Um raio de Sol no momento do cabeceio do zagueiro na decisão do Brasileiro de 75. Foto: Reprodução

Um raio de Sol no momento do cabeceio do zagueiro na decisão do Brasileiro de 75. Foto: Reprodução

Um dos maiores ídolos do Sport Club Internacional, Elias Ricardo Figueroa Brander, o ex-zagueiro chileno Figueroa, completa 78 anos nesta sexta-feira (25). Ele foi autor de um dos gols mais importantes da história do clube gaúcho, na decisão do Brasileiro de 1975, o chamado "Gol Iluminado", contra o Cruzeiro.

Depois de começar sua carreira profissional no Chile, com passagens pelo Unión La Calera e Santiago Wandereres, Figueroa transferiu-se para o futebol uruguaio, onde defendeu o Peñarol entre 1967 e 1971.

Depois, chegou ao Beira-Rio, onde permaneceu até o final de 1976, período em que levantou o hexacampeonato gaúcho (1971, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1976) e o bicampeonato brasileiro (1975 e 1976).

Aliás, falando em 1975, ano em que o Inter conquistou seu primeiro Campeonato Brasileiro, foi justamente de Figueroa o gol do título, na decisão diante do Cruzeiro, no Beira Rio, um gol especial , que vale um registro especial.

COLORADO FANÁTICO

O cantor e compositor Kledir Ramil, da dupla gaúcha Kleiton & Kledir, foi entrevistado em 2015 pelo Portal Terceiro Tempo relembrando a conquista do Campeonato Brasileiro de 1975 e o icônico "Gol Iluminado"de Figueroa naquele jogo.

Kledir, que inclusive é embaixador do Inter, estava começando sua carreira musical pelo grupo "Almôndegas", na época do primeiro título brasileiro do seu time de coração, alguns anos antes de iniciar uma trajetória de enorme sucesso ao lado do irmão, com músicas marcantes, como "Deu Pra Ti", "Vira Virou", "Fonte da Saudade" e "Paixão", entre outras.

"Essa data ficou inesquecível pra mim, eu não estava no jogo, mas não canso de assistir esse 1 a 0 em cima do Cruzeiro. E não só o jogo que nos deu o primeiro título do Brasileirão, mas aquele "Gol Iluminado" do Figueroa, aquilo é divino, uma presença de Deus, na hora em que ele foi meter a cabeça na bola e veio um raio de luz iluminando", emociona-se Kledir, emociona-se Kledir, que ao lado do irmão, Kleiton, estará retomando em breve os shows presenciais, para que comemorem os 40 anos da dupla.. 

CLIQUE ABAIXO E OUÇA A ENTREVISTA COMPLETA DE KLEDIR RAMIL EM 2015 A MARCOS JÚNIOR MICHELETTI

O GOL ILUMINADO DE FIGUEROA NA DECISÃO DO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1975

Tarde nublada em Porto Alegre no dia 14 de dezembro de 1975.

Final do Campeonato Brasileiro daquele ano, jogo único no Beira-Rio entre Internacional e Cruzeiro.

O ponta-direita Valdomiro sofreu falta no lado direito, próximo à grande área da equipe mineira.

Aos 11 minutos do segundo tempo, o próprio Valdomiro, camisa 7 da equipe colorada, cobrou a falta. A bola passou por Paulo César Carpegiani e encontrou o zagueiro chileno Figueroa, que testou de cabeça, sem nenhuma chance para o goleiro Raul Plassmannn, decretando a vitória do time dirigido por Rubens Minelli, o primeiro título brasileiro do Inter, primeiro nacional também de um clube gaúcho.

O gol de Elias Ricardo Figueroa Brander ganhou até alcunha: "Gol Iluminado", em razão de uma nesga de sol romper o céu encoberto da capital portoalegrense e iluminar justamente o zagueiro do Inter no momento do cabeceio.

O técnico Rubens Minelli, que havia chegado ao Inter no ano anterior, vindo do Améria de Rio Preto-SP, contava com um elenco forte, e se lembra muito bem daquela partida final contra o Cruzeiro e da semi-final, diante do Fluminense.

