O Fluminense admitiu que o fim da parceria com a Unimed causou surpresa. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o presidente Peter Siemsen confirmou que não esperava pelo rompimento com a patrocinadora. O clube, a partir de agora, passa a trabalhar com uma nova realidade e tenta manter suas principais peças. O dirigente tricolor afirma que buscará meios para honrar compromissos com as estrelas do time com contratos longos e com os jogadores com fim de seus vínculos próximos.
"Os que terminaram, a gente está... como falei que não estava no nosso planejamento o término agora, mas em dois anos. Há algumas semanas percebemos essa mudança. Sabíamos da diminuição. A rescisão poderia acontecer mais no ano que vem. Aconteceu neste ano. Faz parte. Agora temos que remontar o orçamento, o planejamento. Estamos fazendo isso agora. Se for para trabalhar na manutenção, isso vai acontecer. Estamos reorganizando o planejamento, readequando. Nos próximos dias vão saber, isso se aplica também ao técnico", informou Siemsen.
A primeira medida para amenizar a falta que o poder financeiro da Unimed fará está na definição do patrocínio com o grupo Vitton 44, oficializado pelo presidente durante o evento nas Laranjeiras. Siemsen aponta que o clube deseja conversar com mais empresas interessadas para garantir mais receitas em 2015.
"Vamos valorizar a marca e interagir com ela. Criar uma nova história. Muda o modelo e necessidade e estamos em busca de novos patrocínios. A saída da Unimed é recente e houve necessidade de reação rápida em termos comerciais e de trabalho para dar continuidade ao Fluminense", explicou o cartola.
A Unimed continuará a pagar salários de jogadores como Fred, Conca, Wagner e Walter, que têm vínculos longos com o Tricolor. Jogadores em fim de contrato - como Diego Cavalieri, Gum e Diguinho - podem ser mantidos, desde que aceitem a nova realidade tricolor.
"Todos têm historia no Fluminense e vamos trabalhar para que eles se sintam satisfeitos aqui. Se houver uma proposta, os jogadores saem, algo que é normal. A base do elenco será trabalhada para que fique. Quando a proposta é boa, é natural e parte do mercado que eles saiam. Quero trabalhar com ídolos", ressaltou o presidente do Fluminense.
A Unimed Rio anunciou o rompimento da parceria de 15 anos na manhã da última quarta-feira através de nota oficial. A empresa apontou uma revisão nos planos de marketing como causa para a saída do futebol tricolor. A cooperativa passa por dificuldades financeiras desde o fim do ano passado.
A parceria durou 15 anos e, recentemente, teve um aumento importante no desgaste entre as duas diretorias. Peter Siemsen e o presidente da Unimed, Celso Barros, chegaram a trocar farpas em público no começo deste ano, na ocasião da demissão do técnico Renato Gaúcho.
Guaraviton
Novo patrocinador do Fluminense, o Guaraviton entrou no mercado em 2011, quando começou a divulgar sua marca no Botafogo. Em 2012, Neville Proa se empolgou com o retorno obtido e ampliou sua participação no Alvinegro, virando patrocinador máster. Na última temporada, o grupo Vitton 44 investiu cerca de R$ 28 milhões.
Além do Botafogo, o Guaraviton passou a investir também em outras equipes neste ano. Em 2014, motivado pela Copa do Mundo, a empresa fechou acordo com o Flamengo, que recebeu R$ 5,3 milhões. Para a próxima temporada o Viton 44 já tem parceria firmada com o Maracanã e tem conversa agendada com o Alvinegro na próxima semana.
Foto: UOL
Flu inicia com W. Nem projeto de investir em nomes identificados com clube
22/07/2019Nenê pode estrear pelo Flu em clássico em que já foi herói, mas pelo rival
19/07/2019Chegada de Nenê representa fartura no elenco em posição carente ano passado
17/07/2019Pedro explica decisão de escutar proposta do Fla: 'Não quer dizer sair'
06/07/2019Flamengo e Fluminense empatam sem gols sob olhares de Jorge Jesus
09/06/2019