Por Rafael NevesDe Israel/ Portal TTViajar por Israel é uma experiência agradável. Estradas modernas, vistas esplendorosas e cenários que variam das belas praias ao inóspito deserto.
Mas é impossÃvel deixar de notar os muros que cortam a região central de Israel e separam o paÃs do território conhecido como Cisjordânia.
Os israelenses, que têm em um muro - o "Kotel" - a pedra fundamental da fé judaica, usam de muros para marcar as fronteiras com os territórios cedidos aos palestinos em tratados de tempos recentes, tentativas de alcançar uma utópica paz.
É uma disputa que remonta aos primórdios da civilização e conta com argumentos fortes de ambos os lados.
Não é difÃcil entender a obsessão israelense por muros. Sua capital, Jerusalém, foi invadida e destruÃda dezenas de vezes ao longo dos milênios.
Além disso, Jerusalém abriga locais sagrados de religiões que têm a mesma origem em comum, mas que hoje são rivais.
Enquanto a paz está longe de acontecer, os inimigos vivem lado a lado e têm apenas os muros para conter o ressentimento mútuo.
O time macabeu de futebol brasileiro também tem um muro: o goleiro Marcelo Moreira, de 39 anos e que já jogou no profissional do Palmeiras como reserva de Velloso e que pegou quase tudo no jogo contra o Canadá, em jogo válido pelas quartas de final das MacabÃadas. Mas apesar das ótimas defesas, o seleção macabi foi derrotada pelos canadenses.
Não foi um dia fácil para o Brasil: o atacante e o meia saÃram machucados e o lateral Léo foi expulso.
A forte equipe do Canadá então passou a comandar o jogo e deu poucas chances aos macabeus brasileiros, mesmo com alterações na equipe feitas pelo técnico Fernando.
Após o final da partida, era visÃvel a frustração dos jogadores, que saÃam cabisbaixos até o vestiário.
Porém, a tristeza da equipe durou até o cabalat shabat dos judeus, quando se juntou ao restante da delegação e marchou em direção ao Kotel, o muro tão sagrado para todos ali presentes.
Fotos: Rafael Neves