Eles não são parentes, mas têm sobrenomes iguais: Lewis Hamilton, heptacampeão mundial de Fórmula 1, atual piloto da Mercedes (e que na próxima temporada estará na Ferrari), e Duncan Hamilton (1920-1994), também britânico, mas nascido na Irlanda, que disputou cinco GPs na categoria máxima do automobilismo entre 1951 e 1953, e que terminou apenas dois deles, sem ter marcado nenhum ponto.

Porém, se Duncan Hamilton teve uma passagem discreta na Fórmula 1, com um sétimo lugar como melhor resultado, no GP da Holanda de 1952, em Zandvoort, a bordo de um HWM 52, o mesmo não se pode dizer de seu desempenho nos carros de turismo, onde conquistou, entre outras, uma importante vitória, nas 24 Horas de Le Mans de 1953, dividindo a condução do Jaguar C-Type com o também britãnico Tony Rolt.

Aquela edição das 24 Horas de Le Mans, em 1953, também foi um marco na história do automobilismo mundial e da indústria automobilística, por ter sido a primeira vitória de um carro equipado com freios a disco nas quatro rodas, solução que foi adotada por todas as categorias do automobilismo e alcançou os carros de passeio.

Em 1954, com mesmo carro e o mesmo companheiro de equipe, Duncan Hamilton voltou a subir no pódio de Le Mans, desta vez com o segundo lugar. 

Ainda em Le Mans, Duncan chegou a disputar uma das edições, a de 1956, com uma Ferrari, a 625 LM Touring, desta vez tendo o anglo-espanhol Alfonso de Portago como companheiro de equipe, mas a dupla não finalizou a prova por conta de um acidente.

Em seu currículo, Duncan Hamilton também contabilizou uma importante vitória em outra prova de longa duração, as 12 Horas de Reims, na França, ao lado do britânico Ivor Bueb, com Jaguar D-Type.

Pela Fórmula 1, Duncan guiou Talbot-Lago em 1951 e HWM em 1952 e 1953.

Nascido em 30 de abril de 1920, Duncan morreu aos 74 anos, vítima de câncer no pulmão, em 13 de maio de 1994.

     

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