Palmeiras campeão.
Não tem outro jeito.
Vitória merecida de Paulo Nobre.
Presidente-revelação que deveria continuar.
Um jovem presidente!
Já o Morumbi está velho e superado, mas não vaza.
O Allianz Parque está novinho e não desbarranca.
A idosa Vila Belmiro é pequenininha, mas não assusta.
Mas assustador mesmo, além do Itaquerão, é o “aluno” de hoje.
Querem tudo, menos estudar.
Sim, “uma minoria numerosa”, mas de baderneiros e inocentes úteis.
Reclamam de tudo, agitam, invadem e se apossam de escolas, exigem troca de diretores, reclamam da merenda, não respeitam os professores e chegam até a bater neles.
Pobres professores, os grandes injustiçados deste país de tantas injustiças e de mocinhos já teleguiados.
Só que não teve golpe ou “gópi”, mas saída por ruindade de serviço.
Sem respeito e justa remuneração do professor, não vamos sair nunca do buraco.
A educação desde cedo é a única arma capaz de eliminar a violência, a droga, a corrupção e transformar cadeias em escolas ou condomínios como na Suécia.
Lá, estão desativando presídios por falta de... presos!
Em São Paulo temos atualmente a “CPI da Merenda”.
Em Minas Gerais e em quase todo o Brasil, nunca houve a figura da “merenda escolar”.
Cada aluno, no meu tempo de grupo escolar, levava na velha lancheira um pequeno sanduíche de pão com mortadela de quinta divisão.
“Merenda” só uma vez por mês quando lá Dona Judite, a cozinheira, avisava sala por sala que naquele dia no recreio íamos ter arroz doce.
A escola tremia de alegria com os alunos gritando como se fosse gol da seleção brasileira na Copa do Mundo.
Logo, uma fila era formada no pátio até o enorme panelão e Dona Judite e sua auxiliar nos davam um prato cheio de arroz doce.
Uma iguaria!
O prato era de alumínio fininho e a colher de plástico.
Todo mundo ficava feliz e voltava para a sala para continuar aprendendo com as respeitadas e austeras Donas Helena, Elvira, Almira e Emília.
A gente morria de medo delas, mas por respeito e gratidão.
Afinal, elas estavam ali para trabalhar e ensinar, e nós só para estudar e aprender.
De graça!
Quem não se comportava “ia para a secretaria”.
Antes, Dona Emília Montanari Benetti, tia-avó do craque “Fominha”, nosso eterno Beckenbauer, dava bons puxões de orelha nos inconsequentes candidatos a serem “repetentes”.
Já hoje, os alunos, “merendeiros sortudos”, reclamam do cardápio, da carne, da fruta e até da sobremesa.
Estudar não querem.
E atrapalham a vida daqueles que realmente querem aprender e crescer na vida.
Mas nós lá de Muzambinho, como em milhares de cidades deste Brasilzão de Deus, também “invadíamos” a escola.
Era para a “invasão” das lotadas salas de aula, com cada um no seu lugar fixo na carteira de madeira com pés de ferro.
“Invadíamos” e saímos de lá médicos, dentistas, advogados, engenheiros, jornalistas, juízes, desembargadores, professores, vice-governador de Minas Gerais e até presidentes do TST, do TRT-SP e do TSE-MG.
Vamos estudar, gente, e parar de encher o saco nas escolas do Brasil!
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