Técnico acertou com o Flamengo até o fim de 2021. Foto: Twitter Flamengo

Técnico acertou com o Flamengo até o fim de 2021. Foto: Twitter Flamengo

Desde a noite de terça-feira, ao saber da iminente contratação de Rogério Ceni, confirmada na manhã desta quarta (10), tenho lido nas redes sociais manifestações tricolores lamentando e até criticando Rogério Ceni pela escolha.

Alguns apegando-se às especulações de que o Mito teria acordo com os candidatos à presidência do São Paulo para assumir o clube na próxima temporada.

Outros pela simples indignação de saber que a expectativa de ver ser maior ídolo conduzindo o time na beirada do campo num futuro próximo foi frustrada.

A verdade é dura e, às vezes, até cruel, mas precisa ser dita. Um choque de realidade.

Desapega são-paulino! Deixe o Rogério seguir o curso da própria vida e da carreira que ele escolheu depois de pendurar as luvas.

Rogério sempre foi cauteloso ao falar sobre a possibilidade de dirigir um grande clube rival do São Paulo.

E olha que ele já foi publicamente elogiado pelo presidente do Corinthians e nome cotado no Palmeiras, recentemente, para substituir Luxemburgo.

Fora o desejo do Santos, em 2019, quando acabou por buscar Sampaoli na Argentina.

Em todos os momentos Ceni dizia: “acho que ainda não é a hora. Tenho uma ligação muito forte com o SPFC”.

Baita respeito, desnecessário até eu diria, afinal, ele escolheu ser treinador de futebol e não deve se limitar a dirigir (ou não dirigir) times A, B ou C.

Pela primeira vez Rogério Ceni terá um camisa gigante, uma estrutura gigante e um elenco de qualidade indiscutível para mostrar sua condição de grande treinador.

Como dizer não a uma possibilidade dessas?

Ceni é o melhor jogador da história do São Paulo, ídolo eterno e isso é condição irrefutável.

Mas Rogério não é propriedade do Tricolor, nem tem placa de patrimônio do clube ao qual se dedicou durante toda a carreira como atleta.

É certo que Ceni e São Paulo vão se reencontrar e compartilhar novos bons momentos e vitórias.

Mas cada coisa a seu tempo. Hoje Rogério é o do Flamengo. E ele não é, nem será, menos são-paulino por causa disso.

Ao torcedor tricolor a dica: deixe a história seguir seu curso e siga venerando o ídolo. O tempo se encarregará de uni-los novamente.

Ah e prepara o coração para mais dois jogos dramáticos na Copa do Brasil. Sem amarguras!

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