"O Inter tinha um time muito bom. Uma equipe praticamente formada naquele ano Tivemos contratações de alguns reforços e jogava um futebol muito bom. Na semi-final, chegamos ao Rio de Janeiro para jogar e na televisão o treinador, o Didi, dizia que a "Máquina" estava "azeitada", que nós deveríamos jogar fechados. E eu aproveitei isso na minha preleção, para motivar os meus jogadores. E, na partida, anulamos o adversário completamente, ganhamos por 2 a 0 (gols de Lula e Carpegiani), poderíamos ter feito até mais", relembrou Minelli em entrevista ao Portal Terceiro Tempo em dezembro de 2015.

ABAIXO, O "GOL ILUMINADO" DE FIGUEROA


Equipe colorada no Beira-Rio em 1976, com seu uniforme branco. Em pé, da esquerda para a direita: Zé Maria, Manga, Figueroa, Vacaria, Marinho Peres e Falcão. Agachados: Valdomiro, Jair, Escurinho, Caçapava e Dario. Foto enviada por Gilvannewton Souza

 

Em pé, da esquerda para a direita: Paulinho, Manga, Figueroa, Gamarra, Oreco e Salvador. Agachados: Tesourinha, Carpegiani, Falcão, Valdomiro e Fernandão. Técnico: Rubens Minelli. Foto: Revista Placar

 

Figueroa, um dos maiores símbolos da raça colorada

 

Elias Figueroa faz o gol que deu o título do Campeonato Brasileiro de 1976 ao Inter. No momento da cabeçada, um feixe da luz do sol iluminou o zagueiro chileno. Esse gol contra o Cruzeiro ficou imortalizado como o "Gol Iluminado".

 

Imagem sensacional de um treino do Colorado, comandado pelo preparador físico Gilberto Tim. Na primeira fileira, da esquerda para a direita temos Marinho Peres à frente. O terceiro é Jair, o Príncipe. Na outra fila, quem aparece em primeiro é o grande Figueroa, seguido por Vacaria, Caçapava e Escurinho é o último. Na terceira fila está o saudoso goleiro Gasperin. Depois, os últimos, à direita, são Batista e Cláudio Duarte. Foto enviada por Carlos Eduardo Broglio Gasperin, filho de Gasperin

 

Em pé: Manga, Cláudio Duarte, Figueroa, Vacaria, Marinho Peres e Falcão. Agachados: Valdomiro, Batista, Dario, Caçapava e Lula. Foto enviada por Silvio Bassani

 

Em pé: Bibiano Pontes, Schneider, Figueroa, Jorge Andrade, Tovar e Édson Madureira. Agachados: Valdomiro, Bráulio, Claudiomiro, Paulo César Carpegiani e Volmir. Foto enviada por Walter Roberto Peres e publicada na "Revista Placar"

 

Da esquerda para a direita: Vacaria, Figueroa, Marinho Peres, Cláudio Duarte, Batista, Valdomiro, Manga, Jair, Tadeu Bauru e Caçapava. Foto enviada por José João Rosa de Oliveira

 

Em pé, da esquerda para a direita: dirigente uruguaio, Caetano, Corbo, Matosas, Lamas, Figueroa, Gonzáles e o técnico Máspoli. Agachados: Onega, Villalba, Castronuovo, Vieira e Pecvich. Reprodução da Revista Placar, enviada por Walter Roberto Peres

 

Da esquerda para a direita, em maio de 2002, no Terceiro Tempo da Record: os zagueiros Jean (ex-São Paulo) e Alexandre (ex-Palmeiras), Milton Neves, Raí e Figueroa.

 

Milton Neves recebe Figueroa, em maio de 2002, no Terceiro Tempo da Rede Record de Televisão. À esquerda, sentado, o zagueiro Alexandre (ex-Palmeiras). À direita, de branco, Nilton Santos, a Enciclopédia do Futebol.

