Ônibus do Borussia

Ônibus do Borussia

As autoridades do governo da Alemanha falaram em ataque terrorista nas explosões ocorridas com o ônibus do Borussia Dortmund na terça (11). Nesta quarta-feira, a polícia alemã prendeu uma pessoa e investiga outros dois suspeitos que têm ligações com grupos islâmicos.

Até o momento, as autoridades investigam dois grupos que assumiram a autoria do atentado tendo em base uma publicação em um site de extrema esquerda e de uma carta.

"No curso das investigações até agora, dois suspeitos do espectro islâmico tornaram-se o foco da aplicação da lei. Ambos acusados tiveram suas casas procurou. Um deles foi levado em custódia. Ele irá agora considerar se um mandado é procurado contra ele", declarou o ministro do Interior do estado da Renânia do Norte-Vestfália, Ralf Jäger.

De acordo com a polícia, os explosivos continham fragmentos metálicos, com alto poder de destruição. "Podemos estar felizes por nada de pior ter acontecido", disse Jäger. Os materiais explosivos foram colocados atrás de uma cerca, no caminho que o ônibus do Borussia fazia rumo ao estádio de Dortmund. Os artefatos foram acionados assim que o ônibus passou pelo local.

A polícia ainda informa que os explosivos colocados têm poder de destruição em um raio de 100 metros. O artefato que explodiu estaria a 10 metros do ônibus.

O zagueiro Bartra foi o único ferido na ação terrorista. Ele sofreu lesões no braço, e não corre risco de morrer. A partida entre Borussia x Monaco, que aconteceria na terça, foi remarcada para esta quarta, pela Liga dos Campeões.

Polícia investiga carta deixada perto das explosões

A polícia da Alemanha encontrou uma carta próxima às explosões. O conteúdo do papel teria a autoria do Estado Islâmico (EI).

No entanto, segundo o jornal "Suddeutsche Zeitung" e as emissoras "NDR" e "WDR", os investigadores não descartam que os autores tenham deixado uma pista falsa.

A carta, segundo a imprensa local, começa com referências a "Alá, o clemente, o misericordioso", se referia ao atentado jihadista ocorrido em dezembro no ano passado, em um mercado natalino de Berlim e denúncia que aviões tornados alemães participam do assassinato de muçulmanos no califado do autodenominado Estado Islâmico (EI), na região da Síria.

Por esse motivo, continua, atletas e personalidades da "Alemanha e outros países da cruzada" estão na lista de objetivos do EI até que os "Tornados sejam retirados" e se feche a base americana situada em Ramstein.

Já a agência de notícias DPA noticiou que as autoridades verificam também um segundo texto, com termos típicos da cena radical de esquerda antifascista, que afirma que o ônibus foi atacado por ser um "símbolo da política do Borussia".

O clube não estaria se engajando o suficiente contra o racismo, o nazismo e o populismo de direita, afirma o texto, segundo a DPA. O texto teria sido divulgado em sites de internet.

Foto: Reprodução/Twitter

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