A Seleção Brasileira era o centro das atenções no início da Copa de 1974, na Alemanha, em razão do tricampeonato conquistado quatro anos antes, no México, o terceiro brasileiro em mundiais.

Porém, sem Pelé (1940-2022), Gérson e Tostão, um trio que contribuiu muito para o tricampeonato, o time canarinho não teve a mesma força em terras alemãs, onde os anfitriões acabaram conquistando o título e os holandeses encantaram o mundo, liderados por Johan Cruiff (1947-2016), regidos pelo lendário treinador Rinus Michels (1928-2005), que idealizou o esquema tático que mexeu com as estruturas futebolísticas, que ganhou a alcunha de "Carrossel Holandês".

Ao término da Copa, o Brasil terminou em quarto lugar, perdendo a insossa disputa do terceiro lugar para a Polônia por 1 a 0, gol do ótimo atacante Lato.

A delegação brasileira ficou hospedada a 1.200 metros de altitude, na Floresta Negra alemã, no Hotel Herzogenhorn, e enfrentou um frio atípico para o meio do ano, incluindo neve em alguns dias. Para piorar a situação, a neblina dificultou várias atividades.

Em um dos dias, a comissão técnica brasileira, com Zagallo (1931-2024), e os preparadores físicos Carlos Alberto Parreira e Admildo Chirol (1934-1998), tiveram dificuldade com um dos carros da delegação, para um deslocamento pela sinuosa e estreita via alemã.

O automóvel era um Passat, carro produzido pela Volkswagen na Alemanha, e que chegou ao Brasil naquele mesmo ano de 1974, um ano depois da versão europeia, que tinha o diferencial dos faróis retangulares, ao invés dos redondos disponibilizados inicialmente no mercado brasileiro. A versão esportiva (TS), tinha quatro faróis redondos.

Pelas imagens do fotógrafo do Diário Popular, Manoel dos Santos, fica claro que o Passat teve alguma pane, ou por algum problema de bateria ou carburação, ou mesmo por conta do frio, e precisou ser empurrado para pegar "no tranco"...

Nas imagens abaixo, também aparece o repórter Walter Nigro Moreira, colega do fotógrafo Manoel dos Santos no Diário Popular.