 

Na foto da esquerda para à direita: Emerson Leão, Nilton Santos, Milton Neves e Daniela Freitas

 

Milton Neves brinca com Nilton Santos, divertindo a apresentadora Daniela Freitas (a primeira da direita para à esquerda), Emerson Leão ( o segundo da esquerda para à direta) e Dom Elias Figueroa ( o primeiro da esquerda para à direita)

 

Da esquerda para à direita: o jornalista Paulo Calçade, convidado não identificado, o então lateral do Palmeiras, Lúcio, o comentarista, Oscar Roberto Godoi, Elias Figueroa, Emerson Leão, Nilton Santos, no seu merecido tapete vermelho, o jornalista Milton Neves e ao fundo, a apresentadora, Daniela Freitas

 

Veja o imenso cenário do programa Terceiro Tempo, na Rede Record de Televisão, em 2002. Na foto, da esquerda para à direita: o ator Cacá Rosset, Paulo Calçade, o atacante Deivid, o lateral Lúcio, o beque Jean, o zagueiro Alexandre, o ídolo são-paulino, Raí, Elias Figueroa, jogador extraordinário do Internacional nos anos 70, o ex-goleiro e atual técnico Emerson Leão, a "Enciclopédia do Futebol", Nilton Santos, o jornalista Milton Neves e a apresentadora Daniela Freitas

 

O jornalista Milton Neves e a "Enciclopédia do Futebol", Nilton Santos

 

Na foto da direita para à esquerda: a apresentadora Daniela Freitas, Milton Neves, Nilton Santos, Emerson Leão e o ex-zagueiro Elias Figueroa

 

Da esquerda pra direita, em maio de 2002: Raí "o terror do Morumbi", Figueroa, Milton Neves, Nilton Santos e Leão. Um craque do jornalismo entre quatro craques da bola

 

Milton Neves recebeu o amigo Figueroa no programa Terceiro Tempo, em maio de 2002.

 

Elias Figueroa e Marcos (representante dos vinhos chilenos Don Elias no Brasil).

 

Seleção Brasileira de masters em 1989 comandada por Alfredo Mostarda. Em pé vemos Renato. Eurico, Figueroa, Carpinelli, Jaime, Carpegiani, Hermes, Ado e Alfredo Mostarda; agachados estão Wilson Carrasco, Cafuringa, Gil, Rivellino, Edu, Romeu e Douglas

 

Veja Figueroa nos tempos de colégio, no Chile. A foto foi enviada pelo historiador Walter Roberto Peres.

 

Craques chilenos em frente à sede do Universidad Catolica do Chile

 

O Inter em 1973 posando no estádio do Mineirão. Em pé vemos Pontes, Schneider, Cláudio, Figueroa, Tovar e Jorge Andrade; agachados estão Arlem, Bráulio, Manoel, Carpegiani e Djair

 

O Inter em 1973 posando no estádio do Mineirão. Em pé vemos Pontes, Schneider, Cláudio, Figueroa, Tovar e Jorge Andrade; agachados estão Arlem, Bráulio, Manoel, Carpegiani e Djair

 

A dupla Figueroa e Marinho Peres na banheira. Mas só fora do gramado. Porque dentro, o chileno e Marinho formavam o excelente miolo de zaga do Internacional em 1976, ano desta foto.

 

Em pé: Hermínio, Manga, Cláudio Duarte, Figueroa, Vacaria e Falcão. Agachados: Valdomiro, Escurinho, Flávio Minuano, Caçapava e Ramon.

 

EM PÉ: Joel Mendes, Louro, Miguel, Figueroa, Dudu e Wladimir. AGACHADOS: Osni, Mário Sérgio, Zico, Luisinho Tombo e Lula

 

EM PÉ: Valdir, Manga, Figueroa, Hermínio, Chico Fraga e Falcão. AGACHADOS: Valdomiro, Caçapava, Flávio Minuano, Carpegiani e Lula

 

Antes de partida entre Internacional de Porto Alegre e Bagé, Rocha cumprimenta o capitão Colorado Elias Figueroa ( à esquerda). Ao fundo, o ex-árbitro Rui Cañedo

 

Da esquerda para a direita: Marinho Peres, Figueroa e Manga. Lá atrás, meio escondido, está o goleiro Gasperin . Que timaço tinha o Inter nos anos 70, hein?

