como Casares classificou o manto do Corinthians, há época.
E pensar que isso há alguns anos era uma "exclusividade? apenas do pequeno Brasiliense, do Distrito Federal. Que coisa, hein, Tricolor!
Foto: Portal TT
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