Nem a assessoria de imprensa da Infraero ou do governo do Amazonas sabiam informar a que horas o avião pousaria

Nem a assessoria de imprensa da Infraero ou do governo do Amazonas sabiam informar a que horas o avião pousaria

A Inglaterra fez de tudo para sua chegada a Manaus, no começo da tarde desta quinta-feira (12) passar despercebida, e conseguiu. Havia oito torcedores para ver estrelas como Wayne Rooney e Steve Gerrard nas imediações do Blue Tree Premium, hotel em que o time ficará hospedado. Nas ruas da cidade os moradores não sabiam que a delegação estaria na cidade. A estreia do Brasil em São Paulo, sim, era assunto nas rodinhas de conversa.

Nem a assessoria de imprensa da Infraero ou do governo do Amazonas sabiam informar a que horas o avião pousaria. O terminal que seria o desembarque também não foi divulgado. O treino na parte da tarde foi cancelado e os atletas vão fazer trabalho físico na academia do hotel. Os ingleses parecem querer mesmo o anonimato.

O esquema de segurança também chamou a atenção, mas não pelo forte aparato de segurança. Pelo contrário, o trecho da rua em frente ao hotel a rua Humberto Candelaro sequer foi fechado para a delegação chegar. Pedestres caminhavam livremente pela calçada a 10 metros da entrada.

O único sinal de que o lugar abrigaria uma delegação da Copa, e justo uma dos países mais visados por terroristas, era um grupo com três soldados e um cabo em frente ao hotel. Mas no lado de dentro havia mais forças de segurança. Por volta das 10h10 (11h10 no horário de Brasília) ocorria uma reunião entre policiais federais e integrantes do Exército para repassar o esquema de proteção. Em seguida, policiais federais foram vistos com equipamentos de varredura anti-bombas.

A presença do time inglês no Amazonas foi precedida de muita polêmica. O prefeito de Manaus Arthur Virgílio ficou irritado com a declaração do técnico Roy Hodgson de que Manaus era uma cidade a ser evitada. Ele falou que preferia pegar um grupo da morte a jogar na Arena Amazônia.

Depois da forte reação houve um recuo, mas o mal-estar estava formado. Muitas conversas foram iniciadas para tentar diminuir a antipatia criada com a equipe. Na quarta-feira, o prefeito de Manaus atribuiu à imprensa sensacionalista o atrito. Virgílio afirmou que o jornal Daily Mirror colocou palavras na boca do treinador.

Hodgson não quer mais tratar do assunto e, na terça-feira (10) pediu que parassem de falar sobre essa "besteira". A justificativa do treinador era de que será difícil jogar na cidade por causa do calor e da umidade, mas ele não admite ter falado mal do local.

Além dos problemas com a comissão técnica, a imprensa inglesa fez várias críticas ao gramado da Arena Amazônia. Fotos mostraram faixas amarelas no campo e imperfeições. A seleção preferiu não se manifestar sobre o tema para nã criar novos atritos.

FOTO: UOL

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