 

EM PÉ: Pontes, Manga, Claudio, Figueroa, Vacaria e Falcão. AGACHADOS: Valdomiro, Escurinho, Sérgio Lima, Paulo César Carpegiani e Lula

 

Dois momentos de Figueroa

 

Entre os candidatos à Bola de Prata da Revista Placar em 1972. Foto: Reprodução

 

Rara imagem de Figueroa nos tempos de colégio, no Chile

 

O `Gol Iluminado´de Figueroa em 14 de dezembro de 1975, contra o Cruzeiro, na decisão do Campeonato Brasileiro, no Beira-Rio. Foto: Reprodução

 

Foto histórica antes da final do Campeonato Brasileiro de 1975 com os capitães Figueroa, do Inter, e Piazza, do Cruzeiro. Figueroa fez o gol, o chamado `gol iluminado´, que deu o primeiro título brasileiro para o Inter, no Beira-Rio. Foto: Divulgação

 

O ex-atacante uruguaio Revetria e o ex-zagueiro chileno Figueroa

 

Figueroa esteve na seleção do Campeonato Brasileiro de 1972 e levou o prêmio Bola de Prata de melhor zagueiro.

 

Marinho Peres, Otacílio Gonçalves (então preparador físico) e Figueroa com a taça conquistada pelo Inter no Brasileirão de 1976, após a vitória por 2 a 0 na final contra o Corinthians, no Beira-Rio. Foto: Lucas Gonçalves (filho de Otacílio)

 

Figueroa no Morumbi. O Inter goleou o Santos por 3 a 1 no Morumbi, em 26 de setembro de 1976, jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. Tata abriu o placar para o Santos. Escurinho fez o gol de empate para o time gaúcho e o segundo gol, virando o placar. Dario marcou o terceiro. Foto: História do S.C.Internaiconal

 

`Bola de Ouro´ uma vez e três vezes `Bola de Prata´ da Revista Placar

 

Sequência de sucesso, reconhecido no `Bola de Prata´da Revista Placar nos anos 70. Foto: História do S.C.Internaiconal

 

Um simpático cãozinho puxa a fila dos treinamentos do Inter na década de 70. A garotada também esteve ao lado dos atletas no Parque Saint-Hilaire, em Viamão, na Grande Porto Alegre. Figueroa e Cláudio Duarte vestem pesados abrigos de algodão. Atrás, de camiseta branca e calção escuro, Jair. Foto: História do S.C.Internaiconal

 

Muito estilo na seleção da Bola de Preta de 1972. Da esquerda para a direita, em pé: Aranha (Remo), Marinho Chagas (Botafogo), Figueroa (Internacional), Beto Bacamarte (Grêmio), Leão (Palmeiras) e Piazza (Cruzeiro). Agachados: Osni (Vitória), Alberi (ABC), Zé Roberto (Coritiba), Ademir da Guia (Palmeiras) e Paulo César Caju (Flamengo). Foto: Rodolfo Rodrigues

 

A raça de Figueroa, com uma bicicleta, afastando a bola. Foto: História do Sport Club Internacional

 

Em 1991, durante a Copa América, Elias Figueroa e Neto. (Foto: Arquivo pessoal)

 

O Fluminense enfrentando o Inter no Brasileirão de 1975, no Maracanã. Os volantes Zé Mário e Capaçava estão na disputa pela bola. Atrás, à esquerda, o zagueiro Figueroa. Foto: História do Spor Club Internacional

 

Valdomiro observa Figueroa que reproduz o famoso "Gol Iluminado" da final do Brasileiro de 1975. Imagem de 5 de abril de 2014, dia da reinauguração do Beira-Rio, em Porto Alegre. Foto: Victor Hugo/arquivo pessoal de Kledir Ramil

 

Figueroa e Jaimão (ex-atleta da Hebraica) em dezembro de 2013

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