Dorival Júnior não é mais o treinador do São Paulo, mas apesar de números bem modestos ele não é o grande responsável pela fase atual da equipe, que está classificada para as quartas-de-final do Campeonato Paulista unicamente por estar num grupo bem fraco.
Está certo que ele não conseguiu dar padrão ao time, mas também é certo que as contratações feitas pela diretoria não renderam o esperado e ele ficou entre a cruz e a espada, escalar um time de garotos, inexperiente, ou veteranos que ele nem pediu.
O São Paulo, que a partir dos anos 70 passou a ser um modelo de um clube de futebol, foi perdendo esse status pouco a pouco e sem se modernizar, viveu gestões ruins de presidentes e hoje é um clube com muitos problemas.
Só para ficar no futebol, desde que ganhou o tricampeonato brasileiro, em 2008, o tricolor só conquistou uma taça, a Sulamericana em 2012, mesmo assim de forma tumultuada contra o Tigre, da Argentina.
E foi exatamente em 2009, com a saída de Muricy Ramalho, que ficou no cargo de treinador por três anos e meio e foi demitido após a eliminação para o Cruzeiro, na Libertadores, que o barco tricolor começou a afundar.
De lá para cá, sem contar os tapa-buracos, como Milton Cruz, Sergio Baresi, André Jardine e Pintado, o São Paulo contratou treze treinadores, incluindo Dorival Júnior, uma volta de Muricy e duas passagens de Ricardo Gomes.
Os outros foram Paulo Cesar Carpegiani, Adilson Batista, Emerson Leão, Ney Franco, Paulo Autuori, Juan Carlos Osorio, Doriva, Edgardo Bauza e o estreante Rogério Ceni.
São praticamente dois treinadores por ano e o que se pode notar é que de estilos e trabalhos completamente diferentes, o que mostra que as diretorias que comandaram o clube nesses anos, não tinham um perfil determinado para o comandante da equipe.
Sai Dorival Júnior e entra um novo treinador, mas se o São Paulo não se modernizar, isso de nada vai adiantar. Será apenas mais uma estatística daqui a alguns meses quando também for demitido. Antes todos corriam atrás do São Paulo, agora ele é que corre atrás do tempo perdido.
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