O treinador do Grêmio, após jogo contra o São Paulo. Foto: Reprodução/YouTube

O treinador do Grêmio, após jogo contra o São Paulo. Foto: Reprodução/YouTube

Renato Gaúcho foi um bom jogador. Bom, apenas isso. Não era craque. Brilhou no Grêmio. Cravou seu nome na história do Tricolor do Sul, na Libertadores da América e no Mundial Interclubes, de 1983, quando desmontou o Hamburgo que, isso é indiscutível, não era nem sombra do que é hoje.

Porém, a carreira de Renato só foi marcante no Brasil.

Fracassou na Roma.

Teve a ousadia, e a insensatez, de dizer que foi melhor do que Cristiano Ronaldo.

Não foi.

Tal comparação é uma heresia.

Um absurdo.

Mas a importância de Renato para o Grêmio, dentro de campo e como treinador, nem um maluco pode
questionar.

Conquistou nove títulos como jogador, sendo os mais relevantes os já citados, da Libertadores e Mundial Interclubes.

Como técnico, foram sete conquistas.

Tem no currículo a Copa do Brasil (2016) e a Libertadores (2017).

Nada mal.

Muito pelo contrário.

Há quem afirme e sustente que ele nem é tão bom assim como treinador. Os comentários são fortes de que quem realmente é o principal responsável pelas novidades táticas que o Grêmio leva para o gramado é o seu auxiliar, o Alexandre Mendes.

Quem já disse isso mais de uma vez foi o diretor de futebol do Flamengo, Marcos Braz.

Para Braz, o “acima da média” na comissão técnica é o Alexandre Mendes, não o Renato Gaúcho.

Mas seja lá como for, Renato tem seus méritos como treinador.

E, aqui entre nós, é muito difícil comprovar se é mesmo Alexandre Mendes que detém os conhecimentos a respeito das novas metodologias de treinamentos que são aplicadas no time gaúcho.

Os repórteres esportivos nos dias atuais são proibidos de observar os treinamentos.

E, em tempos de pandemia, a situação fica ainda pior, pois o máximo que se consegue ver dos treinos são as corridas de aquecimento.

E nada mais.

Portanto, só quem pode dizer se a afirmação de Marcos Braz é verdadeira é o próprio Alexandre Mendes.

Talvez um dia, quando ele decidir seguir a carreira solo, tudo isso fique esclarecido.

Isso posto, vamos falar do Renato Gaúcho falastrão.

Ou, melhor, do Renato Portaluppi.

Que, desde quando era jogador, adora falar de suas conquistas amorosas.

Nestas ocasiões, faz caras e bocas e, na maioria das vezes, extrapola o limite do bom senso.

Descamba para os comentários machistas.

Já disse que dava mais importância ao número de mulheres com quem já havia se relacionado sexualmente do que com o total de gols que marcou como jogador.

Fez tal comentário quando foi questionado sobre os 1.283 gols marcados por Pelé.

Quarta-feira, após o Grêmio eliminar o São Paulo, voltou a ser inconveniente e extremamente machista ao comparar otempo de posse de bola improdutivo de um time com o comportamento do homem que fica a noite inteira conversando sem conseguir levar a mulher para a cama, dando oportunidade para que outro homem o faça.

O pior é constatar que ainda há quem goste e gargalhe ao ouvir estes comentários machistas.

Aliás, tais gracejos não ficam bem nem na boca de um adolescente.

Ditas por um senhor de 58 anos, em rede nacional, convenhamos, são repugnantes.

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